O tabuleiro político tocantinense começa a se movimentar para a sucessão ao Palácio Araguaia em 2026

 

 

Por Edson Rodrigues 

 

 

Até o momento, três nomes despontam como prováveis candidatos ao governo estadual: o vice-governador Laurez Moreira, o presidente da Assembleia Legislativa Amélio Cayres e a senadora Professora Dorinha Seabra. Cada um traça estratégias específicas para consolidar sua candidatura e angariar apoios dentro do cenário político do estado.

 

 

Jogadores e suas estratégias

 

 

Laurez Moreira, vice-governador e ex-prefeito de Gurupi, tem se mostrado um articulador político habilidoso. Sua estratégia inclui um contato direto com prefeitos e lideranças regionais, participando ativamente de reuniões e eventos. Nos próximos dias, Moreira intensificará sua agenda no Bico do Papagaio, região estratégica para o pleito, reforçando alianças e construindo pontes com líderes locais. Seu perfil dinâmico e sua experiência administrativa o colocam como um candidato de oposição viável.

 

 

Amélio Cayres, presidente da Assembleia Legislativa, surge como um nome forte dentro do grupo governista. Contando com o apoio de boa parte dos deputados estaduais, Cayres tem a seu favor a proximidade com o governador Wanderlei Barbosa, fator que pode ser decisivo caso a administração estadual se mantenha bem avaliada. Um jantar recente reuniu aliados para reforçar sua pré-candidatura, indicando uma movimentação mais intensa nos bastidores.

 

 

Por sua vez, a senadora Professora Dorinha Seabra aposta na força de sua atuação no Congresso Nacional para fortalecer sua candidatura. Com grande influência no União Brasil, partido que preside no estado, Dorinha tem uma agenda repleta de encontros com prefeitos e lideranças municipais. Sua estratégia inclui a liberação de emendas e recursos para os municípios tocantinenses, demonstrando capacidade de gestão e compromisso com o desenvolvimento do estado.

 

O papel do Governador Wanderlei Barbosa

 

 

O governador Wanderley Barbosa tem um papel fundamental na definição do próximo governante. Caso sua administração consiga manter as finanças estaduais equilibradas, concluir obras de grande impacto e garantir a estabilidade do funcionalismo público, ele poderá ser um cabo eleitoral poderoso para seu candidato. Entretanto, a escolha entre apoiar oficialmente um nome ou manter-se neutro até o momento certo será um desafio estratégico para Barbosa.

 

Economia do Tocantins

 

Outro fator determinante será a situação econômica do estado e do país. Com a inflação pressionando a classe média e os setores mais vulneráveis da população, o discurso econômico ganhará protagonismo. O eleitorado tocantinense, em sua maioria composto por pessoas das classes C, D e E, estará focado em candidatos que apresentem soluções concretas para o emprego, a renda e redução do custo de vida.

 

Segundo turno

 

 

A configuração atual sugere que a eleição para o governo do Tocantins poderá ter três candidaturas competitivas. Esse cenário abre espaço para um possível segundo turno acirrado. Ademais, não se pode descartar o surgimento de uma quarta candidatura que modifique as alianças e o equilíbrio de forças no estado.

 

No campo legislativo, a disputa por vagas no Senado e na Assembleia Legislativa também promete movimentar o jogo político, especialmente na composição das chapas proporcionais, que serão decisivas para a formação de alianças e apoio político no próximo governo.

 

O cenário político do Tocantins para 2026 está longe de ser definido. As peças continuam se movimentando no tabuleiro e cada candidato busca consolidar sua posição. Laurez Moreira, Amélio Cayres e Professora Dorinha Seabra são nomes que despontam, mas a dinâmica da política regional pode trazer reviravoltas até a confirmação das candidaturas. O governador Wanderlei Barbosa terá um papel decisivo, e o eleitorado, atento à economia e à gestão estadual, será o árbitro final dessa disputa que promete ser uma das mais intensas da história recente do estado.

 

 

 

Posted On Quinta, 27 Março 2025 14:51 Escrito por

Feira celebra uma trajetória de crescimento e inovação, consolidando-se como um dos principais eventos do agronegócio no Brasil

 

 

Por Hérica Rocha

 

 

O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), publicou nessa quarta-feira, 26, no Diário Oficial de nº 6.783, o regulamento oficial da 25ª edição da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins 25 anos). O documento estabelece os critérios de participação, regras para expositores e diretrizes gerais do evento, que será realizado de 13 a 17 de maio no Parque Agrotecnológico Engenheiro Agrônomo Mauro Mendanha, em Palmas.

