O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, a proposta de emenda à Constituição que altera o rito das votações de medidas provisórias (PEC 70/11). Foram 351 votos favoráveis e nenhum contra. A matéria, originada do Senado, retorna para análise dos senadores, por ter sido modificada na Câmara.

 

Com Agências

 

Em março, a Câmara aprovou o texto, mas os senadores promoveram mudanças na PEC, o que obrigou os deputados a votarem a proposta novamente.

 

Com a aprovação nesta quarta, a parte da proposta aprovada pelos senadores e mantida pela Câmara seguirá para a promulgação do Congresso.

 

Já as mudanças sugeridas pelos deputados durante a reanálise da PEC, e que ainda não obtiveram o aval do Senado, voltarão àquela Casa para nova votação.

 

Execução de emendas
As emendas parlamentares são dispositivos pelos quais deputados e senadores podem alocar recursos do Orçamento em projetos de sua escolha. Geralmente, as indicações são feitas para obras em seus redutos eleitorais.

 

Atualmente, o pagamento é obrigatório apenas das emendas individuais dos congressistas. Pelo texto da PEC, além das emendas coletivas (feitas por bancadas estaduais e das comissões), toda a parte de investimentos do Orçamento terá de ser executada.

 

Na prática, a proposta pode engessar o governo federal, que não terá espaço para remanejar despesas e terá que cumprir todo o Orçamento aprovado pelo Congresso.

 

Nesta quarta, os deputados aprovaram mudança feita pelos senadores que fixaram um escalonamento no valor das emendas de bancada.

 

O texto aprovado pela Câmara no fim de março previa que, no primeiro ano, as emendas de bancada teriam valor correspondente a até 1% da Receita Corrente Líquida (RCL) do ano anterior. Nos anos seguintes, a quantia seria corrigida pela inflação.

No Senado, foi feito o seguinte escalonamento, aprovado agora pela Câmara:

 

Em 2020, o valor das emendas será de 0,8% da RCL;

em 2021, o valor chegará a 1% da receita;

a partir de 2022, o valor será equivalente ao montante do ano anterior mais a inflação.

Como estas alterações sobre as emendas coletivas foram aprovadas pelas duas Casas do Congresso, este trecho do texto seguirá para promulgação.

 

Mudanças feitas por deputados

á as mudanças realizadas nesta quarta pelos deputados ainda precisarão passar pela votação dos senadores.

 

O texto aprovado passou a estabelecer, por exemplo, exceções ao dever de execução do Orçamento.

 

Entre as exceções estão a necessidade de contingenciamento (adiamento na execução de recursos previstos na programação orçamentária) para o cumprimento de metas fiscais e limites de despesas e impedimentos técnicos justificados.

 

A proposta também incluiu mudanças para viabilizar que estados, Distrito Federal e municípios recebam percentuais de recursos vindos do leilão do excedente de petróleo do pré-sal na Bacia de Santos sem estourar o teto de gastos. Os deputados decidiram que as regras de distribuição desta verba poderão ser propostas tanto pelo Congresso quanto pelo Presidente da República.

 

O texto passou a prever ainda que a União vai manter um banco de projetos de investimentos por estado, com informações sobre a viabilidade, estimativas de custos e a execução física e financeira dos empreendimentos.

 

Além disso, a proposição determinou que a proposta de lei orçamentária pode ter as previsões de despesas para os anos seguintes, com informações sobre investimentos em andamento.

 

Posted On Quarta, 05 Junho 2019 16:48 Escrito por

Entre as 26 atividades pesquisadas, 20 tiveram alta

 

Por Vitor Abdala

 

A produção industrial brasileira teve alta de 0,3% na passagem de março para abril deste ano. O crescimento veio depois de uma queda de 1,4% na passagem de fevereiro para março. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje (4).

 

De acordo com a pesquisa, em abril, no entanto, houve quedas nos outros quatro tipos de comparação: -3,9% na comparação com abril de 2018, -0,1% na média móvel trimestral, -2,7% no acumulado do ano e de -1,1% no acumulado de 12 meses.

