Os arquivos da ATI – Associação Tocantinense de Imprensa já registravam, em 1959, em papel-jornal, folhas mimeografadas e manuscritos históricos — hoje amarelados pelo tempo e quase indecifráveis — que seus principais fundadores, Fabrício César Freire, Oswaldo Ayres e Feliciano Braga Machado, defendiam que o Estado do Tocantins deveria ser criado com base nos princípios da probidade administrativa, da moral, da dignidade, do desenvolvimento qualitativo e, principalmente, da responsabilidade para com as pessoas.

Assim também pensava, durante toda a sua vida de luta, JOSÉ CARLOS LEITÃO, que faleceu no último dia 10 de outubro, aos 76 anos, sem ter alcançado esse sonho — mesmo 37 anos depois da emancipação política do sofrido e abandonado norte goiano.

 

 

Por Edivaldo Rodrigues e Edson Rodrigues

 

 

JOSÉ CARLOS LEITÃO era um cidadão do mundo, forjado a ferro e fogo nas áridas terras de um Novo Acordo aguerrido — um dos campos de batalha da luta libertária do povo tocantinense. Foi nesse berço, de família simples e honrada, que se consolidou o idealismo desse jovem tocantinense que, tempos depois, abriu as portas do mundo para se consagrar como um respeitado publicitário, jornalista renomado e empresário de sucesso no universo mágico da comunicação.

 

Comprometido que era com a luta secular de sua gente, abraçou como bandeira de vida o ideário da divisão de Goiás para criar o Estado do Tocantins, levantando a voz na organização dos movimentos separatistas. Sua luta pela emancipação do povo do norte nasceu na juventude e ganhou força no seio da CONORTE – Comissão de Estudos dos Problemas do Norte, entidade formada por intelectuais libertos das correntes personalísticas e por milhares de jovens idealistas que defendiam um Estado do Tocantins sem os vícios que sempre afligiram um Brasil atolado em questões não republicanas.

 

JOSÉ CARLOS LEITÃO, por meio da CONORTE — entidade que presidiu até os últimos instantes de sua vida — mostrou os caminhos que o Tocantins deveria seguir após sua criação, para se constituir em um Estado forte, desenvolvido, probo e livre das amarras das conveniências e do lamaçal putrefato da corrupção e da política que se alimenta do poder pelo poder. Suas ideias e ações, no decorrer de sua luta libertária, desenhavam um Tocantins de direitos, de sonhos realizados e, sobretudo, um Tocantins de cidadania plena — acolhedor e consciente de sua existência como ato e resultado de um querer coletivo.

 

Por ser um intelectual liberto e por pensar um Tocantins criado por todos nós, ele pagou caro por suas contestações. Na companhia de outras figuras gigantes nas batalhas entrincheiradas de verdades e sonhos — como Totó Cavalcante, Zeza Maia, Goianyr Barbosa, entre outros de alma e sangue tocantinense — JOSÉ CARLOS LEITÃO foi lançado à margem do processo de implantação e governança da nova Unidade Federativa do Brasil.

 

Nessas últimas três décadas de governos tocantinenses, esses líderes que estudaram, pensaram e arquitetaram um Tocantins moderno — distante de conchavos e acertos nos calabouços do poder — foram removidos da história oficial, esquecidos no subsolo do que deveria ser uma conquista retratada como ato e ação de toda a coletividade.

 

Esse cidadão do mundo, que dedicou sua vida à causa tocantinense, não carregava mágoas por ter sido preterido, ao lado de tantos outros criadores do Estado do Tocantins. Isso porque possuía uma alma leve, carregava no peito um coração amoroso e sensível, e, ao abrir e fechar os braços, acolhia a todos, exalando a suavidade de quem cumpria os mandamentos da civilidade, do companheirismo e, acima de tudo, os preceitos daqueles que lideram uma causa cujo fundamento principal é a alegria do seu povo pela liberdade conquistada.

 

 

Ele, que deixa um legado extraordinário presente em todos os capítulos que descrevem a secular história de liberdade do Tocantins, jamais abandonou a trincheira da luta, contribuindo diuturnamente para que o Estado retomasse o caminho idealizado por muitos que tombaram imortais ao longo desse percurso.

 

JOSÉ CARLOS LEITÃO, homem de luta e de bravura ímpar, também tomba agora como um gigante — saindo da vida para ser exemplo de dignidade e cidadania. E, assim como todos nós que criamos o Tocantins, carrega abraçada ao corpo a imorredoura amargura da convivência com a política nefasta que degrada o Estado que tanto amamos.