 

O regulamento detalha aspectos como inscrição de expositores; montagem e desmontagem de estandes; normas de segurança; horários de funcionamento; critérios para participação de startups e empresas do setor agropecuário; além de diretrizes ambientais e sanitárias. "Nosso objetivo é proporcionar um ambiente organizado e produtivo para negócios, troca de conhecimento e networking entre os principais players do agronegócio do nosso estado e do país", destaca o diretor de Agrotecnologia, Tecnologias Sociais e Biodiversidade da Seagro, Fernando Garcia.

 

Critérios de participação

 

Podem participar da Agrotins 25 anos empresas do setor agropecuário, instituições de pesquisa e ensino, órgãos públicos, cooperativas, produtores rurais e prestadores de serviços relacionados ao agronegócio. Para garantir um espaço no evento, os interessados devem seguir os prazos e os requisitos estabelecidos no edital de chamamento público, disponível no site da Tocantins Parcerias, responsável pela comercialização dos espaços.

 

 

Empresas e instituições devem estar devidamente registradas e regularizadas; e expositores devem apresentar produtos, serviços ou tecnologias voltadas ao setor agropecuário. A comercialização de produtos deve obedecer às normas sanitárias e ambientais vigentes, sendo que a montagem dos estandes e dos espaços expositivos deverá seguir os padrões estabelecidos no regulamento.

 

Regras para expositores

 

Para garantir a organização e a segurança da feira, o regulamento também estabelece diretrizes específicas para os expositores, incluindo:

 

Uso do espaço: cada expositor deverá respeitar a metragem definida no contrato, sem ultrapassar os limites do estande.

 

Sustentabilidade: a Agrotins 25 anos reforça seu compromisso ambiental, exigindo práticas sustentáveis na montagem e na operação dos estandes, como o descarte correto de resíduos.

 

Segurança: é proibido o uso de materiais inflamáveis sem a devida autorização dos órgãos competentes, além da obrigatoriedade de cumprir todas as normas de segurança contra incêndios.

 

Acesso e funcionamento: os horários de montagem e desmontagem dos estandes são pré-determinados e devem ser rigorosamente seguidos.

 

Exposição de animais: empresas que pretendem expor animais devem cumprir as exigências sanitárias estabelecidas pela Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec).

 

Para mais informações sobre a feira e o regulamento ou dúvidas, os interessados podem entram em contato pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo site https://www.to.gov.br/tocantinsparcerias.

 

Agrotins 25 anos

 

Com 25 anos de avanços e oportunidades, a Agrotins celebra uma trajetória de crescimento e inovação, consolidando-se como um dos principais eventos do agronegócio no Brasil.

 

A feira é uma realização do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec), do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt) e da Tocantins Parcerias, em conjunto com empresas do agro, órgãos públicos e instituições de pesquisas e educacionais.

 

 

 

Posted On Quinta, 27 Março 2025 14:28 Escrito por

Pesquisa revela que a insatisfação com o governo ultrapassa 50%, refletindo o pior desempenho do presidente em 800 dias de mandato

 

 

Portal de Prefeitura

A avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou seu nível mais baixo em 800 dias de mandato, com apenas 26,8% dos brasileiros considerando seu trabalho como ótimo ou bom. Em contrapartida, o índice de reprovação subiu para 52,6%, evidenciando um crescente descontentamento entre a população. Esses números foram revelados pela pesquisa do instituto Futura Inteligência, divulgada pela revista Exame na última quarta-feira, 26 de março de 2025.

 

Esse levantamento, que entrevistou 1.001 eleitores de todo o Brasil entre 19 e 25 de março, mostra uma queda acentuada na popularidade de Lula. É a primeira vez que a avaliação negativa ultrapassa a marca dos 50%, e o percentual de aprovação não chega sequer a 30%. A pesquisa, que acompanha a trajetória do governo petista em oito rodadas, aponta uma tendência de insatisfação crescente, particularmente em segmentos que tradicionalmente apoiavam o presidente, como as mulheres e os moradores da Região Nordeste.

 

Embora a pesquisa tenha apontado que 20,2% dos entrevistados consideram o trabalho de Lula regular, a surpresa ficou por conta do número de eleitores que não souberam ou não responderam, representando apenas 0,4%. A margem de erro do levantamento é de 3,1 pontos percentuais, o que sugere que a desaprovação pode ser ainda maior.

