Alegações não têm coerência em alguns pontos e momento de eleição na Assembleia Legislativa pode ser o fato motivador
Por Edson Rodrigues
Geovane Venâncio da Silva, 2º secretário do PHS no Tocantins, entrou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral do Estado contra Mauro Carlesse, alegando que o governador, atual presidente estadual da legenda, teria “abandonado o partido, deixando-o ‘largado às traças’”. Geovane ainda cobra uma dívida salarial de quase R$ 70 mil, mas cai em contradição ao alegar que "o presidente do partido também jamais honrou em dia o pagamento dos aluguéis, sendo que pagou o aluguel até o mês de junho de 2018, daí para frente abandonou o partido”.
Se tal alegação sobre o pagamento de aluguel é verdadeira, porque a proprietária do imóvel pediu a desocupação por conta de dois meses de aluguel atrasado?
Segundo o secretário do partido, os salários atrasados referem-se aos meses de março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2018, totalizando o montante de R$ 50 mil, divididos em horas extras de R$ 5 mil, 13º salário proporcional, no valor R$ 4.170,00, férias proporcionais, no valor de R$ 4.170,00, FGTS no montante de R$ 5,5 mil, o que levaria qualquer trabalhador a ingressar na Justiça do Trabalho e, não, na Eleitoral.
Outra questão que depõe contra a representação é o fato de que ela deveria ter sido feita contra o partido e, não contra a pessoa do seu presidente.
INTERESSES NÃO REPUBLICANOS
O fato de estarmos vivendo os momentos que antecedem a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado, em que Toinho Andrade, filiado ao mesmo partido do governador Mauro Carlesse, é candidato á presidência, o que pode, facilmente, nos levar a crer que os interesses por trás dessa representação podem não ter nada de republicanos e estar a serviço de interesses políticos.
Deputado Toinho Andrade PHS
Vale lembrar que o Brasil passa por um momento de depuração moral e política, na tentativa de expurgar os velhos hábitos que corroeram os recursos dos poderes Executivo e Legislativo, por meio de crimes praticados por falsos profetas que, em sua covardia, utilizam-se de pessoas de pouca instrução para obter vantagens pessoais, deixando de lado as implicações com a imagem das instituições que representam.
É fato que a denúncia deve ser devidamente apurada, assim como seu oportunismo também deve ser levado em conta. A Justiça Eleitoral, o Ministério Público e a Polícia Federal devem apurar o que está sendo apontado e, em caso de aceitação ou não das denúncias é que poderemos tecer nossos comentários com mais embasamento.
Estamos no aguardo!
Suspeitos de fraude em laudos técnicos, Makoto Namba e André Yassuda foram detidos em SP; em Minas, três funcionários da Vale foram para a prisão
Com Agência Brasil
Sob a suspeita de terem fraudado laudos técnicos da Vale – o que teria permitido as operações na barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, que se rompeu na sexta-feira (25) — cinco engenheiros foram presos, na manhã desta terça-feira (29), em Minas Gerais e em São Paulo.
Dois dos engenheiros presos, Makoto Namba e André Yassuda, eram da empresa TÜV SÜD, que prestava serviço para a mineradora. Eles foram detidos nos bairros de Moema e Vale Mariana, na zona sul de São Paulo. Em Minas, foram presos funcionários da Vale, envolvidos nas operações em Brumadinho .
Namba e Yassuda encaminhados à sede da Polícia Civil de São Paulo e deverão ser levados a Minas Gerais, após embarcarem no Aeroporto Campo de Marte. A viagem será realizada porque a ordem de prisão dos dois foi expedida pela Justiça de Minas Gerais.
Os pedidos de prisão foram expedidos ainda durante o fim de semana. A força-tarefa que foi montada para realizar as prisões e agilizar as investigações sobre o caso envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Estadual e Federal e a Polícia Civil, além de policiais, promotores e procuradores de Minas Gerais.
A operação que resultou na prisão dos engenheiros presos em São Paulo foi deflagrada pela Polícia Federal. O objetivo é o cumprimento dos mandados judiciais, visando a apuração de responsabilidade criminal pelo rompimento de barragem que havia na mina do Córrego do Feijão.
Em Minas, os mandados expedidos pela Justiça Federal em Belo Horizonte foram cumpridos nas cidades de Nova Lima, em sedes de duas empresas e nas casas de pessoas relacionadas à Vale. Sete mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da Comarca de Brumadinho, também foram cumpridos na região metropolitana de Belo Horizonte.
Por fim, cinco mandados judiciais de prisão temporária também expedidos pelo Juízo da Comarca de Brumadinho , com validade de 30 dias, foram cumpridos, sendo três na região metropolitana de Belo Horizonte e as restantes em São Paulo.
* Com informações da Agência Brasil.