 

Descanse em paz, amigo e irmão!

 

Essa é uma homenagem da Família Paralelo 13.

 

 

Posted On Segunda, 13 Outubro 2025 10:23 Escrito por O Paralelo 13

 

Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues

 

 

Dando continuidade à análise sobre a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu ao governador interino Laurez Moreira a permanência no comando do Executivo estadual por seis meses, o Observatório Político de O Paralelo 13 aprofunda hoje a reflexão sobre os reflexos políticos, jurídicos e históricos desse momento, tanto no Tocantins quanto no cenário nacional.

 

Luís Roberto Barroso

 

A determinação de Barroso consolida a estabilidade institucional do governo interino, mas também abre espaço para discutir o papel da Justiça, da mídia e da opinião pública e a linha tênue que separa o julgamento jurídico do julgamento político um tema que atravessa toda a história republicana brasileira.

 

A HISTÓRIA SE REPETE

 

Ao longo de quase quatro décadas de atuação, O Paralelo 13 tem acompanhado os bastidores da política nacional e testemunhado o que se pode chamar de “a ópera dos julgamentos políticos”.

 

 

O Brasil já viveu momentos em que o embate entre o poder e a lei se confundiu. Foi assim com Fernando Collor de Mello, afastado do cargo em meio a uma tempestade política que o transformou no primeiro presidente cassado da história. Condenado pela opinião pública antes do julgamento, Collor ainda hoje luta para reconstruir sua narrativa.

 

 

Anos depois, Dilma Rousseff teve destino semelhante e foi cassada politicamente, sem condenação criminal, mas preservando seus direitos políticos. Hoje, preside um dos maiores bancos internacionais do planeta.

 

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de uma das maiores operações judiciais do país, a Lava Jato. Preso e condenado, acabou absolvido posteriormente, reconquistou seus direitos e foi eleito novamente presidente da República, símbolo de como a história corrige o erro do pré-julgamento.

 

 

Mais recentemente, Jair Bolsonaro foi declarado inelegível, acusado de conspirar contra as instituições democráticas, encerrando um ciclo político que começou justamente prometendo romper com o sistema tradicional.

 

Esses episódios revelam um padrão de que no Brasil, a fronteira entre o jurídico e o político é movediça. Nem sempre a justiça se faz nos tribunais e às vezes, ela acontece nas urnas, ou é corrigida pelo tempo.

 

TOCANTINS: ENTRE A LEI E A POLÍTICA

 

Marcelo Miranda

 

No Tocantins, o enredo não é diferente. Em pouco mais de 35 anos, quatro governadores Marcelo Miranda, Sandoval Cardoso, Mauro Carlesse e agora Wanderlei Barbosa foram afastados ou cassados.

 

Sandoval Cardoso

 

Todos enfrentaram operações espetaculares da Polícia Federal, com cobertura intensa da imprensa e exposição de familiares e aliados. O tempo, no entanto, mostrou que muitas acusações não se sustentaram. Marcelo Miranda, Sandoval e Carlesse tiveram seus direitos políticos restabelecidos e bens liberados após o encerramento dos processos.

 

Mauro Carlesse

 

O caso de Wanderlei Barbosa, portanto, precisa ser tratado com prudência. As investigações sobre a compra de cestas básicas durante a pandemia seguem em curso. À época, mais de 430 pessoas perderam a vida no Estado, e centenas de famílias ficaram desamparadas, passando fome e sem acesso ao auxílio emergencial. Os recursos destinados à compra das cestas básicas se comprovadamente desviados, representam uma das ações mais desumanas já registradas na história recente do Tocantins.

 

Wanderlei Barbosa

 

Além disso, as investigações da Polícia Federal sobre o possível desvio de recursos oriundos de emendas impositivas, envolvendo o governador afastado e diversos deputados estaduais autores dessas emendas, apontam para um quadro grave. Se confirmadas as acusações, será uma das maiores crueldades políticas e sociais já praticadas no Estado. Mas os supostos desvios ainda seguem em investigação das autoridades competentes. Neste contexto, caso houverem culpados que os mesmos sejam presos, condenados, e tenham seus bens confiscados com os direitos políticos cassados.

 

Entretanto, até que as provas estejam consolidadas nos autos do processo, é dever de todos, imprensa, Justiça e sociedade evitar o pré-julgamento. Se houver culpa comprovada, que venha a punição exemplar. Mas se não houver provas, que se faça justiça reparadora, com a mesma força e publicidade usadas para condenar.