 

Na passagem de março para abril, houve alta em três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para os bens de consumo duráveis (3,4%). Também tiveram crescimento os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (2,9%), e os bens de consumo semi e não duráveis (2,6%).

 

Por outro lado, os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo, caíram 1,4% de março para abril.

 

Entre as 26 atividades industriais pesquisadas, 20 tiveram alta na produção, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (7,1%), máquinas e equipamentos (8,3%), outros produtos químicos (5,2%) e produtos alimentícios (1,5%), todos revertendo as quedas registradas em março.

 

Das seis atividades em queda, o destaque foi para as indústrias extrativas, que recuaram 9,7%, registrando o quarto resultado negativo do setor e acumulando perda de 25,7% no período.

Posted On Terça, 04 Junho 2019 11:49 Escrito por

Contratos e aditivos com a Galvão Engenharia teriam gerado pagamentos ilícitos em 2010 no valor de pelo menos R$ 1 milhão

 

Com Agências

 

A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) denunciou Romero Jucá e Sérgio Machado pelo envolvimento em esquema de corrupção mantido na Transpetro. A denúncia narra a corrupção em quatro contratos e sete aditivos celebrados entre a Galvão Engenharia e a Transpetro, os quais teriam gerado pagamentos ilícitos para Romero Jucá, em 2010, no valor de, pelo menos, R$ 1 milhão.

 

Segundo o MPF, a Galvão Engenharia, em razão de contratos e aditivos que mantinha na Transpetro, e com a finalidade de continuar recebendo convites para participar das licitações da estatal, teria efetuado o pagamento de propinas no percentual de 5 % do valor de todos os contratos com a subsidiária da Petrobras a integrantes do MDB que compunham o núcleo de sustentação de Sérgio Machado no cargo de presidente da Transpetro.

 

Segundo a denúncia, o então presidente da Transpetro, Sérgio Machado, indicado e mantido no cargo por Romero Jucá e integrantes do MDB, teria a função de arrecadar propinas para seus padrinhos políticos. Em contrapartida ao pagamento de propinas pelas empresas, Sérgio Machado, conforme teria sido acertado com seus padrinhos políticos, garantia às empreiteiras a continuidade dos contratos e a expedição de futuros convites para licitações.

 

Segundo o MPF, o pagamento da propina pela Galvão Engenharia teria sido disfarçado por meio de doação eleitoral oficial de R$ 1 milhão. Em junho de 2010, a empresa teria efetuado o repasse desses subornos para Romero Jucá ao Diretório Estadual do PMDB no Estado de Roraima. As propinas, assim, irrigariam a campanha de reeleição de Romero Jucá ao Senado, bem como as campanhas do filho e de ex-esposa para o Legislativo.

 

De acordo com as investigações, a Galvão Engenharia não tinha qualquer interesse em Roraima que justificasse a realização da doação oficial, a não ser o direcionamento de propinas para Romero Jucá.

 

Para o procurador da República Athayde Ribeiro Costa, “a lavagem de ativos por meio doação oficial eleitoral é de intensa gravidade, pois, além de utilizar um mecanismo com aparência legítima para esquentar dinheiro ilícito, deturpa e desnivela o campo do jogo democrático.”

 

Por sua vez, a Procuradora da República Jerusa Burmann Viecilli destaca que “as provas obtidas a partir dos acordos de colaboração de Sérgio Machado e de executivos da Galvão Engenharia demonstraram um esquema de captura da Transpetro idêntico ao da Petrobras, com ajustes de corrupção nos contratos de responsabilidade de Sérgio Machado.”

 

Continuidade das investigações – A força-tarefa Lava Jato em Curitiba já ofereceu cinco denúncias relativas ao esquema de corrupção na Transpetro. As investigações prosseguem para elucidação de outros fatos criminosos. O esquema de corrupção investigado teria perdurado pelo menos até o ano de 2014, no contexto de favorecimento de determinadas empresas que efetuavam pagamentos de vantagens indevidas ao então presidente da estatal, Sérgio Machado, e políticos responsáveis por sua manutenção no cargo.

