Da Assessoria
Em votação nominal, o plenário da Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto) aprovou na noite desta quinta-feira, 14, o Projeto de Lei Complementar nº 4/2023, de autoria do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO), que altera a Lei Orgânica do Poder Judiciário para reestruturar o número de comarcas e de cargos de desembargadores, juízes substitutos, juízes de direito e servidores em comissão.
Dentre as alterações, a matéria extingue quatro cargos de Juiz de Direito Auxiliar; cria oito cargos de Juiz Substituto e mais seis cargos de Juiz de Direito. A nova lei também amplia o número de desembargadores no TJ-TO, de 12 para 20.
Ainda do TJ, os parlamentares aprovaram o Projeto de Lei (PL) nº 5/2023, que prevê o início da vigência da Lei nº 4.240/2023, para 1º de janeiro de 2025. A referida lei estabelece novos valores para a cobrança das custas judiciais devidas pelas partes, em razão dos serviços judiciários prestados na tramitação das ações, incluindo taxas e despesas processuais.
Um terceiro PL do TJ, também aprovado pela Aleto, altera a Lei nº 2.409/2010, estabelecendo novos valores para os cargos de provimento em comissão do poder judiciário do Tocantins.
Defensoria Pública
Outras duas leis aprovadas nas sessões, são de autoria da Defensoria Pública do Estado. A primeira é um Projeto de Lei Complementar que organiza a estrutura da Defensoria Pública. A segunda altera a Lei nº 2.252 de 2009, que trata de mudanças no Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos, dos servidores auxiliares da Defensoria.
Senador é acusado de abuso de poder econômico durante pré-campanha
Com Site Terra
O Ministério Público Federal pediu a cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), sob a alegação de abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral do ano passado. As ações foram propostas pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e também pela federação de partidos composta por PT, PV e PCdoB.
Em parecer protocolado na noite desta quinta-feira, 14, a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná se manifestou pela procedência parcial dos pedidos formulados nas ações, “a fim de que se reconheça a prática de abuso do poder econômico, com a consequente cassação da chapa eleita para o cargo majoritário de Senador da República e decretação da inelegibilidade dos Srs. Sergio Fernando Moro e Luís Felipe Cunha”.
Assinado pelos procuradores da República Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado, o parecer de 79 páginas sustenta que a responsabilidade pessoal de Moro e de seu suplente, Luís Felipe Cunha, está “solidamente comprovada através da participação direta de ambos nas viagens, eventos e demais atos de pré-campanha”. O relator do processo é o juiz eleitoral Luciano Carrasco Falavinha Souza, que ainda não divulgou o seu voto.
De acordo com a acusação, endossada pelo Ministério Público, Moro teria gasto R$ 7 milhões, quando o teto permitido pela lei seria de R$ 4,4 milhões. A defesa do senador vê “conotação política” no processo, que pode ser julgado no início de 2024 pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná.
Na prática, a manifestação do Ministério Público provoca um rebuliço no cenário político porque, se Moro for cassado, será preciso uma nova eleição para a vaga de senador. Nas fileiras do PT já há dois pré-candidatos à cadeira do ex-juiz da Lava Jato, caso ele seja mesmo defenestrado: a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e o líder da bancada do partido na Câmara, Zeca Dirceu.
O acolhimento da ação foi parcial porque os procuradores entenderem que não ficou comprovado o uso indevido dos meios de comunicação e nem a exposição desproporcional de Moro nos veículos, como alegavam os partidos.
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro se filiou ao Podemos, em novembro de 2021, com o intuito de ser candidato a presidente da República. Em março de 2022, porém, ele mudou de partido e passou a integrar o União Brasil. Logo depois, anunciou que concorreria ao Senado, e não mais ao Palácio do Planalto.
Os partidos que ingressaram com as ações argumentaram que, com essa mudança, os gastos da pré-campanha de Moro – antes destinados à corrida presidencial – “suprimiram as chances dos demais concorrentes” ao Senado pelo Paraná. O Ministério Público concordou com essa reclamação.
“A lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral, porquanto aplicou-se monta que, por todos os parâmetros objetivos que se possam adotar, excedem em muito os limites do razoável”, destacou o parecer da Procuradoria.
Ações penais serão analisadas pelos demais ministros do STF de forma virtual até 5 de fevereiro; réus são acusados de cinco crimes
Por Gabriela Coelho e Rossini Gomes
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes votou para condenar mais 29 réus acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de participação nos atos extremistas do 8 de Janeiro, em Brasília. As penas são de 14 e 17 anos de reclusão, além de R$ 30 milhões por danos morais coletivos. A votação das ações penais começou na madrugada desta sexta-feira (15) e vai seguir até 5 de fevereiro.
Os 29 réus, presos durante os ataques aos prédios da praça dos Três Poderes, foram acusados dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Os acusados respondem aos seguintes crimes:
*abolição violenta do Estado Democrático de Direito: acontece quando alguém tenta "com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais". A pena varia de 4 a 8 anos de prisão.
*golpe de Estado: fica configurado quando uma pessoa tenta "depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído". A punição é aplicada por prisão, no período de 4 a 12 anos.
*associação criminosa armada: ocorre quando há a associação de três ou mais pessoas, com o intuito de cometer crimes. A pena inicial varia de um a três anos de prisão, mas o MP propõe a aplicação do aumento de pena até a metade, previsto na legislação, por haver o emprego de armas.
*dano qualificado: ocorre quando a pessoa destrói, inutiliza ou deteriora coisa alheia. Neste caso, a pena é maior porque houve violência, grave ameaça e uso de substância inflamável. Além disso, foi cometido contra o patrimônio da União e com "considerável prejuízo para a vítima". A pena é de seis meses a três anos.