 

O CARISMA DE WANDERLEI

 

Wanderlei Barbosa é um líder carismático, de linguagem simples e forte identificação com o povo. Seu jeito popular o transformou em um político de apelo genuíno. Contudo, as denúncias e acusações que pesam sobre ele resultaram em duas derrotas consecutivas nas cortes superiores.

 

Chegou o momento de uma decisão pessoal e política. Não é mais possível permanecer refém das manchetes negativas que corroem sua imagem e enfraquecem seu patrimônio político. É preciso agir com serenidade, estratégia e humildade.

 

 

Wanderlei deve aproveitar enquanto ainda tem aliados e influência na Assembleia Legislativa. O pedido de impeachment protocolado pelo vereador Carlos Amastha, sem consistência jurídica, não pode se transformar em espetáculo. Cabe ao presidente da Assembleia, Amélio Cayres, conduzir o tema com responsabilidade.

 

Wanderlei não é réu, tampouco condenado. Está sendo investigado e isso precisa ser dito com clareza. Sua defesa jurídica atua em Brasília, mas sua defesa política deve ser feita nas ruas, dialogando com o povo, como sempre soube fazer.

 

O PREÇO DA PROCRASTINAÇÃO

 

Cada decisão negada pelas cortes em Brasília é mais um sangramento político. O tempo da dúvida desgasta aliados, militância e familiares. O governador afastado precisa cair na estrada, defender o legado da sua gestão e planejar um novo ciclo talvez um mandato legislativo em Brasília, na Câmara ou no Senado. O exemplo de Lula mostra que a política também é feita de resistências. O que não pode é se perder em ressentimentos.

 

Além disso, o projeto político original da família Barbosa não se sustenta mais. Com o filho, deputado Léo Barbosa, buscando reeleição, não há clima político para novas candidaturas familiares simultâneas. O eleitor tocantinense é atento e não aceita mais fórmulas antigas.

 

WANDERLEI NÃO PODE COBRAR NADA DE LAUREZ

 

 

É importante lembrar que o principal beneficiado pelo afastamento de Wanderlei foi seu vice, Laurez Moreira, que havia sido isolado do poder. Durante o governo, Laurez teve o cartão corporativo cortado, assessores exonerados e estrutura reduzida. O próprio Wanderlei chegou a dizer publicamente que não confiava em seu vice. Mesmo assim, Laurez manteve o equilíbrio e o silêncio institucional, jamais respondeu com ataques e, agora, colhe os frutos da prudência.

 

Com o afastamento confirmado, Laurez governa com segurança jurídica e política, reorganiza sua base e constrói um grupo próprio para 2026. Está consolidando uma imagem de gestor técnico, de perfil sereno, que busca pacificar o Estado e restabelecer o diálogo entre as forças políticas.

 

A POLÍTICA PRECISA DE PAZ

 

 

O Tocantins vive um período de redefinição institucional. Laurez Moreira precisa governar com serenidade e diálogo; Wanderlei Barbosa precisa reencontrar seu caminho com coragem e humildade.

 

A política é feita de ciclos e este é o início de um novo. Que o Estado avance, que a Justiça prevaleça e que o bom senso volte a ser a regra.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 acredita que a grandeza de um líder está na capacidade de unir, não de dividir. Que o Tocantins, finalmente, encontre o equilíbrio entre lei, política e humanidade.

 

 

Posted On Segunda, 13 Outubro 2025 06:41 Escrito por O Paralelo 13

Posted On Segunda, 13 Outubro 2025 05:22 Escrito por O Paralelo 13

O Tocantins vive um novo momento político. A decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), de negar o habeas corpus ao governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos), confirma o afastamento determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas também consolida o governo de Laurez Moreira (PSD) como uma realidade política e administrativa

 

 


Por Edson Rodrigues

 

 

Com essa decisão, o Supremo coloca um ponto final, ao menos temporário, em uma das mais tensas disputas institucionais da história recente do Estado. O gesto jurídico de Barroso tem efeitos práticos imediatos e dá a Laurez segurança jurídica, autoridade política e estabilidade para governar e, possivelmente, projetar-se como candidato à reeleição em 2026.

 

Mais do que um ato processual, trata-se de um marco político, que redefine o tabuleiro da sucessão estadual de 2026 e inaugura uma nova fase de recomposição de forças no Tocantins.

