Contra transmissão
A transparência e a publicidades dos atos dos poderes
A senadora Katia Abreu (PDT-TO), ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, durante a Brazil Conference, nos EUA. Katia classificou o papel da TV Justiça como “nocivo”, por expor a suprema corte. “É diferente da TV Senado e da TV Câmara. No congresso fomos eleitos e temos que mostrar a cara mesmo. A nossa vida é sobre pressão popular, isso é natural e quem não quiser ser político tem outras opções. Nós optamos por isso”, disse. Segundo Katia, a TV Justiça contribui para politização das matérias decididas pelo STF. “Na minha opinião, os ministros do Supremo não podem ser tratados como políticos. Em nenhum lugar do mundo existe TV Justiça, só no Brasil”. A quem interessa o fim das transmissões. Quanto aos benefícios de se transmitir ao vivo os julgamentos está uma questão primordial para a democracia: a transparência, as luzes que se colocam sobre os atos judiciais mais importantes e o consequente alto grau de legitimidade que incide sobre todas as decisões emanadas pelos membros da mais alta corte do País.
Pezão fica inelegível até 2022, decide TSE
O Tribunal Superior Eleitoral considerou que o ex-governador Luiz Fernando Pezão cometeu abuso de poder nas eleições de 2014. Defesa pode recorrer ao TSE ou ao Supremo Tribunal Federal; ele está preso desde novembro. O que achamos errado, pois o TSE é um tribunal Superior. Como a lei estipula que a inelegibilidade vale até as eleições que ocorrerem oito anos após o pleito onde houve a irregularidade, Pezão fica inelegível até 2022. A defesa do ex-governador ainda pode recorrer ao próprio TSE ou ao Supremo Tribunal Federal (STF). Pezão foi preso quando ainda era governador, e é réu na Operação Lava Jato.
Segunda Turma do STF manda soltar mais um
Com os votos dos ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski foi solto o ex-presidente do BB e da Petrobras Aldemir Bendine. Bendine está preso desde julho de 2017 e foi condenado em 1ª instância a 11 anos de prisão. Ministros entenderam que prisão alongada representou antecipação da pena. Defesa nega crime. Votaram pela manutenção da prisão Edson Fachin e Carmen Lucia. Os ministros que votaram pela soltura destacaram que, até o momento, ele foi condenado apenas em primeira instância e não teve condenação confirmada em segunda instância.
Elevar os "resultados" da educação e diz não ser radical
Abraham Weintraub, substitui Ricardo Vélez Rodríguez, no ministério da Educação foi empossado nesta terça-feira (9) e comprometeu-se a melhorar os resultados educacionais do Brasil com o orçamento atual. De acordo com ele, não é “radical” e tem experiência em gestão, daí a disposição em apresentar resultados, e destacou ser aberto ao diálogo. Também mencionou conhecer universidades estrangeiras inclusive na China.
“Com o que a gente gasta em relação ao PIB [Produto Interno Bruto], a gente tem que entregar mais”, afirmou Weintraub durante a cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, na presença do presidente Jair Bolsonaro e do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Vamos espera pra ver.
51% são contra reforma da previdência
Segundo pesquisa do jornal Folha de São Paulo com instituto Datafolha, maioria apoia regra própria para professor e trabalhador rural. A reforma da Previdência proposta pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) é rejeitada por 51% dos brasileiros, mostra pesquisa Datafolha. São favoráveis 41%. A oposição é maior entre as mulheres (56%). Brasileiros defendem regras diferentes para professores e trabalhadores rurais, mas não para militares. No total, 61% as aprovam para trabalhadores rurais, e 53%, para professores. Quanto aos militares, 54% consideram que não deveria haver distinção, e 44% são a favor. Há clara polarização de acordo com o voto na eleição de 2018: entre os que elegeram Jair Bolsonaro, 55% são a favor da reforma. Entre quem optou por Fernando Haddad (PT), branco ou nulo, 72% se dizem contra a mudança. A atual proposta tem rejeição inferior à registrada em abril de 2017 (71%), quando Michel Temer tentava a reforma.
