Por Edson Rodrigues

 

Depois da repercussão da reunião entre Osires Damaso e a cúpula da campanha de Ronaldo Dimas, em Brasília, o Observatório Político de O Paralelo 13 recebeu informações de um “cinco estrelas” do grupo político do deputado federal de que, a partir desta terça-feira, o senador Irajá Abreu, coordenador da campanha de Damaso ao governo, juntamente com os candidatos das chapas proporcionais e o próprio Damaso, estarão fazendo o primeiro giro pelo Estado em busca de aglutinar apoios e forças com o objetivo de levar Osires Damaso ao segundo turno da disputa pelo governo do Estado.

 

Segundo a nossa fonte “cinco estrelas” do grupo político de Damaso, durante a controversa reunião em Brasília, o deputado federal foi convidado a ser o candidato ao Senado na chapa de Ronaldo Dimas, mas retrucou, convidando o próprio Dimas a se candidatar a senador em sua chapa.

 

Após a circulação da nossa Análise Política, neste domingo, um membro da elite da campanha de Damaso informou que o senador Irajá Abreu estaria se reunindo, já nesta segunda-feira, com os candidatos proporcionais, inclusive as cotas de candidatas femininas e candidatos negros, para comunicar, claramente, que o candidato ao governo apoiado por ele e pelo seu partido, o PSD é o deputado federal Osires Damaso, e anunciando um giro pelo Estado a partir da terça-feira, 19.

 

CANDIDATURA IRREVERSÍVEL

Júnior Geo, Tiago Andrino, Irajá Abreu, Osires Damaso e Carlos Amastha e Freed Lustosa em evento que ingresso PSD ao grupo com PSC, PSB, PRTB e Avante (Foto: Luís Gomes/Coluna do CT)

 

A avaliação, dentro do grupo de apoio à candidatura de Osires Damaso ao governo do Estado, é de que não existe “varinha mágica” de transferência de votos e que o resultado final depende 100% da atuação do líder e dos liderados do grupo político, e que cada candidatura terá um apelo especial para a transferência de votos.

 

Damaso tem agenda em Palmas nesta segunda-feira, quando volta a se encontrar com Ronaldo Dimas e com o candidato a senador Ataídes Oliveira. Segundo nossas fontes, na pauta da reunião está a busca por uma forma de união entre as candidaturas, se não no primeiro turno, um acerto para o segundo turno, caso haja.

 

Para o nosso Observatório Político, já está claro que a candidatura de Damaso ao governo é irreversível, e que ele vem buscando todas as formas para ganhar musculatura política e confirmar sua postulação como uma pretensão séria e bem edificada.

 

CHANCES IGUAIS

Todas as lideranças políticas têm um limite de influência ante aos seus liderados, mas só a partir das convenções partidárias será possível medir essa capacidade, mas o que contará, nessas eleições, será a capacidade de empatia e convencimento do candidato ao governo junto à população e ao eleitorado, pois a situação está mais que propícia para mudanças, e o Horário Obrigatório de Rádio e TV poderá decidir quem vai para o segundo turno, de acordo com o desempenho de cada postulante.

 

As chances serão iguais para todos, com a oportunidade de explicitar planos de governo nos debates e angariar e garantir o apoio das lideranças políticas regionais, dos prefeitos e vereadores e dos seus próprios candidatos proporcionais.

 

E essa oportunidade está intrinsecamente ligada às equipes de marketing político e de comunicação de cada candidatura, destacando o bom relacionamento com as redações dos veículos de comunicação tradicionais, que comprovadamente têm influência na opinião do eleitorado.

 

O eleitorado já se mostrou sem pressa para definir seu voto. Trabalhar esse eleitorado com ações de marketing e de comunicação, nos veículos certos, será crucial para aumentar as chances de eleição, desde governador até deputado estadual, será determinante para o sucesso de qualquer candidatura em uma eleição tão disputada quanto a que se horizonta. E muitas surpresas ainda estão por acontecer no tabuleiro sucessório.

 

A partir do dia 10 de setembro, com as candidaturas registradas e o início das propagandas políticas, o jogo começará a ser, oficialmente, jogado, com cada peça com seu lugar consolidado no tabuleiro sucessório.

 

Até lá, muito trabalho, muita vontade de vencer, e muita disposição serão determinantes para quem realmente deseja ser eleito.

 

De resto, é só blábláblá!

 

Preparem-se para as surpresas!!

 

 

Posted On Segunda, 18 Julho 2022 07:07 Escrito por O Paralelo 13

Ministro deu dois dias para o presidente se manifestar sobre suposta incitação à violência

 

Por Paulo Sabbadin

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou as redes sociais para ironizar e responder a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que ele se manifeste sobre uma incitação à violência.