 

DECISÃO TÉCNICA, IMPACTO POLÍTICO

 

Em sua decisão, Barroso citou trechos do relatório do ministro Mauro Campbell Marques, do STJ, que apontou indícios consistentes de irregularidades e de recebimento de vantagens indevidas por parte do governador afastado. O ministro destacou que o habeas corpus não é instrumento adequado para reavaliar provas, uma vez que a análise de mérito demandaria o “revolvimento do conjunto fático-probatório”, o que é vedado nesse tipo de ação.

 

 

A negativa, portanto, mantém a decisão de afastamento de Wanderlei Barbosa e consolida o comando de Laurez Moreira, que vinha atuando de forma interina, mas agora passa a ter autoridade política reconhecida dentro e fora do Estado. Essa segurança jurídica era aguardada por prefeitos, secretários, empresários e parlamentares que, até então, se mantinham em compasso de espera sobre o rumo da administração estadual.

 

HORA DE GOVERNAR COM FIRMEZA E TRANSPARÊNCIA

 

Com o impasse resolvido, Laurez tem diante de si a oportunidade e a responsabilidade de consolidar sua gestão. A expectativa é de que o governador aproveite o momento para imprimir ritmo à máquina administrativa, definir prioridades e estabelecer um plano de ação claro para 2026.

 

Isso inclui dar celeridade aos projetos de infraestrutura, ampliar o diálogo com o setor produtivo, com as lideranças municipais e com a sociedade civil, além de fortalecer a relação institucional com a Assembleia Legislativa e com a bancada federal em Brasília.

 

Laurez, que carrega a experiência de duas gestões bem avaliadas à frente da Prefeitura de Gurupi, com todas as contas aprovadas pelos órgãos de controle, precisa agora demonstrar que essa bagagem administrativa pode ser traduzida em resultados de governo em nível estadual.

 

A construção de uma imagem de governo técnico, responsável e transparente será decisiva para sua consolidação política. Ao mesmo tempo, ele deve se cercar de pessoas de confiança, evitando a influência de grupos e figuras que possam confundir os rumos da gestão. Como se diz nos bastidores, “Laurez precisa ser o governador e não apenas estar no cargo”.

 

RECOMPOR ALIANÇAS E FORTALECER O DIÁLOGO

 

Do ponto de vista político, Laurez tem agora legitimidade para recompor alianças e atrair novos apoios. Prefeitos, empresários e parlamentares, que aguardavam definição jurídica do caso Wanderlei, certamente voltarão a circular nos corredores do Palácio Araguaia em busca de retomada de projetos e parcerias.

 

Outro ponto fundamental será manter uma relação madura e produtiva com a bancada federal do Tocantins. É por meio dessa interlocução que o Estado pode garantir mais recursos orçamentários, emendas e investimentos estruturantes.

 

A médio prazo, o governador precisará consolidar uma base sólida na Assembleia Legislativa, com lideranças que tenham capacidade de articulação política e técnica. A relação entre Executivo e Legislativo será determinante para a aprovação de projetos estruturais e para a estabilidade institucional da gestão.

 

CENÁRIO NACIONAL INFLUENCIA O JOGO ESTADUAL

 

O contexto político nacional também projeta reflexos diretos sobre o Tocantins. A consequência dessa fragmentação é a dificuldade de construção de alianças regionais. No Tocantins, grupos políticos que antes orbitavam em torno do ex-presidente Jair Bolsonaro se dividem entre apoiar Laurez, manter fidelidade a Wanderlei Barbosa ou aproximar-se da senadora Professora Dorinha Seabra (União Brasil), hoje o principal nome da oposição estadual.

 

DORINHA E O DESAFIO DA UNIDADE

A senadora Dorinha Seabra, pré-candidata ao governo, reúne credenciais políticas e técnicas que a colocam entre as principais lideranças femininas do País. Ex-secretária de Educação, parlamentar atuante e relatora de importantes comissões no Senado, ela acumula prestígio junto a prefeitos e prefeitas de todas as regiões do Estado.

 

Tem sido responsável pela destinação de milhões de reais em emendas impositivas, que beneficiaram tanto o governo estadual em gestões anteriores quanto diversos municípios tocantinenses. Sua imagem pública é de seriedade e compromisso com a educação e o desenvolvimento regional.

 

Mas Dorinha enfrenta o desafio da fragmentação interna. Setores da oposição ainda não falam a mesma língua e, para disputar de igual para igual com a máquina governista em 2026, será preciso construir um projeto político unificado, com estratégia, coerência e narrativa forte.

