Governo Lula tem planos para retomada do programa com brasileiros e estrangeiros formados fora do país; profissionais selecionados teriam registro médico temporário emitido pelo Ministério da Saúde, mas CRM defende realização do Revalida e registro no conselho para atuação no Brasil.

 

Por Marina Pagno

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, defende que médicos formados no exterior validem o diploma no Brasil para poderem atuar no Mais Médicos, programa que deve ser retomado pela nova gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a abertura de vagas para médicos estrangeiros.

 

No Brasil, a validação dos diplomas é feita através do Revalida, exame que permite que médicos formados fora do Brasil exerçam a profissão no país. As provas são aplicada pelo Inep, órgão vinculado ao Ministério da Educação, duas vezes ao ano.

 

Mas, no caso do Mais Médicos, o processo é outro: o novo secretário de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes, confirmou ao g1 em janeiro que médicos formados no exterior, brasileiros ou estrangeiros, selecionados pelo programa terão um registro médico temporário emitido pelo Ministério da Saúde para atuação exclusiva na atenção básica durante o período de trabalho.

Retomar o Mais Médicos com estrangeiros é prioridade, diz secretário

Segundo o presidente do conselho, a entidade, que representa a classe médica no Brasil, defende que seja cumprido o que está na legislação. O CFM tem como atribuição apenas fiscalizar e normatizar a prática médica, cabendo ao governo federal definir as regras.

 

O médico tem que passar pelo Revalida, tem que ter CRM (registro nos conselhos regionais), para termos uma medicina de qualidade para a nossa população.

 

O modelo que exclui o Revalida do Mais Médicos apareceu também na versão anterior do programa, criado em 2013 na gestão de Dilma Rousseff (PT) e que se tornou um símbolo dos governos petistas.

"Não podemos chegar e ofertar para a nossa sociedade médicos sem qualificação, que você nem sabe a origem. O Conselho Federal de Medicina não abre mão dessa prerrogativa", afirmou o presidente do CFM.
A declaração foi dada em uma entrevista à imprensa durante o lançamento de uma plataforma com dados atualizados da presença de médicos no Brasil. Os números confirmaram um problema histórico de desigualdade na distribuição e fixação de profissionais, com menos médicos no interior e mais profissionais nas grandes cidades.

 

Brasil tem 545,4 mil médicos; mais da metade está concentrada somente nas capitais

O CFM cobrou a criação de políticas públicas por parte do Ministério da Saúde para deslocar médicos dos grandes centros urbanos para cidades pequenas. E mais: promover atrativos para que o profissional permaneça por lá. Para a entidade, a má distribuição de médicos pelo país passa também pela falta de condições mínimas de trabalho.

 

"Muitos médicos, depois que passam no Revalida, não vão para os municípios mais longínquos, o que acaba não resolvendo. Assim como colocar faculdade de medicina nos estados não vai realocar médicos para lá", disse o presidente da entidade.

 

José Hiran Gallo acredita que a retomada dos Mais Médicos pode ajudar a suprir a ausência de profissionais, e promete dialogar com o governo federal sobre o assunto. O presidente disse que irá se reunir com o ministro da Educação, Camilo Santana, na próxima quinta-feira (9).

"Estamos à disposição para ajudar o estado brasileiro. Vamos fazer nossa contribuição e essa interlocução vai existir", afirma. "Nós queremos ajudar e não atrapalhar", concluiu Gallo.

 

Mais Médicos, com estrangeiros

O governo federal ainda não detalhou a proposta de retomada do Mais Médicos com vagas para estrangeiros. Mas, de acordo com o secretário do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes:

 

As vagas serão oferecidas, em um primeiro momento, para médicos brasileiros com registro nos conselhos regionais e para médicos brasileiros formados no exterior.

As vagas que sobrarem serão abertas para médicos estrangeiros.

Segundo o secretário, cerca de 300 municípios não possuem médicos em unidades de saúde da família há mais de um ano e quase 800 não conseguem manter os médicos trabalhando.

 

 

 

Posted On Segunda, 06 Fevereiro 2023 16:46 Escrito por

Com Poder 360

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro negou na noite de 6ª feira (3.fev.2023) as acusações de que estaria recebendo supostas “propinas” de uma amiga. Disse que tem todos os áudios de um ex-funcionário do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, que teria feito as acusações ao portal Metrópoles.