Mesmo enquanto os magistrados estavam em férias, as investigações das operações da Justiça Federal, Polícia Federal, Polícia Civil e Ministério Público seguiram na função importantíssima da descoberta de provas dos crimes cometidos por políticos e agentes públicos que se deixaram levar pela perversão da corrupção, corroendo o patrimônio público de estados e municípios, incluindo, infelizmente, os casos relativos ao Tocantins, onde Câmaras Municipais, Institutos de Previdência, Executivos Municipais e outros órgãos, já sofreram os primeiros reflexos dessa “limpeza ética” que vem sendo feita no País
Por Edson Rodrigues
Operação Nudae, Operação Toth, Operação Carne Fraca, Spurius II e III, Operação Ápia, Operação Sermão aos Peixes, Operação Rei do Gado, são só alguma das que varrem o submundo da corrupção no Tocantins e que já resultaram nas prisões de políticos, empresários, vereadores e outros envolvidos em Palmas, Porto Nacional, Augustinópolis...
APROFUNDAMENTO
Durante os últimos dois meses, a Polícia Civil do Tocantins vem aprofundando as investigações na Assembleia Legislativa do Estado e, segundo nossas fontes, os segredos da “caixa-preta” do setor Financeiro da Casa de Leis podem implodir e afundar muitas carreiras políticas. As delações, assim como as provas, segundo nossa fonte, são robustas e documentadas.
Nada disso, ainda, é oficial, pois a equipe de investigadores, formada por delegados e membros do Ministério Público vem trabalhando no mais absoluto segredo de Justiça, mas, ainda segundo nossa fonte, estão todos empolgados com as provas obtidas.
SENTIMENTO POPULAR
O que é mais positivo em toda essa situação, é que a sociedade vem dando todo apoio às investigações e aguarda, ansiosa, pelas respostas que as investigações trarão, esperando que o trabalho desenvolvido seja célere, evitando mais um sangramento na imagem das instituições estaduais e municipais, ante a mídia nacional.
O sentimento popular é de que em havendo comprovação de culpabilidade, as penas aplicadas sejam exemplares, para que a limpeza ética seja ampla e todos aqueles que enganaram o povo tocantinense sejam definitivamente banidos da vida pública, servindo de exemplo para aqueles que ainda pensam em se locupletar de seus cargos, em detrimento do patrimônio Público, assim como para a nossa juventude que tem aspirações políticas futuras.
A situação das investigações, por conta do segredo de Justiça, ainda não pode ser explicitada em sua totalidade, mas não estão descartadas mais prisões e mandados de busca e apreensão por causa do risco de obstrução de Justiça, destruição de provas e intimidação de testemunhas e delatores.
É preciso mostrar que, no Tocantins, o crime, incluindo a corrupção, não compensa!
Cirurgia para religar intestino foi realizada 'com êxito', segundo o Palácio do Planalto. Médicos decidiram unir a ponta do intestino grosso com o intestino delgado
Por Congresso Em Foco
Acabou há pouco a cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia e reconstituição do trânsito intestinal do presidente Jair Bolsonaro. Pessoas próximas ao presidente informaram que "correu tudo bem". Bolsonaro se encontra em recuperação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Bolsonaro, segundo a assessoria do hospital, "está clinicamente estável, consciente, sem dor, recebendo medidas de suporte clínico, prevenção de infecção e de trombose venosa profunda".
De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, o procedimento ocorreu "com êxito". Detalhes serão divulgados pelo porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros. Segundo o Albert Einstein, a cirurgia durou sete horas, bem mais do que as três apontadas nas previsões iniciais.
Esta foi a terceira cirurgia pela qual Bolsonaro passou no Einstein desde que foi esfaqueado, em 6 de setembro, durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O presidente deverá ser substituído nas próximas 48 horas, período em que estará em repouso total e sob observação, pelo vice-presidente Hamilton Mourão. Um gabinete provisório está sendo montado no hospital, de onde Bolsonaro pretende despachar no restante da semana.
Também foram denunciados quatro executivos da Odebrecht ─ Marcelo Odebrecht, Cláudio Melo Filho, José de Carvalho Filho e Carlos José Fadigas de Souza Filho
Com Congresso em Foco
A Procuradoria-geral da República (PGR) divulgou, na tarde desta segunda-feira (28), uma denúncia contra o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) e quatro delatores do grupo Odebrecht.
Segundo a Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o parlamentar, que encerra seu mandato na próxima quinta-feira (fez 55.743 votos em outubro e não se reelegeu para a Câmara), recebeu R$ 1,5 milhão para atuar em favor da empresa no Congresso.
Vieira Lima foi o presidente da Comissão que analisou a MP 613/2013, transformada em lei (12.859/2013). O texto deu benefícios fiscais ao setor de industrias químicas, o que beneficiou a Braskem, subsidiária da Odebrecht.
Os executivos da Odebrecht afirmaram, em delação premiada, terem pago um total de R$ 6,4 milhões em propinas para ver a MP aprovada. O restante do valor, que já foi alvo de outra denúncia, teria sido destinado à cúpula do PT, já que a MP foi editada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Lúcio Vieira Lima é irmão do ex-deputado Geddel Vieira Lima, ex-ministro do governo Temer que está preso desde setembro de 2017 após a Polícia Federal ter achado R$ 51 milhões em espécie em um imóvel ligado a ele.
Dodge já pediu ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, que remeta o processo para a Justiça Federal de Brasília, já que, não reeleito em outubro, o deputado perderá foto privilegiado no dia 1 de fevereiro quando começa a nova legislatura da Câmara.
O Congresso em Foco tenta contato com a defesa de Lúcio Vieira Lima.