 

Na publicação, Bolsonaro escreveu apenas: "Manifesto que sou contra". Partidos de oposição associam o comportamento do presidente com a morte do militante petista Marcelo Arruda, assassinado por um policial bolsonarista durante uma festa.

Em sua live semanal, Bolsonaro criticou a determinação de Moraes: "É uma falta de consideração com o chefe do Executivo. Alexandre de Moraes dá dois dias, quer dizer, sábado e domingo, para Bolsonaro se manifestar sobre acusações de incitação à violência".

 

Para o presidente, decisões como essa levam aos conflitos entre os poderes: "Parece que faz para mostrar: ?olha, eu sou togado aqui ó. Você vai fazer o que eu quero, senão minha caneta tá aqui?. Essas questões aqui levam a conflitos entre poderes. Daqui a pouco, vão falar que eu estou atacando o STF. Isso aqui é um ataque. Isso aqui é uma covardia".

 

 

 

Posted On Sábado, 16 Julho 2022 06:37 Escrito por O Paralelo 13

Por Gabriela Rölke

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar na primeira semana de agosto uma ação que pode definir o futuro político do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e de outros personagens da política brasileira condenados por desvio de dinheiro público. Os ministros vão decidir sobre a retroatividade da nova Lei de Improbidade Administrativa (LIA), e dependendo do resultado do julgamento, no momento impossível de prever, esses agentes políticos poderão ter seus processos extintos – e o caminho livre para disputar as eleições de outubro e seguir na vida pública.

 

O relator da ação no STF é o ministro Alexandre de Moraes. A Corte vai decidir se as alterações na lei, especialmente no que diz respeito à necessidade de que se comprove a má-fé na conduta ímproba e aos prazos de prescrição, valem a partir da promulgação da nova norma, em 2021, ou se retroagem – o que beneficiaria agentes públicos já condenados com base nas regras antigas. Exatamente o caso de Lira: réu em dois processos resultantes da Operação Taturana, deflagrada em 2007 para apurar desvios na Assembleia Legislativa de Alagoas, ele está enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que proíbe a candidatura de condenados em segunda instância.

 

Caso o Supremo decida pela retroatividade da norma, ele se livra das condenações em seu estado natal – e garante a participação nas próximas eleições, assim como tantos outros políticos em situação similar, já que a definição terá repercussão geral. Outro político de destaque que seria contemplado com a retroatividade é o ex-governador do DF José Roberto Arruda (PL), condenado em duas ações resultantes da Operação Caixa de Pandora. Por ora, as condenações estão suspensas por decisão liminar do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins.

 

“Permitir que a lei tenha efeito retroativo implicaria anistia a condenados por improbidade. Seria um retrocesso”

 

Augusto Aras, procurador-geral da República

A discussão foi incluída na pauta do Supremo depois de uma visita institucional de Lira e de outros líderes do Congresso ao presidente da Corte, Luiz Fux, no final do mês passado. O procurador-geral da República, Augusto Aras, já se manifestou, e de forma contrária aos interesses de Lira. Para Aras, a norma não deve retroagir, o que causaria insegurança jurídica. “Posição contrária implicaria anistia transversa de atos de improbidade perseguidos pelo Estado. Um retrocesso”.

 

 

Posted On Sábado, 16 Julho 2022 06:33 Escrito por O Paralelo 13

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 tem percebido que a antecipação em quase dois anos do processo sucessório estadual foi equivocada e pode ter reflexos nocivos, a longo prazo, para a população tocantinense.

 

Por Edson Rodrigues

 

A briga por um dos cargos eletivos em disputa no Estado está tão acirrada, tão nervosa e tão indefinida, que os senhores candidatos ao governo estão esquecendo do que mais importa para o povo tocantinense: um plano de governo palpável, realizável e baseado nas grandes demandas do nosso povo.

 

Até agora, nenhum partido, nenhum grupo político e nenhum candidato fez, sequer, um seminário para discutir com as entidades classistas e representativas, as ideias, os temas que devem, obrigatoriamente, estar presentes nos planos de governo.

 

Ninguém procurou a Fieto, o Sebrae, a Federação da Agricultura, a OAB, as entidades que representam a Educação, os trabalhadores e os servidores públicos, para traças as primeiras linhas de um rascunho de plano de governo.

