Nome indicado pelo presidente Lula deverá ser aprovado pela CCJ e pelo plenário do Senado
Por Davi Vittorazzi
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) participou de uma reunião na tarde desta segunda-feira (13) com os presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
O encontro ocorreu na residência oficial da presidência do Senado, em Brasília. Também participou da reunião o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Herman Benjamin.
O tema central do encontro foi o PL (Projeto de Lei) que trata sobre atualizações das custas processuais. No entanto, existe a possibilidade de que tenha ocorrido a discussão em torno da vaga aberta no Supremo, com a saída do ministro Luís Roberto Barroso.
Em uma postagem no Instagram, Alcolumbre disse que a reunião teve a presença de Pacheco por ele ser autor do projeto de atualização do Código Civil e também presidente da comissão temporária criada para debater o tema. "Conversamos sobre questões importantes para o Brasil e que vêm sendo debatidas desde a gestão de Pacheco à frente do Senado", disse.
"De toda forma, o encontro de hoje reafirma nosso respeito e reconhecimento à importância do Poder Judiciário para o país. O diálogo permanente e a união de esforços são fundamentais para fortalecer as instituições e construir um Brasil mais justo e equilibrado", completou Davi Alcolumbre.
Pacheco é um dos nomes cotados para a escolha do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), junto com o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Outros nomes de destaque são do ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Bruno Dantas, e da presidente do STM (Superior Tribunal Militar), Maria Elizabeth Rocha.
A reunião da residência oficial do Senado durou cerca de uma hora. Nenhuma das autoridades falou com a imprensa após o encontro.
Embora a indicação do nome para STF seja exclusiva do presidente da República, diferentes alas da política e de instituições podem exercer influência sobre até a pessoa a ser escolhida, como a própria preferência dos ministros do Supremo e dos senadores.
Gilmar Mendes, por exemplo, já chegou a defender publicamente a escolha de Pacheco, antes do anúncio da saída de Barroso, em entrevista à Folha de S.Paulo. O senador é próximo de Lula e também é cotado para disputar o governo de Minas Gerais em 2026.
Barroso anunciou na última semana, após o fim de uma sessão plenária do Supremo, que vai deixar o tribunal nos próximos dias. A saída deve ser oficializada nesta semana.
Indicado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), o magistrado ficou por 12 anos na Corte.