 

Além disso, há o peso das denúncias recentes sobre o uso irregular de emendas impositivas para a compra de cestas básicas, alvo de investigação da Polícia Federal. Parte dos envolvidos tem ligação com grupos que orbitam na oposição, o que exige transparência e comunicação direta com o eleitorado. A senadora, que não responde a nenhum processo criminal, deve tratar o tema com firmeza e objetividade, separando o “joio do trigo” e reafirmando sua conduta ética.

 

O DESAFIO DA COMUNICAÇÃO E DA CONFIANÇA

 

Em tempos de redes sociais e informação instantânea, tanto governo quanto oposição precisarão dominar a narrativa pública. A confiança do eleitor será conquistada pela clareza das ações, pela transparência e pela coerência.

 

No caso do governador interino Laurez Moreira, o desafio é ainda maior. Com um tempo curto de gestão, ele precisará mostrar resultados concretos e imediatos, mas, sobretudo, comunicar esses resultados de forma eficaz. Para isso, será fundamental estabelecer uma relação sólida e respeitosa com os veículos de comunicação tradicionais do Estado, que continuam sendo necessários para informar com credibilidade e alcance. A comunicação institucional de Laurez dependerá diretamente da competência e da estratégia da Secretaria de Comunicação, que deverá atuar com transparência, profissionalismo e agilidade.

 

Fazer política e governar hoje exige diálogo com a sociedade e esse diálogo passa pela imprensa profissional, pelo jornalismo responsável, com linha editorial definida e compromisso com a verdade. São esses veículos que podem traduzir para a população as ações do governo e ajudar Laurez a construir uma imagem de gestor técnico e confiável, capaz de superar a sombra de seu antecessor. O tempo é curto, e o governo precisa ser acelerado, eficiente e comunicativo para transformar credibilidade em legado.

 

ENTRE A FÉ, O TEMPO E O FUTURO

 

Neste 12 de outubro, Dia da Padroeira do Brasil, o Tocantins vive um momento de virada institucional. A decisão do ministro Barroso pacifica o ambiente político e abre um novo capítulo na história recente do Estado. O Observatório Político de O Paralelo 13 seguirá acompanhando cada passo desse processo. Como diz a sabedoria popular: o tempo é o senhor dos tempos.

 

A complementação desta Reflexão de Domingo terá sequência na edição de amanhã, quando faremos nossas considerações finais sobre o novo cenário político do Tocantins após a decisão do ministro Luís Roberto Barroso.

 

Falaremos sobre os movimentos internos dos partidos, o reposicionamento de lideranças regionais e as projeções para a sucessão estadual de 2026.

O Tocantins entra agora em uma fase de reconstrução institucional e política, onde o tempo será o maior adversário e a comunicação, o principal instrumento de sobrevivência.

 

 

Posted On Domingo, 12 Outubro 2025 02:49 Escrito por O Paralelo 13

Chefe do Executivo ainda assegurou a reforma do posto fiscal no município e realizou as tratativas com o Dnit para recuperação da rodovia entre Aguiarnópolis e Tocantinópolis

 

 

Da Assessoria

 

 

O governador do Tocantins, Laurez Moreira, anunciou a destinação de R$ 2,3 milhões para o município de Aguiarnópolis. O anúncio foi feito na manhã deste sábado, 11, durante visita ao prefeito Wanderly dos Santos.

 

São R$ 625 mil em créditos que serão liberados por meio da Agência de Fomento do Estado para atender o pequeno produtor rural e o pequeno empresário local, além de R$ 375 mil para o fortalecimento da Cooperativa Agropecuária de Aguiarnópolis (Coopag). Mais R$ 300 mil serão liberados por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Eduardo Mantoan para garantir a gratuidade da travessia do Rio Tocantins, entre Aguiarnópolis e Estreito/MA, além do anúncio da destinação de emenda por parte do deputado federal Vicentinho Júnior no valor de R$ 1 milhão para pavimentação do município.

 

Governador Laurez Moreira acompanhou os serviços de construção da nova ponte entre Aguiarnópolis e Estreito, executados pelo Dnit

 

Durante a visita à prefeitura municipal, Laurez Moreira destacou que o Governo do Tocantins trabalha pelo desenvolvimento da região. “Sabemos do papel estratégico de Aguiarnópolis para o Bico do Papagaio e todo o estado do Tocantins. Queremos trazer benefícios para a cidade, ajudar os que mais precisam e colocar o nosso governo à disposição do município”, pontuou.

