Resultado ficou 0,09% acima do registrado em outubro e, segundo instituto, foi puxado por preço de passagens aéreas
Com Agência Brasil
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede inflação oficial do Brasil, subiu 0,18% em novembro, com alta de 0,09 ponto percentual (p.p.) em relação a outubro, quando registrou 0,09%. Resultado é o menor do mês desde novembro de 2018 (-0,21%). Em 2025, preços acumulam alta de 3,92% e, nos últimos 12 meses, índice atingiu 4,46%. Em novembro de 2024, variação foi de 0,39%. Esses e outros dados foram divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo instituto, principal impacto positivo na inflação de novembro veio de passagem aérea (11,9%), que contribuiu com 0,7 ponto. Outras influências para alta foram energia elétrica residencial (1,27%), puxada por reajustes tarifários de algumas concessionárias, e hospedagem, no grupo Despesas pessoais.

Dados do IPCA em novembro, com variação de cada grupo analisado pelo IBGE | Reprodução/IBGE
Esse último subitem variou 4,09% em novembro, destacado pelo aumento de 178% em Belém, sede da COP30, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas.
Já entre as quedas de preços, destaques foram itens como higiene pessoal (-1,07%) e produtos alimentos que costumam figurar na mesa das famílias brasileiras, como tomate (-10,38%) e arroz (-2.86%). O grupo Alimentação e bebidas voltou ao patamar negativo em novembro, com variação de -0,01%. Alimentação no domicílio (-0,20%) registrou sexto mês seguido de queda.
Alimentação fora do domicílio cresceu 0,46% no mês, com destaque para baixas em lanche (de 0,75% em outurbro para 0,61% em novembro) e refeição (de 0,38% para 0,35%).
Serviços cresceram de 0,41% para 0,6%, com impactos já citados de passagem aérea e hospedagem.
Quanto a índices regionais, maior alta ocorreu em Goiânia (0,44%), influenciada por energia elétrica residencial (13,02%) e carnes (1,78%). Menor variação foi registrada em Aracaju, puxada por quedas no conserto de automóvel (-3,75%) e gasolina (-1,40%).