Por Edson Rodrigues
A mesa diretora da Câmara dos Deputados declarou a perda de mandato de sete deputados federais com base na decisão do STF (Suprema Tribunal Federal) a respeito das novas regras sobre as sobras eleitorais. O ato normativo foi divulgado nesta quarta-feira (30).
Segundo o ato, a medida levou em consideração o parecer da Corregedoria Parlamentar. O documento é assinado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
As sobras são calculadas no chamado sistema proporcional, responsável por definir a eleição de deputados estaduais, federais e distritais e vereadores.ay Video
Os deputados que perderam os mandatos são: Silvia Waiãpi (PL-AP); Sonize Barbosa (PL-AP); Professora Goreth (PDT-AP); Augusto Puppio (MDB-AP); Lázaro Botelho (PP-TO); Gilvan Máximo (Republicanos-DF); Lebrão (União-RO).
Em março deste ano, o Supremo decidiu que a participação de todos os partidos políticos na divisão das sobras eleitorais, e não só dos que atingiram a cláusula de desempenho, vale a partir das eleições de 2022.
No lugar deles, devem entrar Paulo Lemos (PSOL-AP); André Abdon (Progressistas-AP); Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); Aline Gurgel (Republicanos-AP); Tiago Dimas (Podemos-TO); Rafael Fera (Podemos-RO); Professora Marcivania (PCdoB-AP).
QUEM GANHA, QUEM PERDE OU DÁ EMPATE?
A volta de Tiago Dimas ao cargo de deputado federal, teoricamente, provocaria movimentações e adequações políticas, já que Lázaro Botelho, do PP, é da base de apoio ao governador Wanderlei Barbosa, enquanto Dimas é filho do ex-prefeito de Araguaína e hoje secretário municipal em Palmas, Ronaldo Dimas, candidato derrotado por Wanderlei Barbosa nas últimas eleições para o governo.
Logo, seria fácil cravar que a base de apoio de Wanderlei Barbosa sairia perdendo, uma vez que um de seus membros foi “substituído” por um integrante da oposição/ Mas, como política não é nem um pouco exata como a matemática, tudo indica que essa troca de deputados federais vai terminar em empate para o Tocantins.
Os bastidores da política estadual estão movimentados por rumores sobre a formação de uma chapa majoritária para a sucessão estadual, que teria o presidente da Assembleia Legislativa, Amélio Cayres como candidato ao governo, tendo Ronaldo Dimas como vice, Eduardo Gomes para o Senado e Alexandre Guimarães, como deputado federal.
Como nenhum dos citados nessa chapa jamais confirmou essas informações – muito pelo contrário, nem sabem que existem – só podemos tratar do assunto como mera especulação dos bastidores.
E, pelo menos até o mês de abril de 2026, como todos sabemos, elas continuarão, apenas, como especulação.
Por hoje é só!