Com quatro nomes, ex-membros do PDT lideram lista de novos filiados petistas; PL de Bolsonaro cedeu outros três

 

Com Agências

 

O PT do Ceará anunciou nesta quinta-feira, 13, a chegada de 12 novos prefeitos à sigla. De acordo com o diretório estadual, a legenda passa a ter no Estado 29 prefeitos, alta de 70% em relação ao contingente anterior.

 

Dos 12 novos filiados, quatro pertenciam antes ao PDT do ex-governador do Estado e presidenciável Ciro Gomes e três ao atual partido de Jair Bolsonaro, o PL. Os demais cinco vieram do Republicanos, PCdoB, PSDB, MDB e PSOL.

O Ceará é governado pelo petista Camilo Santana, eleito com apoio da família de Ciro. Seu irmão Cid, hoje no Senado também pelo PDT, é o antecessor de Santana, que já foi reeleito uma vez e agora deve disputar uma vaga como senador. Ciro mantém ainda boa relação com o senador Tasso Jerissati (PSDB), ex-governador que também tem peso nessa correlação de forças.

 

O ínicio da corrida eleitoral tem intensificado as negociações por troca de partidos na composição de alianças locais e nacionais, a exemplo da migração do governador do Maranhão, Flávio Dino (ex-PCdoB) e do deputado federal Marcelo Freixo, ex-PSOL, para o PSB. Freixo deve disputar o governo do Rio, e Dino, uma vaga ao Senado.

 

No legislativo, a chamada janela partidária também deve intensificar as mudanças: deputados estaduais e federais podem trocar de legenda nesse período sem risco de perder o mandato. Este ano, a janela ocorre entre 3 de março e 1º de abril.

 

 

Posted On Sexta, 14 Janeiro 2022 06:29 Escrito por

O atual ministro da Casa Civil e ex-aliado do petista Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro Nogueira, criticou nesta quinta-feira (13) as últimas pesquisas eleitorais em que Lula aparece à frente de Jair Bolsonaro. Segundo Nogueira, a moderação do discurso do petista, consubstanciada, por exemplo, na formulação de uma possível aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, é “ilusão de ótica”.

 

POR SANDY MENDES

 

“A pesquisa eleitoral desta semana mostra a disputa entre uma ilusão de ótica e o presidente Bolsonaro. Hoje parece que o Lula está mais próximo à democracia cristã alemã do que à presidente Dilma; ao Macron do que ao José Dirceu; até ao Geraldo Alckmin do que ao João Vaccari. E isso a gente sabe que não é verdade. Na campanha eleitoral, a ilusão de ótica vai deixar de existir e nós vamos ver a realidade. Isso vai facilitar muito a reeleição do presidente Bolsonaro”, disse à CNN.

 

As recentes pesquisas sobre o cenário brasileiro em outubro deste ano apontam Lula com uma vantagem de 22% sobre o atual presidente. Assim, os números mostram o candidato do PT com chance de vencer as eleições ainda no primeiro turno.

 

Houve um tempo em que o atual ministro da Casa Civil também aderia ao que hoje chama de “ilusão de ótica”. Ciro Nogueira, em 2018, elegeu-se com a imagem do ex-presidente Lula, apoio ao PT no Piauí, estado ao qual pertence, e com críticas a Bolsonaro. Ele era o candidato a senador na chapa que elegeu o atual governador do Piauí, o petista Wellington Dias.

 

Nogueira entrou no governo em agosto do ano passado para assumir o Ministério da Casa Civil e substituir o general Luiz Eduardo Ramos, hoje na Secretaria-Geral da Presidência da República.

 

Posted On Sexta, 14 Janeiro 2022 06:23 Escrito por

Pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes é apontado por entrevistados como a segunda opção favorita para as eleições

 

Por Gustavo Zucchi

 

Pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes é o nome favorito dos eleitores como “segunda opção” de voto, de acordo com a pesquisa realizada pela Quaest e pela Genial Investimentos, a primeira realizada em 2022. No levantamento, o pedetista aparece como segunda opção de voto de 18% dos entrevistados.

 

A pesquisa mostra que a maioria dos eleitores do ex-presidente Lula (PT) migrariam para Ciro no cenário apresentado. Segundo o levantamento, dentre entrevistados que prometem votar no petista, 28% têm o presidenciável do PDT como alternativa.

 

No ranking de “segunda opção” de voto, o segundo colocado é Sergio Moro (Podemos). No geral, o ex-juiz é apontado como plano B de 14% dos entrevistados. Esse percentual vai para 24% entre os entrevistados que têm o presidente Jair Bolsonaro (PL) como primeira opção.

 

Lula, por sua vez, aparece na terceira colocação dentre as “segundas opções”. O petista é apontado como escolha secundária de 8% dos entrevistados. Na pesquisa estimulada, o ex-presidente aparece com 45% das intenções de voto, o que, em tese, poderia lhe dar vitória ainda no primeiro turno.

 

João Doria (PSDB) e Bolsonaro são indicados como segunda opção de 6% dos eleitores, segundo o levantamento da Quest e da Genial Investimentos. Simone Tebet (MDB) é a segunda opção preferida de 4% dos entrevistados. Rodrigo Pacheco (PSD) de 2% e Felipe D’Ávila (Novo) de 1%.

 

A pesquisa mostra ainda que a maior parcela dos entrevistados (33%) respondeu que votará em branco/nulo ou não votará, caso sua primeira opção não seja candidato. O levantamento entrevistou 2 mil pessoas em 123 municípios localizados em todas as unidades da Federação. O nível de confiança na consulta é de 95%.