 

Posted On Terça, 04 Junho 2019 11:45 Escrito por

Em dólar, renda per capita caiu 26,25% desde 2014

 

Por Gilberto Cortes

 

Enquanto a equipe econômica do governo Bolsonaro concentra as energias na aprovação da reforma da Previdência, a conta dos juros da dívida interna segue crescendo em bola de neve, engolfando as contas públicas, com quase R$ 200 bilhões em despesas superiores ao rombo primário do INSS em 12 meses. É o que mostra o informe do Banco Central sobre as contas públicas em abril.

 

Segundo a nota do BC, no mês passado, “o setor público consolidado registrou superávit primário [receitas menos despesas, sem contar os custos da dívida pública] de R$ 6,6 bilhões frente a superávit de R$ 2,9 bilhões em abril de 2018. No governo central e nos governos regionais houve superávits de R$ 6,1 bilhões e R$ 731 milhões, respectivamente, e nas empresas estatais, déficit de R$ 227 milhões”.

 

Mas “os juros nominais do setor público consolidado, apropriados por competência, somaram R$ 34,7 bilhões em abril”, R$ 5 bilhões acima dos R$ 29,7 bilhões de abril de 2018. “No acumulado em 12 meses, os juros nominais chegaram a R$ 389,5 bilhões (5,60% do PIB), ante R$ 380,9 bilhões (5,73% do PIB) no acumulado dos 12 meses encerrados em abril do ano anterior”.

 

“O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 28 bilhões em abril. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 485,1 bilhões (6,98% do PIB), reduzindo-se 0,02 p.p. do PIB em relação ao déficit acumulado registrado em março de 2019”.

 

Juros X INSS

É estranho que o release do Banco Central não destaque os gastos do INSS (no conceito nominal e primário). É verdade que a conta de juros e a conta do INSS são distintas. O resultado primário do INSS é a diferença entre o que foi arrecadado nas contribuições mensais de empregados e patrões e o que foi pago a aposentados, pensionistas, seguro desemprego e auxílios doenças.

 

Em março deste ano a conta de juros nominais foi de R$ 43,546 bilhões, quase R$ 11 bilhões acima do rombo primário de R$ 22,597 bilhões do INSS. Em abril, os gastos a descoberto do INSS caíram para R$ 13,616 bilhões. A conta de juros nominais também caiu, para R$ 34,685 bilhões.

 

Mas a diferença entre o rombo da Previdência e os gastos com juros saltou 92,4% dos R$ 10,949 bilhões de março para R$ 21,069 bilhões em abril. No acumulado do ano os gastos nominais com juros R$ 129,166 bilhões são 93,8% superiores ao rombo primário de R$ 65,098 bilhões do INSS. Em 12 meses a conta soma R$ 389,496 bilhões para os juros, um valor 95,9% superior aos gastos a descoberto do INSS, que somaram R$ 198,822 bilhões.

 

Quando o rabo abana o cachorro

É óbvio que o rombo do INSS é a matriz do déficit público e a razão maior do endividamento crescente, única forma de cobrir o déficit sem emissão de moeda. A emissão de moeda (maior oferta de dinheiro em relação à variação da produção e da renda) causa o desequilíbrio estrutural que é a inflação.

 

Mas a falta de calibragem nos juros (quando em excesso), além de desestimular a economia, gerar a recessão em marcha e o desemprego crescente, onera as contas públicas e ainda acentua a concentração de renda.

 

Os rentistas, que são minoria, ganham muito mais que a massa trabalhadora, dos quais 13,177 milhões estavam desempregados em abril e 28,4 milhões estavam com a força de trabalho subutilizada (desocupada, fazendo bicos ou em jornada de trabalho reduzida), um recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada pelo IBGE em 2012.