 

Isso só demonstra que os planos de governo correm o sério risco de serem feitos no estilo “maquiagem”, “perfumaria” ou, em outra palavra, proforma, ou seja, nenhum dos candidatos ao governo está demonstrando compromisso com o futuro e com o desenvolvimento do Tocantins.  Estão, há dois anos, pensando apenas em chegar ao poder, da forma que der ou puder, sem deixar claro como pretendem assumir as rédeas da resolução dos problemas históricos do Tocantins, como a industrialização, a geração de empregos e a capacitação de mão de obra.

 

PRIORIDADE TOTAL

Tirar a população economicamente ativa do Tocantins da dependência de cargos nas administrações estadual e municipal é uma prioridade total.  O governo do Estado não pode mais continuar sendo o maior empregador, pois gera uma acomodação na população e nas empresas, que não buscam formação, capacitação ou partem para o empreendedorismo.

 

É preciso ser feito um grande pacto com o Sebrae, com o Senac e com a Fieto para a capacitação da mão de obra necessária para que grandes indústrias e empresas possam investir no Tocantins sem precisar importar mão de obra, como tem acontecido desde a criação do nosso Estado.

 

Nossa juventude está chegando ao mercado de trabalho sem um curso técnico, um curso de inglês, um conhecimento específico de uma área de atuação no comércio ou na indústria, fazendo com que a maior preocupação dos pais dessa juventude seja arrumar um contrato com um político amigo da família para que o jovem receba, pelo menos, um salário mínimo, desempenhando uma função que não exija muito conhecimento, nas prefeituras, Câmaras Municipais e nos órgãos do governo estadual, muitas vezes se humilhando para que isso aconteça.

 

QUESTIONAMENTO E PROVOCAÇÃO

Essas questões precisam ser colocadas à mesa junto aos candidatos ao governo.  Eles precisam ser questionados sobre como pretendem resolver esse problema, se têm essa preocupação ou essa prioridade em seus planos de governo.

 

As eleições de outubro não podem ser, simplesmente, a troca dos que não deram certo e a permanência dos que foram mais notados pela população. Elas precisam ser um marco na história do Tocantins como o pleito que vai mudar os rumos da nossa economia.

 

Os candidatos a governador precisam ser sabatinados, área por área, desde a pavimentação das estradas até a realização de concursos públicos, passando pela segurança, pela saúde, pela terceirização, pelas parcerias público-provadas, para que ou sejam desmascarados ou comprovem que estão realmente preparados para assumir um Estado pobre, sem industrias, com regiões inteiras, como o Bico do Papagaio e o Sudeste, dependentes apenas dos cargos públicos.

 

A geração de empregos e renda tem que ser estudada, região por região, com cursos profissionalizantes de acordo com as potencialidades de cada uma. De nada adiantam faculdades e universidades para formar médicos, arquitetos, engenheiros ou seja lá qual profissão for, se, para trabalhar, os novos profissionais terão que sair do Tocantins, pois não há crescimento econômico para absorver esses jovens privilegiados que conseguiram uma formação superior.

 

Isso precisa ser discutido e levantado junto aos candidatos ao governo para que eles, sem óleo de peroba, sem perfumaria e sem arrodeio, mostrem que têm planos, planejamento, capacidade e compromisso com o nosso povo.

 

Chega de reuniões políticas para discutir o sexo dos anjos e planejar picuinhas para prejudicar os adversários.

 

É hora do Tocantins ter candidatos a governador que saibam ser gestores, que sejam mais profissionais do que” políticos profissionais”. Que busquem as entidades que já citamos aqui para ajuda-los a priorizar ações que gerem desenvolvimento, que abram novos horizontes e que deem dignidade ao povo tocantinense.

 

Capacitação de mão de obra, industrialização e geração de empregos.

 

Se estes três assuntos não saírem da boca do seu candidato ao governo, repense seu voto.  Pois sem esses pilares, o Tocantins continuará, eternamente, sendo “o Estado do futuro”, sem que esse futuro chegue, nem para você, nem para seus filhos, muito menos para os seus netos.

 

Reflitam!

 

Posted On Sexta, 15 Julho 2022 07:45 Escrito por O Paralelo 13

A necessidade de mudar para melhorar é o grande desafio dos eleitores brasileiros neste ano de 2022.  Um ano que ainda sofre os impactos da pandemia de Covid-19, mas que se tornou um dos piores na vida dos cidadãos, com a volta da inflação, a carestia nos preços dos combustíveis, dos alimentos, dos medicamentos enquanto o governo federal bate cabeça, tentando apagar incêndios gastando o que pode e o que não pode para tentar diminuir os impactos da desaceleração econômica trazida pelos anos de pandemia.

Por Edson Rodrigues

 

Apesar dessa necessidade de mudar, os eleitores não tiveram, ainda, tempo para analisar a atuação dos parlamentares federais e estaduais, mesmo daqueles em quem votaram, pois nem se lembram mais em quem foi.