Destruição e dor
Temporal no rio deixa 10 mortos, 6 deles soterrados cidade tem vias interditadas e ruas devastadas prefeitura não investiu, este ano, em prevenção, um descaso. Nesse cenário de tragédia e dor para os cariocas, o prefeito da cidade, Marcelo Crivella, em entrevista coletiva, teve a audácia de dizer que “falta verba” para a prevenção de enchentes na cidade.
O que o prefeito esqueceu de dizer é que só durante seus dois últimos anos de mandato, mais de 22 milhões de reais da Secretaria Municipal de Conservação e Meio Ambiente (Seconserma) foram desviados para suas campanhas de publicidade que, ironicamente, são estampadas com o slogan “Cuidar de pessoas”, que utiliza desde as eleições. Só esqueceram de avisar ao prefeito que não se cuida das pessoas negligenciando a prevenção de tragédias naturais como ele vem fazendo.
Ao contrário do que a prefeitura diz, as tempestades que vêm ocorrendo desde o início deste ano no Rio de Janeiro não são casos excepcionais. Pelo contrário, elas são comuns nesta época do ano e se repetem todos os anos, porém nenhuma solução eficaz tem sido colocada em prática pelos governantes que assumem a prefeitura da cidade. Com a atual gestão a situação está piorando, nos quatro primeiros meses de 2019, Crivella não investiu sequer um centavo na prevenção de enchentes.
Guedes promete criar imposto único e ajudar prefeitos
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou ontem, durante encontro com prefeitos, que o governo planeja criar um imposto único federal juntando de três a cinco tributos federais. Guedes prometeu ainda que os impostos e contribuições passarão a ser compartilhados pela União com governadores e prefeitos, que receberiam a maior parte dos recursos. Ele anda prometendo muito, ontem foi a distribuição dos recursos do pré-sal; 70% para Estados e municípios...
Limite da CNH para 40 pontos
O projeto de lei preparado pelo Ministério da Infraestrutura aumenta de 20 para 40 pontos o limite de infrações para que motoristas percam a carteira de habilitação e amplia o prazo de validade do documento dos atuais cinco para dez anos. As medidas não serão retroativas. A proposta deve ser encaminhada ainda esta semana para o Congresso.
O Café com Justiça, encontro promovido pelo Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) nesta terça-feira (9/4), por ocasião do Dia do Jornalista, na sede da Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), resultou num bate-papo descontraído entre jornalistas de diversos veículos de comunicação do Estado e a Presidência do TJ. Mas a pauta foi bem definida: reforçar e aperfeiçoar o canal de diálogo entre o Poder Judiciário e a imprensa para qualificar ainda mais as informações relativas à área jurídica como um todo, numa linguagem mais acessível ao cidadão.
Por Marcelo Santos Cardoso
“Não há perguntas sem respostas no Judiciário”, garantiu o presidente do TJTO, Helvécio de Brito Maia Neto, ao falar sobre a relação aberta que pretende manter entre a Justiça e a imprensa. Ao lado dos juízes auxiliares da presidência, Océlio Nobre e Rosa Maria Gazire Rossi, do diretor-geral do TJTO, Jonas Demóstene, e da chefe de gabinete Glacielle Torquato, o desembargador afirmou que o Tribunal está aberto a responder qualquer questionamento e a esclarecer qualquer dúvida a respeito das ações da Corte, seja no âmbito administrativo, seja no Judicial, ressalvando aí questões vedadas pela legislação, como opinião de juízes acerca de decisões judiciais ou de processo que correm em segredo de justiça.
Outra novidade apresentada pelo presidente do TJ aos jornalistas foi a elaboração de curso sobre a linguagem e dinâmica do Judiciário voltado aos profissionais da imprensa. A capacitação será ofertada gratuitamente e certificada pela Escola Superior da Magistratura, que é hoje uma referência para o país na qualificação de magistrados e servidores, atuando em níveis de mestrado e doutorado. “Avançamos muito, dez anos atrás boa parte dos nossos magistrados não possuía nem ao menos uma especialização, hoje a maioria concluiu mestrado e alguns já estão no doutorado, isso graças ao brilhante trabalho da nossa Escola da Magistratura. Agora queremos contribuir com a imprensa, auxiliando vossas senhorias na melhor compreensão da atuação do Poder Judiciário”.
