Laurez precisa mostrar ao tocantinense o que é fake news e o que é fato

Posted On Segunda, 15 Setembro 2025 04:39
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A interinidade do governador Laurez Moreira começa com um desafio que pode definir não apenas sua gestão temporária, mas também sua trajetória política: separar o que é fake news do que é fato. O Tocantins atravessa um momento delicado, marcado por denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro, superfaturamentos e enriquecimento ilícito envolvendo a gestão afastada de Wanderlei Barbosa. A população exige respostas claras, objetivas e documentadas. Será de bom tamanho, que o governador interino Laurez Moreira faça uma auditoria onde há suspeita e leve os resultados à justiça, evitando vitimizar ou fazer pré-julgamentos.

 

Nos últimos dias, circula nas redes sociais e em grupos de WhatsApp um vídeo que vem causando grande repercussão. O material expõe supostas irregularidades de um ex-secretário da gestão de Wanderlei Barbosa, sugerindo um patrimônio incompatível com o salário do cargo. Segundo o vídeo, logo após a deflagração de uma megaoperação da Polícia Federal, em 21 de agosto, moradores de Palmeirópolis relataram que o auxiliar teria retirado todo o gado de uma fazenda em São Salvador, mobilizando mais de seis carretas de animais em direção a uma propriedade localizada em Paranã.

 

 

O vídeo também afirma que a fazenda em São Salvador teria sido erguida em menos de dois anos, com uma estrutura milionária difícil de ser explicada apenas com a remuneração de cerca de R$ 23 mil mensais. Além disso, menciona que o ex-secretário seria proprietário de uma casa de luxo na capital, avaliada em R$ 1,8 milhão, e que mantinha relações com empresários de histórico conturbado, conhecidos por acumular dívidas milionárias e descumprir compromissos financeiros. A gravação chega a levantar hipóteses sobre interesses em royalties da hidrelétrica de São Salvador e até em potenciais riquezas minerais da região.

 

Essas informações, por si só, são gravíssimas. Mas é preciso responsabilidade, pois ainda se trata de um vídeo que circula sem comprovação oficial, e cabe aos órgãos competentes verificar a veracidade das denúncias. Justamente por isso, o governador interino Laurez Moreira deve ser transparente e firme. A ele não cabe repetir acusações de bastidores, mas sim apresentar à sociedade um levantamento claro da real situação do Estado. Se há enriquecimento ilícito, se houve superfaturamento de contratos, se existem rombos financeiros, tudo precisa vir a público com documentos, relatórios e provas consistentes.

 

Wanderley Barbosa e governador afastado e Laurez Moreira o governador  Interino

 

O inquérito que afastou Wanderlei Barbosa, conduzido pela Polícia Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça, já aponta indícios de irregularidades graves. Mas é fundamental lembrar que o governador afastado não é réu, tampouco foi condenado de alguma acusação.  O processo deve seguir seu curso legal, e cabe à Justiça decidir sobre culpados e inocentes.

 

O que se espera de Laurez Moreira, neste momento, é uma gestão cirúrgica. Ele deve oficializar todas as informações, encaminhar aos Ministérios Públicos Estadual e Federal, ao Tribunal de Contas, à Controladoria e aos demais órgãos de fiscalização. Não basta falar é preciso documentar, protocolar e dar publicidade. A transparência é a única vacina contra a desinformação e contra o uso político de denúncias.

 

 

O Tocantins não precisa de blá-blá-blá em redes sociais, nem de cortinas de fumaça criadas por boatos. Precisa de verdades. Precisa de clareza. Precisa saber, sem rodeios, o que foi deixado pela gestão afastada, se há um Estado equilibrado ou um Estado com rombos financeiros e digitais de corrupção em diversas áreas da administração pública.

 

A população já entendeu que estamos diante de um divisor de águas. Ou o governo interino abre de vez a caixa-preta da gestão anterior e mostra o que é fake news e o que é fato, ou correrá o risco de ser engolido pelo descrédito.

 

A oportunidade está posta. Laurez Moreira tem diante de si a chance de consolidar seu nome como sinônimo de seriedade e transparência. Mas isso só será possível se a verdade inteira e documentada vier à tona. O Tocantins não aguenta mais viver refém de boatos e suspeitas. O que os tocantinenses querem, e merecem, é transparência.

 

A família O Paralelo 13 jamais, em um momento como este em que a imagem do Tocantins é manchada poderia se calar. Por isso, reafirmamos que não se trata apenas de uma questão política, mas de compromisso com a verdade e com a história do Tocantins. O Estado não pode ser conduzido à base de especulações, nem de narrativas forjadas em redes sociais. É hora de mostrar documentos, números, relatórios e dar nomes aos responsáveis, se existirem. O silêncio ou a omissão só aumentam a desconfiança da sociedade.

 

 

A família O Paralelo 13 agradece!

 

Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues

 

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