 

É o que mostra uma pesquisa eleitoral elaborada pela Quaest a pedido do RenovaBR: 86% dos eleitores consideram bom que ocorra uma “alta renovação” nos quadros do Parlamento nestas eleições.

 

A se concretizar o cenário apontado pela pesquisa, a eleição para o Congresso deste ano poderá repetir a de 2018, quando Câmara e Senado tiveram a maior renovação desde a redemocratização do País. A manifestação dos eleitores reforça a percepção de que o brasileiro não costuma dar a devida atenção ao voto proporcional, com as campanhas políticas se concentrando na escolha pelos candidatos a presidente da República e a governador do Estado.

 

VOTO SEM ACOMPANHAMENTO

Segundo a pesquisa, a maioria dos eleitores acompanha muito pouco o trabalho do Congresso: 55% declararam não saber o que faz um deputado, ante 44% que disseram saber como atua o congressista na Câmara.

 

Segundo a pesquisa, a maioria dos eleitores acompanha muito pouco o trabalho do Congresso: 55% declararam não saber o que faz um deputado, ante 44% que disseram saber como atua o congressista na Câmara. 

 

O desprestígio manifestado em relação ao voto para o Congresso ocorre num cenário em que a Câmara e o Senado têm cada vez mais poder. As Casas assumiram controle sobre repasses de recursos federais, indicando verbas diretamente para redutos por meio do chamado orçamento secreto.

 

Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos eleitores acompanha muito pouco o trabalho do Congresso: 55% declararam não saber o que faz um deputado, ante 44% que disseram saber como atua o congressista na Câmara. E dois em cada três eleitores (66%) afirmaram não se lembrar em quem votaram para deputado em 2018. A pesquisa foi às ruas entre os dias 8 e 12 de junho. Foram ouvidas 1.544 pessoas, nas cinco regiões do Brasil. A margem de erro é de 2,5 pontos porcentuais, e o intervalo de confiança é de 95%.

 

Embora seja fundamental para definir o cenário político a partir de 2023, a disputa para o Congresso ainda não preocupa os eleitores – 85% ainda não decidiram sobre o candidato a deputado. Quase metade (47%) definirá o voto para a Câmara com pelo menos um mês de antecedência; 12% vão deixar a escolha para 15 dias antes; e mais de um terço (36%) declarou que só pensará no assunto na última semana antes do primeiro turno.

 

Segundo a pesquisa, o fato de a grande maioria dos brasileiros não ter a menor ideia de quem votou mostra como a eleição para o Congresso é uma eleição fria para a população, que a maioria não dá maior importância. Quando, na verdade, tem muita importância. O poder está cada vez mais concentrado no Congresso Nacional.

 

QUEM O ELEITOR QUER

A principal característica buscada pelos eleitores em seus deputados é a de que os candidatos sejam “honestos” e “cumpram as promessas” – 47% apontaram esses critérios. Em seguida vem o fato de o político estar “preparado” e “conhecer as políticas públicas”, com 36%. Trazer recursos para a cidade é considerado importante por 10% dos eleitores. “Para nós, este perfil do ‘candidato ideal’ foi o que mais chamou a atenção”, disse a diretora executiva do RenovaBR, Irina Bullara.

 

A pesquisa apontou ainda que o principal “cabo eleitoral” na disputa pela Câmara é a família: 22% disseram “considerar muito” a opinião de parentes na hora de decidir o voto.

 

ELEITOR TOCANTINENSE TAMBÉM QUER MUDANÇAS

O Observatório Político de O Paralelo 13 recebeu os resultados de duas pesquisas de intenção de voto, feitas por duas empresas diferentes, mas que trazem números bem parecidos com a pesquisa nacional do RenovaBR. Os estudos apontam que 85% dos eleitores não têm conhecimento de nada ou de quase nada que os congressistas tocantinenses fizeram por eles e por suas cidades, principalmente em relação aos deputados federais.

 

A falta de publicidade das atuações desses parlamentares é o principal motivo do desconhecimento, por parte dos eleitores, do trabalho desenvolvido pelos deputados federais e pelos congressistas, como um todo. Sem saber o que quem está no Congresso Nacional faz, o eleitor entende que nada está sendo feito, por isso, o desejo de mudança, de renovação.

 

E os índices que apontam o desejo de mudança são enormes.  Apesar de cerca de 7% dos pesquisados informarem saber ou ter informações da atuação dos congressistas tocantinenses, nenhum deles tem noção de que partram de uma maioria bem-intencionada da nossa bancada federal os recursos que chegaram para oxigenar as finanças dos 139 municípios e do próprio governo do Estado, principalmente no pior período da pandemia de Covid-19, além da liberação de milhões de reais em emendas impositivas e outros recursos federais.