 

A análise dos dados revela um fenômeno importante: a queda na popularidade não é isolada, mas reflete um movimento mais amplo de insatisfação com o governo federal. A avaliação negativa parece estar fortemente relacionada a questões econômicas e sociais que afetam diretamente a vida dos brasileiros, principalmente os grupos que estavam mais alinhados com o projeto político de Lula, como as mulheres e a população nordestina. Esses dados indicam uma possível frustração com as promessas não cumpridas ou com as dificuldades encontradas para atender às expectativas dos eleitores.

 

Esse cenário coloca o presidente em uma posição desafiadora para os próximos meses, especialmente em um período de instabilidade política e econômica. A pesquisa do instituto Futura, portanto, se configura como um termômetro importante para avaliar a trajetória do governo Lula até o final de seu mandato, que ainda enfrenta desafios para reverter a crescente desaprovação.

 

Apesar do petista ter recebido mais de 70% dos votos no estado nas eleições de 2022, a maioria dos baianos agora expressa insatisfação com sua gestão.

 

Desaprovação a Lula ultrapassa 52% no maior colégio eleitoral do Nordeste, diz pesquisa 

A desaprovação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Bahia superou os 52%, conforme aponta pesquisa do instituto Paraná Pesquisas divulgada nesta terça-feira, 25 de março de 2025. A pesquisa revela que, apesar de o petista ter recebido mais de 70% dos votos no estado nas eleições presidenciais de 2022, a maioria dos baianos agora expressa insatisfação com sua gestão.

 

De acordo com o levantamento, 52,6% dos eleitores baianos desaprovam o trabalho do presidente, enquanto 44% aprovam. Outros 3,4% não souberam ou não quiseram responder. Quando questionados sobre a qualidade da administração, 29,5% consideraram o governo "ótimo" ou "bom", 43,8% o avaliaram como "ruim" ou "péssimo", e 25,7% classificaram-no como "regular". Apenas 1,1% dos entrevistados não responderam à pesquisa.

Esse dado é particularmente significativo, considerando que o Nordeste foi a única região do Brasil onde Lula conquistou uma vitória ampla, e a Bahia, um dos maiores colégios eleitorais da região, foi essencial para sua eleição. A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 20 de março, com uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

 

A pesquisa reflete um cenário de crescente insatisfação popular, que também se reflete em outras regiões do país, como apontado em levantamentos anteriores. A gestão do presidente enfrenta dificuldades para reconquistar a confiança dos eleitores, especialmente após a perda de apoio em estados tradicionalmente favoráveis a ele.

 

 

 

Posted On Quinta, 27 Março 2025 14:23 Escrito por

Da Assessoria

 

 

Projetos voltados à segurança pública e ao incentivo das startups estiveram no centro das discussões na reunião de líderes do Senado, realizada nesta quinta-feira, 27. O encontro foi coordenado pelo presidente em exercício da Casa e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, e contou com a presença dos senadores Eduardo Girão, Eduardo Braga, Augusta Brito, Rogério Carvalho, Mecias de Jesus, Dr. Hiran Gonçalves, Carlos Portinho e Efraim Filho.

 

A reunião teve como objetivo discutir a agenda legislativa e alinhar a tramitação de projetos relevantes para o desenvolvimento do país, garantindo a organização do fluxo de votações e o consenso entre as lideranças partidárias.

 

O senador Eduardo Gomes destacou que a pauta da próxima semana incluirá três projetos importantes, entre eles um voltado ao fortalecimento das guardas metropolitanas do país, abrindo espaço para investimentos específicos no sistema de segurança dentro dos parâmetros definidos pelas comissões. Outro projeto relevante trata do incentivo às startups, com atenção especial para as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Além disso, serão analisadas matérias remanescentes da semana dedicada à pauta feminina.

 

“Foi uma reunião relativamente tranquila, sem matérias polêmicas, concluindo uma semana produtiva de apoio ao presidente Davi Alcolumbre, que esteve em missão oficial no Japão. Contamos com a colaboração de todas as lideranças, garantindo um trabalho eficiente, especialmente com a aprovação da pauta dedicada ao mês das mulheres. Agora, preparamos a agenda da próxima semana, que será conduzida pelo presidente efetivo da Casa, Davi Alcolumbre”, afirmou Eduardo Gomes.