 

 

Posted On Quinta, 13 Janeiro 2022 17:49 Escrito por

Ministro da Casa Civil, no entanto, afirmou não ver 'nenhuma possibilidade' de Bolsonaro e Lula não estarem no segundo turno

 

Por Daniel Gullino

 

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, afirmou nesta terça-feira que a chamada terceira via "poderia até ter uma viabilidade" se houvesse uma união entre os candidatos, mas disse que devido à "fragmentação" nesse campo não vê "nenhuma possibilidade" do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não estarem no segundo turno das eleições presidenciais.

 

A terceira via reúne candidatos que rejeitam tanto Lula quanto Bolsonaro, nomes que lideram todas as pesquisas de intenção de votos. Estão nesse grupo Sergio Moro (Podemos), Ciro Gomes (PDT), João Doria (PSDB) e Simone Tebet (MDB), entre outros pré-candidatos.

 

— São duas candidaturas já consolidadas, isso dá um certo desespero de candidaturas que não estão se viabilizando para tentar essa situação da terceira via. Terceira via poderia até ter uma viabilidade no nosso país se houvesse uma união, mas com essa fragmentação que acontece hoje e com dois candidatos que têm um piso de um terço do eleitorado, não vejo possibilidade nenhuma de não termos Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula no segundo turno — disse Nogueira, em entrevista à Jovem Pan News.

 

Eleições 2022:  Bolsonaro decide não interferir nos conflitos entre aliados que têm mesma pretensão eleitoral

 

Na mesma entrevista, o ministro afirmou que o companheiro de chapa na campanha à reeleição de Bolsonaro precisa ser alguém de "extrema-confiança":

 

— Eu defendo que a pessoa que seja escolhida pelo presidente, seja uma pessoa de extrema-confiança, que dê tranquilidade para o presidente e não seja uma pessoa que venha trazer insegurança e conflitos no futuro governo.

 

Questionado sobre os nomes dos ministros Walter Braga Netto (Defesa) e Tereza Cristina (Agricultura), cotados para o posto de vice, e do dele próprio, Nogueira afirmou que seus colegas são "grandes nomes", mas que até hoje não houve convite e que a definição só deve ocorrer em abril.

 

— Esses nomes que você citou são grandes nomes. Mas até hoje o presidente em momento nenhum ou fez algum convite ou fez sondagem, acho que essa escolha nós iremos fazer lá para o mês de abril.

 

Posted On Quarta, 12 Janeiro 2022 08:34 Escrito por

Ministério Público dá aval à fusão de DEM e PSL, e processo agora depende de decisão de Fachin; preocupação é com janela partidária, que abre em 3 de março

 

Da Redação com Agências

 

O processo de fusão de DEM e PSL, que resultará no União Brasil, avançou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos últimos dias, mas a criação do maior e mais rico partido brasileiro vai depender de uma angustiante corrida contra o tempo nos próximos dias.

 

A análise da fusão está pronta para decisão do relator, o ministro Edson Fachin, desde 7 de dezembro, quando o Ministério Público Eleitoral deu sinal verde para a criação da sigla. Segundo parecer do vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, o processo seguiu o que determinam os estatutos das duas agremiações e a legislação eleitoral e a denominação e sigla escolhidas “não apresentam risco de induzimento a erro ou confusão”.

 

Cabe agora a Fachin dar o seu voto e liberar o processo para julgamento pelo plenário do TSE. Ocorre que o tribunal está em recesso até o dia 1º de fevereiro. Após a decisão do ministro, caberá ao presidente da Corte eleitoral, Luís Roberto Barroso, pautar o julgamento.

 

O prazo final para o registro é o dia 2 de abril, mas a expectativa dos integrantes das duas legendas é que ela seja autorizada pelo TSE ainda em fevereiro. Isso porque no dia 3 de março abre a janela partidária, quando é permitido a deputados trocar de partido sem perderem o mandato por infidelidade — sem o partido estar oficialmente criado, pode aumentar a insegurança dos parlamentares que estarão se movimentando no mercado partidário.

 

DESUNIDOS - União Brasil: três pré-candidatos à Presidência da República e uma bancada que ainda não se entende -

 

PRIMEIRO PASSO - Convenção conjunta do DEM e do PSL em outubro de 2020 que aprovou a criação do União Brasil: à espera da ratificação pelo TSE Toninho Barbosa/DEM/.

 

 

Se for aprovada a fusão, a legenda terá a maior bancada da Câmara, com 82 deputados – embora seja esperada a debandada de ao menos duas dezenas de bolsonaristas que hoje estão no PSL. A sigla terá ainda quatro governadores, oito senadores e, o principal: os maiores quinhões dos Fundos Eleitoral e Partidário. Estimativa feita por VEJA aponta que o valor para este ano deve superar 927 milhões de reais.

 

Sem candidato à Presidência e com tanto dinheiro em caixa, o União Brasil já é cobiçado por outros presidenciáveis, como Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB) e Ciro Gomes (PDT).

 

O calendário apertado

 

– 01/02 – TSE volta do recesso. Ministro Edson Fachin, relator do caso, pode dar o seu voto e liberar o processo para julgamento no plenário

 

– 03/03 – Abre a janela partidária, quando deve haver uma intensa troca de legendas por parlamentares

 

– 02/04 – Último dia para um partido, coligação ou federação partidária estar registrado no TSE para disputar as eleições deste ano

 

Posted On Quarta, 12 Janeiro 2022 08:29 Escrito por
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