 

País parado à beira da estrada

A economia brasileira precisa que sejam atacadas, quase simultaneamente, a reforma da Previdência e os gastos em áreas supérfluas, junto com a redução dos juros. Os juros básicos elevados (a taxa Selic está em 6,50% ao ano há 14 meses) oneram a dívida pública (nem toda corrigida pela Selic, mas com outros indicadores influenciados por ela) e os juros bancários escorchantes deprimem a economia, sob as vistas plácidas do Banco Central, que repete a inação de Ilan Goldfajn.

 

A única desculpa cabível é estar o ministro da Economia, Paulo Guedes, esperando a aprovação de uma reforma previdenciária robusta para proposta uma drástica renegociação da dívida interna, em bases mais compatíveis com os núcleos de inflação adormecidos na faixa de 3,5%, muito abaixo dos 4,25% da meta de inflação para 2019.

 

O IPCA estava em 4,94% em maio, mas todos os bancos e institutos de pesquisas garantem que já caem para menos de 4,8% em maio e despencam para a faixa de 3,9% em junho, quando for retirada da base de 12 meses a taxa de 1,26% de junho de 2018, causada pela greve dos caminhoneiros. Enquanto isso, quem está parado à beira da estrada é o Brasil.

 

Renda per capita caiu 26,25% em dólar ddesde 2014

Está todo o mundo rangendo os dentes com a queda do PIB em 0,2 no 1º trimestre e com o aumento de 548 mil desempregados no trimestre fevereiro-março-abril comparado ao trimestre novembro-dezembro-janeiro de 2018, mas muito mais que o encolhimento do PIB, desde a recessão de 2015 (-3,55%) e de 2016 (-3.30% sobre uma base já contraída) foi o tombo da renda per capita, medida em dólar.

 

Tombo que se agravou pela forte desvalorizaçao do real diante do dólar (47% em 2015 e de 17% no ano passado).

 

Em 2014, quando a economia já estava patinando desde o 2º trimestre, antes da reeleição de Dilma, o PIB per capita em dólar (o PIB em US$ dividido pela população que era de 202,77 milhões) foi de US$ 12,109.

 

Em 2018, quando o Brasil atingiu 209,19 milhões de habitantes, o PIB per capita estaca em US$ 8,930. Um tombo de 26,25% em dólar.

 

Para o andar de cima, a conta seria apenas a viagem à Disney ou à Europa mais cara; para a maioria do andar de baixa é o sufoco da perda de renda (para quem ainda tem) e o drama do desemprego.

 

Posted On Sexta, 31 Mai 2019 17:28 Escrito por

Segundo a Polícia Federal, uma aeronave que supostamente transportaria a droga será periciada. Segundo o registro na Anac, o dono do avião se chama Antonio Barbosa Maia

 

Com Agência da PF

 

Parte do entorpecente foi encontrado numa camionete e o restante estava enterrado num esconderijo dentro de uma chácara.

 

A Polícia Federal apreendeu quase uma tonelada de cocaína na região metropolitana de São Paulo e um avião que seria usado para o transporte da droga.

 

A ação foi deflagrada na madrugada desta quarta-feira em Biritiba-Mirim; o piloto do bimotor e outras duas pessoas foram presas.

 

Parte do entorpecente foi encontrado numa camionete e o restante estava enterrado num esconderijo dentro de uma chácara.

 

O delegado Fabrizio Galli explica que a polícia já observava a movimentação em torno do imóvel há algum tempo e, depois de buscas, encontrou material ligado ao avião. “Identificamos alguns documentos referentes a uma aeronave. Sabíamos que tinha um aeroclube próximo ao local e fomos até o hangar, onde encontramos o avião”, explica.

 

Os três presos devem responder por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico. A PF está agora atrás do proprietário da aeronave que, segundo o registro na Anac, se chama Antonio Barbosa Maia. A reportagem não conseguiu contato com ele.

 

Com informações do repórter Tiago Muniz

 

Posted On Quinta, 30 Mai 2019 07:59 Escrito por
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