O encontro foi organizado pelo Centro de Comunicação Social (Cecom-TJ) buscando promover a efetiva aproximação do Judiciário e imprensa. Na oportunidade a diretora de Comunicação Kézia Reis apresentou os novos produtos jornalísticos produzidos pela equipe e disponibilizados para jornalistas e a população em geral nas plataformas digitais e convencionais. “Estamos trabalhando uma comunicação positiva com foco humanizado e a imprensa é importante parceira nesse processo, ajudando a informar bem o tocantinense e contribuindo para a promoção do exercício pleno da cidadania”, reforçou.
Durante o bate-papo, demandas da imprensa, como o atendimento no tempo que o jornalismo exige, foram colocadas por Tião Pinheiro, editor-chefe do Jornal do Tocantins, Adriano Fonseca, coordenador regional de Telejornalismo da TV Anhanguera, e Vilma Nascimento, coordenadora do site G1 Tocantins. A resposta, tanto do presidente quanto dos juízes auxiliares e do diretor-geral, foi no sentido de tornar esse caminho mais fácil para os jornalistas, inclusive com a criação de um plantão 24 horas para atender a imprensa a ser coordenado pela Comunicação do TJ. Os profissionais da imprensa também aproveitaram o espaço para elogiar a iniciativa de aproximação do Tribunal. O colunista Dídimo Heleno ressaltou a importância da transparência e disposição do judiciário em manter o diálogo aberto.
Sobre o curso para jornalistas, a presidente dos Sindicatos dos Jornalistas do Tocantins (Sindjor-TO), Alessandra Bacelar, agradeceu a iniciativa do presidente, lembrando que a capacitação é importante para reforçar e melhorar a informação jornalística levada à população sobre o Poder Judiciário. Por intermédio da chefe de gabinete da presidência, Glacielle Torquato, os jornalistas ainda conheceram as linhas gerais do Programa Justiça Cidadã, âncora da política da atual gestão do TJTO, que entre, outros pontos, pretende levar cidadania, com a presença do presidente Helvécio Maia Neto, às 42 comarcas do Estado.
Novidades da Comunicação
O pacote de inovações apresentado pela Diretoria de Comunicação à imprensa e já à disposição dos tocantinenses, inclui o e-Judiciário, publicação eletrônica exclusiva para celular, com reportagens temáticas ilustradas por vídeos, infográficos e levantamentos de dados nas mais diversas áreas de atuação do Judiciário com repercussão direta na vida no cidadão. Outra novidade é o Play Justiça, que traz reportagens em vídeo sobre as ações e serviços do TJTO, uma vez por semana, via WhatsApp e redes sociais. Tem também o semanário Zap Justiça, voltado para o público interno do Tribunal, com informações sobre qualificação, saúde e bem-estar e assuntos urgentes de interesse de magistrados e servidores. O Fala Justiça, programa de rádio veiculado todas às quartas-feiras às 7h50, na CBN Tocantins em Palmas e Rádio Araguaia FM em Araguaína e Gurupi, foi reformulado trazendo temas de interesse da população, com linguagem simples e dinâmica. E a semana será sempre fechada com o #Sextou, uma publicação irreverente, na linguagem das redes sociais, abordando o resumo das principais notícias e também dicas culturais; para acompanhar é só acessar o stories do Instagram (@tjtocantins) todas as sextas.
Defesa do ex-presidente quer anular condenação no processo do triplex do Guarujá
Com Zero Hora
Deve ficar para a próxima quinta-feira (4) o julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pedindo anulação da condenação no caso do triplex do Guarujá. Os cinco ministros da 5ª Turma já estão com os votos prontos, mas aguardam parecer do Ministério Público Federal (MPF) sobre o pedido do petista para que a ação seja remetida à Justiça Eleitoral. Havia uma expectativa de que o caso fosse julgado nesta terça-feira (2).
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— Com certeza absoluta não sai (nesta terça-feira). Enquanto o processo não vier da Procuradoria, não podemos julgar — disse o ministro Jorge Mussi, um dos integrantes da 5ª Turma.