 

 

Posted On Quinta, 27 Março 2025 14:19 Escrito por

Essa é a primeira vez, no entanto, que um ex-presidente se torna réu em um processo de golpe de Estado

Por Davi Valadares

 

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade de seus ministros, aceitou nesta quarta-feira, 26, a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas por tentativa de golpe de estado. Com isso, Bolsonaro se torna o primeiro ex-presidente do Brasil réu em um processo desta natureza.

 

O ex-presidente foi denunciado como líder de uma organização criminosa que arquitetou e colocou em andamento um plano de golpe de Estado. Ele é apontado como o responsável por liderar a tentativa de impedir o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as eleições de 2022.

 

Com a decisão do STF de acatar a denúncia, Bolsonaro se junta a outros cinco ex-presidentes vivos que viraram réus (por motivos diferentes):

 

O recebimento da denúncia não significa a culpabilidade prévia de nenhum dos denunciados. É o mero juízo de indícios mínimos e razoáveis de autoria que possibilitam a instalação da ação penal.

 

O recebimento da peça acusatória depende da materialidade dos crimes que está comprovada, mas não é uma cognição exauriente dos fatos. É o mero juízo de deliberação quanto à existência dos crimes, materialidade e indícios mínimos de autoria.

 

O que acontece agora?

 

Com a instauração do processo na Suprema Corte, é aberta a fase de 'instrução processual', quando o STF colhe as provas e depoimentos de testemunhas e acusados.

 

Depois, é realizado um novo julgamento, no qual os ministros decidem se os envolvidos são inocentes ou culpados. Em caso de inocência, o processo é arquivado.

 

Se os magistrados optarem pela condenação, os réus recebem penas de forma individual, conforme o envolvimento de cada um nos crimes. No caso de Bolsonaro, a pena máxima pelos crimes imputados ao ex-presidente pela PGR pode chegar a 46 anos, conforme a legislação.

 

 

Entenda abaixo os processos que tornaram os ex-presidentes réus.

 

Jair Bolsonaro (PL)

 

 

 

Em fevereiro, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou denúncia contra Bolsonaro e mais 33 aliados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

 

Em discurso firme durante sessão no STF, o procurador-geral buscou chamar a atenção para a gravidade do plano golpista e para o risco que ele representou à democracia do País. As provas consideradas mais contundentes foram citadas em diferentes passagens da manifestação, como a minuta golpista e o rascunho de discurso que seria lido por Bolsonaro após a deposição do presidente Lula.

 

Assim como na organização da denúncia, o procurador-geral conectou diferentes episódios que, na avaliação dele, culminaram no plano golpista. A cronologia tem origem em 2021. Ali teve início o discurso de "ruptura institucional" capitaneado por Bolsonaro, segundo o procurador-geral. Os fatos são encadeados até o 8 de Janeiro, o "ato final" do movimento golpista, segundo a linha do tempo traçada por Gonet.

 

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, disse na leitura do seu relatório que "integrantes do alto escalão" do governo federal e das forças armadas formaram o núcleo crucial da “organização criminosa”. “Deles partiram as principais decisões e ações de impacto social narradas na denúncia".

 

O ministro relator citou que a consumação do crime do artigo 359-M do Código Penal (tentar depor por meio de violência ou grave ameaça o governo legitimamente constituído) ocorreu por meio de sequência de atos que visavam romper a normalidade do processo sucessório.

 

“A peça acusatória da Procuradoria-Geral da República apresentou, em relação aos oito denunciados, os indícios mínimos e razoáveis de autoria que possibilitam a instalação da ação penal”, disse Moraes.

 

Michel Temer (MDB)

 

Michel Temer (MDB) foi réu em seis processos diferentes.
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Presidente do Brasil de 2016 a 2018, Michel Temer (MDB) foi réu em seis processos diferentes. Em um dos processos, Temer foi réu por corrupção passiva no caso da mala de R$ 500 mil da JBS. De acordo com denúncia do Ministério Público (MP), o ex-presidente recebeu por meio de um assessor uma mala do ex-executivo da J&F Ricardo Saud. Para o MP, os R$ 500 mil eram propina. O ex-presidente sempre negou.

 

A investigação ficou conhecida como o caso da "corridinha da mala". Embora tenha sido réu, a 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) decidiu encerrar o caso por falta de provas, e sem julgamento, em 2021. No ano passado, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um recurso do Ministério Público Federal (MPF) contra o encerramento da investigação.

 

Como no caso de Bolsonaro, os processos em que Temer se tornou réu foram abertos depois que o emedebista deixou a Presidência e perdeu o foro especial. A maioria dos processos, inclusive, foi aberto a partir das investigações do chamado Quadrilhão do MDB. Uma das acusações mais graves foi feita em 2017 pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot.