 

O deputado federal Vicentinho Júnior reforçou a parceria com o governador Laurez Moreira em benefício do Tocantins. “Governador Laurez, demandado por você, vou liberar uma emenda de transferência especial no valor de R$ 1 milhão para ajudar a fazer as pavimentações necessárias no município, que foi prejudicado em função da queda da ponte JK”, explicou.

 

Trabalhos seguem em ritmo acelerado, com previsão de entrega da ponte no mês de dezembro

 

O prefeito de Aguiarnópolis, Wanderly dos Santos, expressou a satisfação em receber a equipe e a importância das parcerias com o Estado. “Hoje [sábado, 11] foi um dia de muita alegria para nós. Receber o governador Laurez Moreira é motivo de esperança e confiança em uma nova gestão. Aproveitamos a oportunidade para apresentar as principais demandas do nosso município”, ressaltou.

 

O governador também garantiu a reforma do posto fiscal em Aguiarnópolis, para melhorar as condições de trabalho no local. Laurez Moreira discutiu, ainda, com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a recuperação da TO-126, entre os municípios de Aguiarnópolis e Tocantinópolis, trecho que tem sofrido com o aumento do fluxo de veículos pesados por conta da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira.

 

Apoio à Coopag

 

A destinação de R$ 375 mil para a Coopag, anunciada pelo governador durante a visita, tem como principal objetivo fortalecer a cadeia da piscicultura em Aguiarnópolis.

 

Chefe do Executivo anunciou a destinação de R$ 375 mil para fortalecer a Cooperativa Agropecuária de Aguiarnópolis

 

A iniciativa será executada por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), que segue com as etapas de estudo e análise nos próximos meses. A determinação integra um projeto que prevê o apoio e fomento a 20 cooperativas em todo o Tocantins, voltadas a diferentes cadeias produtivas.

 

"Essa ação é essencial para agregar valor à produção e fortalecer o cooperativismo, abrindo caminho para que nossos produtores acessem novos mercados fora do Tocantins”, evidenciou o presidente do Ruraltins, Adenieux Rosa Santana.

 

Prefeito de Aguiarnópolis, Wandely dos Santos, ressaltou a importância das parcerias com o Governo do Tocantins

 

O propósito é oferecer apoio à gestão, assistência técnica e fomento financeiro, e ampliar o acesso a mercados, logística e representação institucional. Em Aguiarnópolis, a Coopag será atendida com recursos e suporte técnico para ampliar a produção de peixes, aproveitando o potencial da região.

 

O presidente da Coopag, Alexsandro Silva, salientou que a parceria com o Governo do Tocantins representa um marco no desenvolvimento do setor. “A Coopag é a primeira cooperativa agropecuária da região do Bico do Papagaio. Já possui a maior concessão de uso do lago da Usina Hidrelétrica de Estreito, com capacidade para produzir até 2,5 mil toneladas de peixe por ano. Com o novo apoio, o projeto busca transformar Aguiarnópolis em referências nacionais na piscicultura”, declarou.

 

Nova ponte

 

Obras de construção da Ponte JK, que ligava os estados do Tocantins e do Maranhão, na BR-226, entre Aguiarnópolis e Estreito/MA

 

O chefe do Executivo estadual, junto com a equipe do Dnit, acompanhou os serviços que estão sendo executados para construção da nova ponte que liga Aguiarnópolis a Estreito/MA. Os trabalhos seguem em ritmo acelerado, com a previsão de conclusão no mês de dezembro.

 

Desde o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, em dezembro de 2024, a cidade de Aguiarnópolis foi diretamente impactada. O Governo do Tocantins mantém ações de apoio e acompanhamento, reforçando o compromisso em garantir a mobilidade e minimizar eventuais transtornos à comunidade local.

 

“Estive recentemente com o ministro dos Transportes, Renan Filho, comentando a importância dessa ponte para o nosso estado e ficamos satisfeitos em ver como as obras seguem aceleradas. Estamos aqui para apoiar Aguiarnópolis no que for necessário, para garantir o desenvolvimento da cidade”, finalizou o governador Laurez Moreira.

 

Presenças

 

Acompanharam o governador Laurez Moreira na visita institucional à prefeitura de Aguiarnópolis o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, César Halum; o presidente da Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura (Ageto), Antônio Trabulsi Sobrinho; vereadores do município e demais autoridades.

 

 

Posted On Domingo, 12 Outubro 2025 02:41 Escrito por O Paralelo 13
Página 23 de 1408