 

O veículo jornalístico publicou uma reportagem relatando que trabalhadores do palácio eram acionados para levar à então primeira-dama pacotes enviados por Rosimary Cardoso Cordeiro, assessora do senador Roberto Rocha (PTB-MA).

 

Michelle publicou em seu perfil no Instagram um print de uma conversa com o ex-funcionário (o nome dele não foi revelado nem por ela, nem pelo Metrópoles) e afirmou que tem todos os áudios trocados com ele.

 

“Como Deus é bom e não nos deixa enganados de absolutamente nada. Temos todos os áudios do ex-funcionário que insinuava que eu estava recebendo ‘propina’ de minha amiga na matéria publicada no dia de hoje. Ele sabe muito bem que ele ia deixar roupas, acessórios que eu emprestava para ela, e a última vez, ele trouxe um pijama de presente de Natal.”

 

 

Posted On Segunda, 06 Fevereiro 2023 03:57 Escrito por

A sentença se refere a processos sobre crimes sexuais que aconteceram entre 2015 e 2016

 

Por Yahoo Notícias

 

João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi condenado, na 6ª feira (3.fev.2023), a 48 anos e 6 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, por crimes de violação sexual. Segundo o TJ-GO (Tribunal de Justiça do Estado de Goiás), a sentença é referente a delitos cometidos de 2015 a 2016 contra 5 pessoas.

 

A decisão do juiz Marcos Boechat determina ainda que João de Deus indenize as vítimas em R$ 60.000. O processo está sob sigilo.

 

No total, faltam 6 processos referentes a João de Deus para serem julgados na comarca de Abadiânia (GO): 1 está em fase de elaboração de sentença e o restante, nas alegações finais.

 

João Teixeira de Faria trabalhou durante anos como curandeiro na cidade goiana de Abadiânia (a 117 km de Brasília). Ele se apresenta como “médium”, designação usada no espiritismo para descrever quem teria o dom de incorporar espíritos e entidades.

 

As acusações contra o curandeiro começaram a vir a público em 7 de dezembro de 2018, quando o programa Conversa com Bial, da TV Globo, divulgou as primeiras denúncias de abuso sexual. A partir daí, outras mulheres que afirmam ser vítimas do homem começaram a procurar as autoridades e a imprensa.

 

Inicialmente, João de Deus foi preso em 16 de dezembro de 2018 e, em março de 2020, passou para a prisão domiciliar, concedida pelo juiz Wilson Safatle Faiad. A defesa alegou que, além de idoso, o curandeiro estava com a saúde debilitada.

 

Em agosto, ele voltou para o presídio, mas retornou ao regime domiciliar já no mês seguinte, em Anápolis (GO), onde está atualmente.

 

CONDENAÇÕES

Até o momento, João de Deus já foi condenado a:

 

44 anos e 6 meses por crimes sexuais;

40 anos de reclusão por crimes sexuais;

19 anos e 4 meses de reclusão por crimes sexuais;

3 anos de reclusão por crime de posse irregular de arma de fogo de uso permitido e crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito;

4 anos de reclusão por crime de violação sexual mediante fraude;

2 anos e 6 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude;

109 anos de prisão por crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.

 

 

 

Posted On Segunda, 06 Fevereiro 2023 03:55 Escrito por

Quanto mais o senador fala, mais evidente fica a intenção de amenizar o papel de Bolsonaro e atribuir a Moraes uma conduta suspeita

 

Redação Terra

 

É preciso tomar muito cuidado com as informações disseminadas por Marcos do Val sobre o encontro com Jair Bolsonaro e Daniel Silveira, onde foi apresentada ao senador a arquitetura de um plano golpista, envolvendo grampo ilegal no ministro Alexandre de Moraes.

 

Quanto mais o senador fala, mais evidente fica sua intenção de amenizar o papel de Bolsonaro no plano e de atribuir uma conduta suspeita a Moraes.

 

A cada nova entrevista, o senador cria pretexto para instalar uma CPI sobre os atos do dia 8 de Janeiro, mas para arrastar o governo Lula para o olho do furacão. De quebra, a narrativa do senador visa transformar o ministro Alexandre de Moraes num juiz parcial e suspeito para julgar processos que atingem o coração do bolsonarismo.