*deterioração de patrimônio tombado: é a conduta de "destruir, inutilizar ou deteriorar bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial". O condenado pode ter que cumprir pena de um a três anos de prisão.
Inicialmente, seriam analisados 30 processos, mas um foi retirado de pauta.
Até o momento, em julgamentos presenciais e virtuais, o Supremo Tribunal Federal condenou 30 acusados de envolvimento nas ações antidemocráticas. As penas variam de 3 a 17 anos de prisão.
Ele deixará o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública para assumir a vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber
Por Ana Isabel Mansur, Laísa Lopes e Emerson Fonseca Fraga
O plenário do Senado aprovou o nome de Flávio Dino, na noite desta quarta-feira (13) — com 47 votos favoráveis, 31 contrários e duas abstenções —, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Dino foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o posto em novembro. Ele assumirá a vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber. Ainda não há uma definição de quem substituirá o jurista no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Dino usou a sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mais cedo, para defender sua experiência não só jurídica, mas política, para ocupar uma das cadeiras do Supremo. Ele foi aprovado na comissão por 17 votos a 10. O indicado criticou decisões monocráticas em julgamentos que declarem leis inconstitucionais, tema debatido no Senado em uma proposta de emenda à Constituição que conta com o amplo apoio dos parlamentares.
"Se a lei é aprovada neste Parlamento, de forma colegiada, o desfazimento, salvo em situações excepcionalíssimas, não pode se dar por decisões monocráticas", afirmou. Ele também garantiu que atuará para que o Judiciário não enfraqueça a legalidade de atos administrativos. "Fui gestor, e por isso considero que essa experiência ilumina o cumprimento dessa segunda presunção."
No relatório apresentado à CCJ sobre a indicação de Dino, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) destacou o currículo de Dino em cargos públicos. "Trata-se de uma figura reconhecida e admirada nos mundos jurídico e político. Ex-professor de duas universidades federais (UFMA e UnB), mestre em direito, ex-juiz, senador, ministro de Estado, ex-governador, alguém que teve experiências exitosas no exercício de funções dos três poderes da República", justificou o parlamentar.
O futuro ministro do STF foi juiz federal (1994-2006), deputado federal (2007-2011), presidente da Embratur (2011-2014) e governador do Maranhão (2014-2022) e, atualmente, é ministro da Justiça e Segurança Pública e senador licenciado.
Polícia Federal investiga ataque ao perfil, na noite desta segunda; foram publicadas mensagens com xingamentos e de cunho sexual
Com Do R7
A Polícia Federal investiga a invasão ao perfil da primeira-dama Janja Lula da Silva em uma rede social. O ataque hacker ocorreu na noite desta segunda-feira (11), e a conta foi bloqueada a pedido da corporação. Dentre as publicações falsas, que começaram às 21h37 e incluem xingamentos e cunho sexual, há frases como "Eu apoio o mensalão" e "Alexandre de Moraes é bandido", em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Duvido muito que o Lula tenha a coragem de me chamar após descobrir quem eu sou, ou a Janja perguntar os motivos da minha invasão à conta dela. Por isso, eu não ligo para essa gente, pois não se importam comigo de verdade. Eu odeio políticos", afirma outra publicação no perfil da primeira-dama. Veja abaixo:
Em outra postagem, foi escrito: "O Alexandre de Moraes é bandido e logo vai sofrer impeachment. Nada que ele faça vai impedir a gente de falar a verdade, enquanto tenho tempo falarei mais e mais". Veja abaixo:
A Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República informou que "repudia veementemente o ataque hacker à conta da senhora Janja Lula da Silva" e que "a Polícia Federal e a plataforma X (antigo Twitter) foram acionadas". Também afirma que "todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Não serão tolerados crimes, discursos misóginos, o ódio e a intolerância nas redes sociais".
Na mesma rede social, o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, afirmou que os criminosos "serão identificados e responderão" pelo crime.
Canalhas criminosos hackearam o perfil da Janja. Serão identificados e responderão por mais esse crime. Os covardes que compartilham e comentam destilando seu ódio, preconceito e violência tb serão identificados.
PAULO PIMENTA, MINISTRO-CHEFE DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Hacker envia áudio: 'Não estou nem aí'
Por meio de um áudio publicado no perfil da primeira-dama, o invasor da página disse que está "ciente que a Polícia Federal está investigando" o caso, que "não estou nem aí" e que "está aqui zoando um pouco na rede social". Confira a íntegra da mensagem de voz:
"Eu quero avisar que estou ciente de que a Polícia Federal está investigando isso aqui. Eu não estou nem aí. Eu sei que vai dar em alguma coisa, talvez não dê, talvez dê, depende do sistema judicário deste país, que é quebrado, por sinal. Eu sou um cara que julga muito que as leis deste país são frágeis, são uma porcaria e que só tem político roubando", afirma.
"Então, se eu for preso, eu quero avisar a vocês que... Não acredito que eu vá ser preso, talvez, sim, consequências jurídicas, mas eu quero avisar a vocês que isso acontece só com gente honesta, que está aqui zoando um pouco na rede social. Agora, com bandido, Lula, corrupto, essas pessoas do grande poder, do sistema, nada acontece", continua o hacker.
"Então, antes de vocês me julgarem, questionem esses políticos que vocês votaram. Se vocês apoiam ele, continuem apoiando quem você considera útil para o país, mas, pelo menos, saiba que, se você votou em alguém, você tem que cobrar essa pessoa politicamente", conclui.