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, e está preso em Curitiba desde o dia 7 de abril de 2018. O recurso já tramitava no STJ quando a defesa ingressou com novo pedido na segunda-feira passada (25), após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que crimes comuns conexos a crimes eleitorais devem ser apreciados pela Justiça Eleitoral, e não mais pela Justiça Federal. Conforme os advogados do ex-presidente, o processo traz menções a crimes eleitorais, obrigando a troca de competência.
A pedido da defesa, o relator da Lava-Jato na Corte, ministro Felix Fischer, deve pedir aos colegas de turma que deliberem sobre o envio do processo à Justiça Eleitoral. Antes, porém, Fischer solicitou manifestação do MPF.
Os magistrados esperam um retorno do processo até quarta-feira (3) para que o julgamento ocorra na sessão seguinte, às 14h de quinta-feira (4). Assim, a análise do recurso deve acontecer antes de o STF julgar mais uma vez a legalidade da execução provisória das penas após condenação em segunda instância, o que está previsto para ocorrer em 10 de abril.
— Todos nós estamos com os votos prontos há 15 dias. São votos longos, com mais de 100 laudas cada um, pois há muitas preliminares e o processo tem no total 350 mil laudas — explica Mussi.
Embora o colegiado seja formado por cinco ministros, há possibilidade de o julgamento terminar empatado, o que atrasaria uma decisão final.
Um dos membros da 5ª Turma, Joel Ilan Paciornik, se declarou impedido porque um dos assistentes de acusação, Renê Dotti, é seu advogado pessoal. Assim, caso a análise de alguma das questões resulte em empate por 2 a 2, será convocado o ministro Antonio Saldanha Palheiro, integrante da 6ª Turma. Se isso acontecer, Palheiro terá de se inteirar do processo antes de preparar seu voto.
Governador comenta caos na saúde
O Governador Mauro Carlesse em entrevista ontem a TV Anhanguera prometeu 120 novos leitos no Hospital Geral de Palmas (HGP) e disse que "hospitais da rede pública do estado estão sendo remodelados para poder atender o povo". Após reconhecer a superlotação, Carlesse informou que haverá ampliação de leitos nas unidades de saúde do Tocantins. "O HGP vai colocar acho que mais 120 leitos. Tem mais oito salas de cirurgia para serem inauguradas agora. Gurupi nós estamos ampliando, Araguaína e todos os hospitais da rede pública do estado estão sendo remodelados para poder atender o povo", contou.
Apesar das promessas, o governo não deu nenhum prazo de quando estas melhorias chegarão até as unidades. (g1 tocantins)
Não tenho mais as condições
Após as farpas trocadas com o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao longo do mês de março, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, afirmou que atualmente não tem mais as condições que tinha antes de ser um articulador político da Nova Previdência. Ele afirmou que se resignou ao seu papel institucional na tramitação do projeto e que estará pronto para pautar a medida quando for a hora. "Agora, se o governo vai ganhar, você pergunta para o Onyx (Lorenzoni, ministro da Casa Civil)", afirmou.
Maia afirmou que os ataques que sofreu no mês passado davam a entender que ele queria se favorecer de alguma forma dessa articulação e, por isso, decidiu se afastar. "Agora, estou mais fechado, porque me colocaram no meu papel (institucional)", disse. "Não falo mais de prazo, nem de voto. Aliás, falar disso, atrapalha o governo", afirmou.
Ao mesmo tempo, Rodrigo Maia e o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeram trabalhar pela reforma da Previdência, mas recusaram o papel de articuladores políticos, ontem no E Agora, Brasil?, evento organizado pelos jornais O GLOBO e Valor.
Deputados estaduais presos não tomam posse
A Justiça do Estado do Rio de Janeiro sustou nesta segunda-feira, 8, a posse dos cinco deputados estaduais que foram eleitos em outubro passado mas, por estarem presos, não puderam ir à Assembleia Legislativa (Alerj) para assumir o cargo. Eles haviam tomado posse em 21 de março, quando, por ordem da Mesa Diretora da Alerj, pela primeira vez na história o livro de posse saiu da Casa e foi levado ao complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio, e à casa de um deputado que cumpre prisão domiciliar. Ontem a juíza Luciana Losada, da 13ª Vara de Fazenda Pública do Rio, determinou a perda de efeitos da posse, ao atender o Ministério Público carioca,
André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante), Marcus Vinicius Neskau (PTB) e Chiquinho da Mangueira (PSC) foram presos pela Polícia Federal em novembro de 2018, na Operação Furna da Onça, acusados de participar de um esquema de corrupção na Alerj. Em janeiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou Chiquinho a deixar a prisão e aguardar o trâmite do processo em prisão domiciliar.