 

A análise surge a partir de respostas que Marcos do Val deu em entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews, na tarde de quinta (2). Pressionado pelos jornalistas Andreia Sadi, Valdo Cruz, Mônica Waldvogel e Octavio Guedes, o senador Marcos do Val tentou semear a ideia de que atuou como agente duplo com anuência e sob orientação de Moraes.

 

O jornalista Octavio Guedes, percebendo as intenções de do Val nas entrelinhas, perguntou se o objetivo seria remover Moraes do tabuleiro político, seja por prevaricação ou sob acusação de parcialidade.

 

Eis que do Val saiu pela tangente, limitando-se a dizer: “Não é isso. É com relação ao atual ministro da Justiça [Flávio Dino]. Mas não posso te falar o restante. Quando tiver a CPI e pudermos retirar o sigilo, vocês vão saber.”

 

Do Val sustentou que “soube” que o ministro da Justiça, Flávio Dino, dispõe de informações comprometedores e, por isso, o senador se antecipou e lançou a bomba que, a princípio, atinge Bolsonaro.

Os jornalistas da GloboNews acharam a estratégia de implicar Bolsonaro para atingir Lula sem sentido. Do Val rebateu insinuando que está em posse de documentos que mostram a prevaricação de Dino nos atos de dia 8 de Janeiro, e reforçou que com a CPI, o sigilo seria levantado, e a sociedade poderia entender suas reais intenções.

 

“Daqui a pouco eu vou fazer um movimento que eu vou chegar no Lula, e as pessoas não vão entender. ‘Pô, semana passada ele estava chegando no Bolsonaro, agora tá falando do Lula? Porque eu vou chegar nele”, adiantou.

 

Octavio Guedes foi ao Twitter reportar a conclusão que tirou da entrevista com Marcos do Val. Para o jornalista, ficou claro que o senador quer criar um pretexto para instalar a CPI e remover Alexandre de Moraes do jogo.

 

 

 

Posted On Sexta, 03 Fevereiro 2023 05:24 Escrito por

Ícone da TV faleceu nesta quinta-feira, 2, no Rio de Janeiro

Da Redação Terra

 

Glória Maria, jornalista e um dos ícones da TV brasileira, morreu nesta quinta-feira, 2, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada ao Terra pela assessoria da TV Globo.

 

Em nota, a emissora informou que a morte ocorreu por causa de metástases de um câncer que a jornalista enfrentava. Ela estava internada no Hospital Copa Star, onde veio a falecer.

 

"Em 2019, Gloria foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia, e metástase no cérebro, tratada cirurgicamente, inicialmente também com êxito. Em meados do ano passado, a jornalista iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias", diz a nota.

 

"Glória marcou a sua carreira como uma das mais talentosas profissionais do jornalismo brasileiro, deixando um legado de realizações, exemplos e pioneirismos para a Globo e seus profissionais", acrescenta a emissora.

 

A jornalista deixa duas filhas, Maria, de 15 anos, e Laura, de 14.

 

Vida, carreira e pioneirismo

 

Glória Maria Matta da Silva nasceu no Rio de Janeiro, filha de pai alfaiate e mãe dona de casa, e se formou em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), curso pago após conseguir um emprego de telefonista.

 

Ela chegou à Globo em 1970 como radioescuta, ouvindo as frequências de rádios policiais para descobrir pautas. Já no ano seguinte, 1971, estreou como repórter ao cobrir o desabamento do Elevado Paulo de Frontin (RJ). Desde então, passou a participar de diversos programas jornalísticos da emissora, como Jornal Hoje, no RJTV e no Bom Dia Rio.

 

No Jornal Nacional ela começou a traçar uma carreira de pioneirismo ao ser a primeira jornalista a entrar ao vivo no noticiário. Pelo JN, fez reportagens históricas, como a posse do presidente Jimmy Carter nos Estados Unidos, entrevista com João Figueiredo, último presidente da ditadura brasileira, e a Guerra das Malvinas, sendo a primeira mulher brasileira a cobrir o conflito.

 

Foi no Fantástico, porém, que Glória Maria deixou sua marca. Ela foi apresentadora do dominical de 1998 a 2007, e fez reportagens especiais, entrevistas com personalidades como Michael Jackson e Madonna, e realizou muitas viagens que se tornaram marcos de sua extensa e celebrada carreira.

 

 

Posted On Quinta, 02 Fevereiro 2023 11:15 Escrito por
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