 

O chefe do Ministério Público Federal apontou Michel Tremer como líder de uma organização criminosa composta por correligionários, que teria atuado em diversos órgãos públicos, como Petrobrás, Furnas Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados, em troca de propinas de mais de R$ 587 milhões.

 

Temer chegou a ser preso duas vezes, entre março e maio de 2019, em uma operação desmembrada da Lava Jato, por supostas irregularidades em contratos da empresa Eletronuclear. Em 2022, ele foi inocentado das acusações de corrupção.

 

Dilma Rousseff (PT)

 

 

Dilma Rousseff (PT) se tornou réu em 2018 no processo conhecido como “quadrilhão do PT"

Presidente entre 2011 e 2016, Dilma Rousseff (PT) se tornou réu em 2018 no processo conhecido como “quadrilhão do PT”. Ela respondeu por organização criminosa. Segundo denúncia apresentada em setembro de 2017 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Dilma teve participação em um esquema montado para coletar propinas de R$ 1,48 bi entre 2002 e 2016.

 

As vantagens teriam sido pagas em contratos da Petrobras, do BNDES e do Ministério do Planejamento. Em dezembro de 2019, no entanto, o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal em Brasília, a absolveu. Em outubro do mesmo ano, o Ministério Público Federal já havia pedido absolvição sumária de todos réus por considerar que não havia "elementos configuradores da dita organização criminosa".

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

 

Lula, presidente da República, foi réu em pelo menos 10 ações penais na Justiça

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi réu em pelo menos 10 ações penais na Justiça. Os crimes que levaram o presidente a sentar no banco dos réus envolvem: lavagem de dinheiro, corrupção passiva, tráfico de influência e organização criminosa. Os casos ficaram conhecidos como "Quadrilhão do PT", o caso do Tríplex, do Sítio de Atibaia e do Instituto Lula.

 

No caso do Instituto Lula, o presidente foi acusado de usar o instituto para lavar R$ 4 milhões doados pela Odebrecht entre dezembro de 2013 e março de 2014. Segundo a denúncia, os valores — feitos formalmente por doações legais— foram repassados em quatro operações de R$ 1 milhão cada uma e tiveram como origem contratos fraudados da Petrobras.

 

Segundo a denúncia, Lula era "comandante e principal beneficiário do esquema de corrupção que também favorecia as empreiteiras cartelizadas", como a Odebrecht. A ação afirma que Lula "teria dado aval para que importantes diretores da Petrobras fossem nomeados para atender aos interesses de arrecadação de propinas em favor dele próprio e de outros integrantes do PT, PP e PMDB, com o envolvimento de outros funcionários públicos de elevado status na administração pública".

 

Lula também foi réu e condenado em segunda instância pela Justiça pela acusação de ter recebido propina da construtora OAS por meio da reforma de um tríplex em Guarujá (SP). A ação teve origem na Lava Jato, em Curitiba. Lula também foi réu acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por meio de reformas e benfeitorias bancadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht na propriedade rural que ele frequentava no interior de São Paulo.

 

Condenado em última instância, Lula foi preso em abril de 2018, declarado inelegível e ficou na Superintendência da PF por um ano e sete meses. Em 2022, porém, todas as condenações foram anuladas pelo STF sob o entendimento de que o então juiz Sergio Moro foi parcial nas decisões e que Lula foi julgado fora da jurisdição correta.

 

José Sarney (MDB)

 

Presidente de 1985 a 1990, José Sarney se candidatou pela última vez aos 76 anos

José Sarney (MDB) assumiu a Presidência da República em 15 de março de 1985, após a internação de Tancredo Neves, eleito pelo colégio eleitoral. Presidente de 1985 a 1990, o ex-presidente também foi réu após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República em 2017, ao lado de senadores do MDB, acusado de receber recursos desviados de contratos da Transpetro, subsidiária da Petrobras.

 

Fernando Collor

 

Fernando Collor de Mello foi presidente entre 1990 e 1992

O ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990 a 1992) também foi réu por algumas vezes. A mais recente foi em 2017, quando o STF aceitou uma denúncia contra o político na Operação Lava Jato e o tornou réu pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e comando de organização criminosa. Ele foi acusado de receber mais de R$ 30 milhões em propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis.

 

 

 

Posted On Quinta, 27 Março 2025 05:54 Escrito por
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