 

Os nobres congressistas limitaram essas informações sobre seus feitos aos prefeitos, vereadores e “líderes” locais e regionais, e desconsideraram o papel da mídia, dos veículos de comunicação, blogs, portais de notícias, sites, rádios, jornais impressos, rádio e TV que, em um Estado grande, territorialmente, como é o Tocantins, estão intrinsecamente ligados à vida da população, que os têm como verdadeiros porta-vozes de suas demandas, dos problemas que precisam ser resolvidos, das mazelas e – atenção! – dos seus desejos, de suas vontades.

 

Os congressistas, parece, não conhecem as peculiaridades do povo que representam, e deixam de aplicar as verbas que recebem destinadas a esse trabalho de assessoramento de comunicação, para a divulgação das suas atuações ou, se as usam, estão aplicando em veículos errados.

 

Quantas e quantas UPAs que foram entregues em diversos municípios, foram fruto do trabalho de senadores ou de deputados federais, e a população nunca soube disso, acreditando que foi o governo federal, estadual ou, até mesmo, o municipal que conseguiu a benfeitoria?

 

O momento de colher os louros desse trabalho seria no dia dois de outubro, mas, o eleitor, sem saber do que está sendo feito em Brasília pelos seus representantes, vai votar em outro candidato, quer renovação pois, quem não é visto não é lembrado.

 

E quem decide uma eleição é o eleitor que faz parte da base da pirâmide social, que reúne 85% da população tocantinense, que está nas periferias e na zona rural e que tem na tela do celular, da televisão, no jornal que recebe de graça e no radinho de pilha, seus amigos e conselheiros fiéis.

 

FEDERAÇÃO PARTIDÁRIA

O fim das coligações, enfiada goela abaixo dos vereadores pelos deputados federais, redundou na atual federação partidária, enfiada goela abaixo, desta vez, pelas cúpulas nacionais dos partidos nos diretórios estaduais, e está fazendo os deputados federais provarem do próprio “veneno”, pois dificulta ainda mais a reeleição, após a formação das chapinhas e nominatas que não aceitam detentores de mandato entre seus componentes.

 

Acaba, também, o “efeito Tiririca”, pois, para um candidato a deputado federal se beneficiar do quociente eleitoral, da sobra de votos, ele precisará ter recebido, no mínimo, 20% dos votos válidos, o que, no Tocantins, gira em torno de 16 mil votos.

 

As cotas de candidatos negros e mulheres também tornam ainda mais difícil, pois expande a divisão dos recursos do Fundo eleitoral e o tempo no Horário Obrigatório de Rádio e TV.

 

Ou seja, é uma eleição totalmente diferente e com nuances que precisam ser levadas a sério por todos os candidatos, sejam com mandatos ou sem mandatos. Tão a sério quanto ter assessorias com PHD em contabilidade e direito eleitoral, para não correr o risco de ganhar e não levar por ter as contas rejeitadas pela Justiça Eleitoral, ou, mesmo não ganhando, ter que devolver os recursos do Fundo Eleitoral, que geralmente é garantido com o bloqueio e o arresto de bens.

 

MUITO CACIQUE PARA POUCO ÍNDIO

E, por fim, a grande e mais difícil barreira a ser vencida em busca de uma vaga no Congresso Nacional, é representada pela quantidade recorde de candidatos ao governo, ao senado, a deputado federal e estadual.

 

São tantos partidos e tantas nominatas, que os votos tocantinenses serão pulverizados entre eles, criando uma condição negativa para que cada partido sequer consiga eleger dois deputados federais.  Caso isso aconteça, já pode ser chamado de milagre.

 

Juntando o que disse o saudoso disse Tancredo Neves, “na política não há milagres”, e o desejo de mudança instalado no seio do eleitorado, as previsões mais otimistas apontam para uma renovação de 50% nos parlamentos.

 

Diante deste quadro, os nobres detentores de mandato na Câmara Federal têm 70 dias para “transformar água em vinho” e manter seus mandatos, com o agravante de ver os derrotados em dois de outubro praticamente aposentados compulsoriamente da política, passando a ostentar o título de “ex-deputado”, sem muitas chances de voltar à vida pública em cargos eletivos.

 

Os números não mentem: a renovação será inevitável e forte.

 

Quem viver verá!

 

Posted On Sexta, 15 Julho 2022 07:16 Escrito por O Paralelo 13
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