Toparia fim da reeleição
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 8, que apoiaria o fim da reeleição para o Executivo em uma eventual proposta de reforma política. A declaração foi dada à Rádio Jovem Pan, gravada hoje e transmitida há pouco.
"A pressão é muito forte para que eu, se estiver muito bem, obviamente, me candidatar (em 2022). Mas (durante a campanha) era minha pretensão (acabar com reeleição) vindo dentro de uma reforma política, que não depende de mim, o próprio Parlamento pode resolver esse assunto se quiser", disse.
Para Bolsonaro, uma reforma política só teria "validade" para ele se o próprio presidente também fosse afetado. "A reeleição causou uma desgraça no Brasil. Prefeitos, governadores e até o presidente se endividam, fazem barbaridades, dão cambalhotas, fazem acordos com quem não interessa, para ter apoio político", disse.
"Se, nessa proposta de reforma (política), para diminuir também os tamanhos das casas legislativas, o custo for tirar a reeleição, eu topo assinar isso daí", acrescentou.
Bolsonaro escala um economista no MEC
Analistas temem inexperiência e pauta ideológica de Abraham Weintraub, atual número 2 da Casa Civil. O presidente Jair Bolsonaro demitiu Ricardo Vélez do Ministério da Educação, que passa por crise, e nomeou o economista Abraham Weintraub para o comando da pasta. Atual número 2 da Casa Civil, ele é especialista em Previdência, e seus comentários recentes sobre política educacional limitaram- se à crítica ao que chama de “marxismo cultural” nas universidades. Analistas temem que a falta de experiência e a pauta ideológica dificultem a gestão do MEC, repetindo erros de Vélez. Ele também é discípulo, ou foi aluno de Olavo de Carvalho...
Bolsonaro vai pra estrada
O presidente vai circular pelo país para defender a reforma, anunciar 13º do Bolsa Família e se reunir com evangélicos. Ele citou como primeiros destinos Pará, Amazonas e Paraíba. No último caso, o presidente deve participar da cerimônia de entrega de casas populares em Campina Grande, ao lado do prefeito Romero Rodrigues (PSDB). A informação das viagens nacionais do presidente foi antecipada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que esteve com Bolsonaro no Palácio do Planalto na quarta-feira, 27. A agenda tem como um dos objetivos ampliar a base de apoio do governo.
Cadastro positivo vira Lei
A lei do cadastro positivo foi sancionada ontem, e a inclusão de consumidores no sistema será automática. O modelo entra em funcionamento pleno em 6 meses. Espera-se queda nos juros do crédito a bons pagadores. Na lei atual, a inclusão do nome dos "bons pagadores" no cadastro só pode acontecer com autorização expressa e assinada do cadastrado. O consumidor poderá, no entanto, pedir para retirar o nome do banco de dados, de acordo com o projeto.
Exército prende 10 militares
Dez militares do Exército foram presos ontem em flagrante pelo envolvimento no fuzilamento de um carro domingo na zona norte do Rio de Janeiro. O músico Evaldo Rosa dos Santos, de 46 anos, morreu ao ser atingido por três tiros nas costas quando o carro que dirigia foi alvejado por mais de 80 disparos pelos militares. Ele levava a família para um chá de bebê. O sogro dele, Sérgio Araújo, de 59 anos, e um morador local também foram feridos. O caso será investigado na Justiça Militar. ‘Não ia imaginar que iam atirar em nós’. “Eu vi os militares, mas não ia imaginar que iam atirar em nós. Eu perdi o meu marido e o meu melhor amigo”, disse ontem Luciana Nogueira, que estava no carro.
Socorro aos Estados
O novo plano do governo federal de socorro aos Estados - batizado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de Plano Mansueto - terá como uma das contrapartidas de acesso ao auxílio financeiro a abertura do mercado de distribuição de gás pelos governos estaduais. A medida faz parte da estratégia de Guedes para promover um "choque de energia barata" e ampliar os investimentos e empregos no País.
Pelo desenho do Plano de Equilíbrio Financeiro (PEF), nome formal do programa, os Estados terão um leque de cinco opções (condicionalidades) para ter acesso a dinheiro novo antecipado por meio de garantias do Tesouro Nacional, chefiado pelo secretário Mansueto Almeida, que está elaborando o socorro aos Estados. Os governadores também terão de cumprir medidas de ajustes nas despesas e receitas.
Para o presidente, a possibilidade de se reeleger causou uma "desgraça no Brasil", e líderes fazem de tudo para conseguir apoio político. Na entrevista a Augusto Nunes, Jair Bolsonaro disse também: “A pressão é muito forte para, se eu estiver bem, me candidatar [à reeleição]”.
Por Da Redação, com agências
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 8, que apoiaria o fim da reeleição para o Executivo em uma eventual proposta de reforma política. A declaração foi dada à Rádio Jovem Pan, gravada hoje e transmitida há pouco.
“A pressão é muito forte para que eu, se estiver muito bem, obviamente, me candidatar (em 2022). Mas (durante a campanha) era minha pretensão (acabar com reeleição) vindo dentro de uma reforma política, que não depende de mim, o próprio Parlamento pode resolver esse assunto se quiser”, disse.
Para Bolsonaro, uma reforma política só teria “validade” para ele se o próprio presidente também fosse afetado. “A reeleição causou uma desgraça no Brasil. Prefeitos, governadores e até o presidente se endividam, fazem barbaridades, dão cambalhotas, fazem acordos com quem não interessa, para ter apoio político”, disse.
“Se, nessa proposta de reforma (política), para diminuir também os tamanhos das casas legislativas, o custo for tirar a reeleição, eu topo assinar isso daí”, acrescentou.
O presidente afirmou também que “não é fácil” convencer três quintos do Congresso por apoio à reforma da Previdência, o mínimo necessário para aprovação de emenda à Constituição.
“O parlamentar sai na rua e é questionado. Ou não tem argumento (pela reforma) ou o argumento não convence (o eleitor), e ele volta pra cá com dúvida. ‘Se eu votar, como fica em 2022?'”, disse o presidente.
Bolsonaro disse que, se ele se engajar mais pela reforma da Previdência na articulação política, vão afirmar que ele está interferindo no poder Legislativo. “Eu fui parlamentar por 28 anos e sei o que acontece lá dentro”, afirmou, em entrevista à Rádio Jovem Pan, gravada nesta segunda e transmitida nesta noite.
Bolsonaro afirmou também que a bancada do PSL é “muito nova”, ao tentar justificar a falta de proteção ao ministro da Economia, Paulo Guedes, na audiência da CCJ na semana passada. “Faltou experiência política”, disse. No entanto, considerou que a confusão foi positiva para mostrar que os petistas “não querem resolver nada, só querem bagunçar o coreto”.
O presidente afirmou que a tramitação da Previdência depende agora de outro poder, o Legislativo, mas que o Executivo tem feito “algumas gestões” porque tem uma “bancada grande lá”, em referência aos parlamentares do seu partido, o PSL, o segundo maior partido da Câmara.
“A proposta mais importante do governo vem da economia, do ministro Paulo Guedes, que é a Previdência. A reforma depende agora de outro poder, mas fazemos algumas gestões, temos bancada grande lá”, disse Bolsonaro, em entrevista à Rádio Jovem Pan, gravada nesta segunda-feira e transmitida há pouco.
Bolsonaro lembrou que a aprovação da reforma da Previdência seria um sinal positivo para o mercado financeiro. “Aumentará a confiança do investidor”, declarou.
O presidente admitiu que gostaria que o governo estivesse funcionando como mais agilidade e salientou que os novos ministros são novos e têm pouca vivência política. “Isso acaba atrapalhando um pouco o andamento”, disse. “Mas acreditamos que vamos atingir bem mais de 90% daquilo que nos propomos há pouco tempo”, afirmou.