Depois do recado das urnas nas eleições majoritárias de 2022, a sucessão municipal de Palmas pode – e vai – significar muita coisa na vida de diversas lideranças que têm na Capital o ponto de partida ou de sustentação de seus projetos políticos. Aqueles que já vem colecionando derrotas nos últimos pleitos, em caso de novo insucesso, podem estar fadados ao esquecimento e à aposentadoria precoce. Por isso o termo “UTI dupla” no título. Além de Unidade de Terapia Intensiva para suas carreiras políticas, uma Última Tentativa do Indivíduo, em fugir desse futuro incerto e longe dos holofotes.

 

Por Edson Rodrigues

 

E as próximas eleições vão marcar a estreia dos políticos “São Tomé”. Aqueles que, mesmo contra todas as expectativas, avisos e prognósticos, vão querer ver para crer que suas carreiras estão próximas do fim.  Dos muitos pré-candidatos que colocaram seus nomes pra jogo, na tentativa de testar suas popularidades e calcular suas probabilidades, a maioria vai sair da eleição municipal direto para o cemitério político.

 

Esse risco é maior para os expoentes políticos que vêm de derrotas recentes nas urnas, como é o caso do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha e do ex-senador Ataídes Oliveira e dos candidatos a serem apoiados pelo clã dos Abreu, leia-se ex-senadora Kátia e seu filho, o senador Irajá.

 

Senador Irajá Abreu PSD

 

Em outro patamar está o ex-prefeito de Palmas, ex-senador, ex-deputado estadual e ex-secretário de Governo, Eduardo Siqueira Campos, filho do ex-governador Siqueira Campos. Depois de anunciar sua aposentadoria política, Eduardo se viu impelido a disputar a prefeitura de Palmas, muito mais pelos convites de seus amigos, seguidores e correligionários, e pelo momento político que o Tocantins atravessa, do que por uma movimentação natural em sua carreira política. Muito bem avaliado pela população, ótimo estrategista e carismático, Eduardo recolheu o “trem de pouso” da sua pré-candidatura a prefeitura de Palmas e passou a trabalhar nos bastidores, em busca da consolidação da sua pretensão e de uma segurança política estrutural, uma vez que está filiado ao União Brasil, que tem a senadora Dorinha Seabra como presidente estadual e o deputado federal Carlos Gaguim como presidente do Diretório Metropolitano de Palmas.

 

Ex-governador Marcelo Miranda

 

Tanto Dorinha quanto Gaguim apoiam a candidatura de Jand Valcari – que lidera as pesquisas internas de intenção de voto – à prefeitura, e isso não é visto como empecilho para Eduardo Siqueira Campos, que facilmente encontrará abrigo em outra legenda, talvez até o próprio PSDB, que hoje tem a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, como presidente estadual.

 

Deputada Jand Valcari

 

É bom lembrar que, em se tratando de política e, principalmente, de Eduardo Siqueira campos, nada pode ser descartado.

 

Wanderlei e Cinthia

 

Já no caso do governador, Wanderlei Barbosa e da prefeita da Capital, Cinthia Ribeiro, a questão de ser como São Tomé acontecerá de forma diferente.  Os dois são os principais líderes políticos de Palmas, mas têm horizontes políticos distintos, embora partam da mesma premissa: não poderão disputar a reeleição nos próximos pleitos.

 

Logo, os dois precisarão de uma sobrevivência política entre 2024 e 2026, para não correr o risco que todo político sem mandato corre, que é o do esquecimento por parte tanto da própria classe política quanto dos eleitores.

 

Para Cinthia Ribeiro, a melhor estratégia é estar aliada ao próximo prefeito eleito de Palmas, de preferência, desde o primeiro momento da campanha que vai elegê-lo, além de, para manter sua influência política, eleger o máximo de vereadores da sua base de apoio que puder. Além disso, seria interessante Cinthia participar das eleições para prefeito em outros municípios, de preferência os do PSDB, criando uma rede de apoiadores que, teoricamente, lhe darão guarida em 2026, se for disputar algum cargo eletivo.

Governador Wanderlei Barbosa e da prefeita da Capital, Cinthia Ribeiro

 

Já Wanderlei Barbosa, a maior e mais influente liderança política da atualidade no Tocantins, tem na capital, Palmas, o histórico mais contundente da sua vida pública. Foi Palmas que o elegeu vereador, deputado estadual, vice-governador e governador, assim como teve seu pai, Fenelon Barbosa, prefeito, sua mãe, a saudosa Dona Maria Rosa, primeira-dama das mais influentes e lembradas por conta de suas iniciativas de ação social, seu irmão, Marilon Barbosa, vereador e presidente da Câmara Municipal e seu filho, Léo Barbosa, um dos deputados estaduais mais bem-votados desta legislatura.

 

Wanderlei sabe, mais que qualquer outra pessoa, que com todo esse histórico político em Palmas, uma derrota do seu candidato a prefeito na Capital seria um sinal desastroso e teria consequências muito abrangentes em seu futuro político.

 

Para não correr esse risco, se faz necessário que ele desça, um pouco, da nave do governo do Estado, que voa em céu de brigadeiro, e trace um novo plano de voo, em que não haja risco de ficar sem combustível no fim do trajeto, deixando para trás, também, para manter a nave equilibrada e sem sobrepeso, muitos dos que, hoje, ficam como “satélites” em volta do Palácio Araguaia, de olho nas benesses do poder e sem compromisso nenhum com o futuro político do governador curraleiro.

 

Excesso de democracia faz mal

Wanderlei Barbosa não pode cair nas armadilhas que seus antecessores criaram para si mesmos, praticando democracia em excesso, acolhendo a todos que o procuraram, sem se preocupar com o poder de letalidade que pessoas mal-intencionadas exercem sobre as administrações das quais participam. Pessoas que se preocupam apenas com seus próprios futuros políticos e na hora da luta não dão a mínima em proteger seus líderes.

 

Wanderlei deve aproveitar o conselho do ex-governador Moisés Avelino, que o felicitou por ter “unido a família política tocantinense”, mas que precisa focar em um mandato de senador em 2026 e, para não correr o risco de uma pausa na sua carreira política, uma ruptura, precisa analisar friamente os que estão ao seu redor, organizar os “tripulantes” da nave, seus principais auxiliares, para que decolagem política, após o governo do Estado, não seja abortada e tenha a certeza de que o destino traçado será o certo.

 

Para isso, o grupo do Palácio Araguaia precisa refinar suas ações, buscar um alinhamento de estratégias, para eleger o maior número possível de prefeitos, principalmente o de Palmas e dos demais maiores colégios eleitorais do Tocantins, e deixar para trás as velhas práticas de democracia excessiva dos governos anteriores, que ao fim dos mandatos, se mostraram traiçoeiras aos ocupantes do posto de comando.

 

Os exemplos estão claros e nítidos no retrovisor político. Só não vê quem não quer!

 

 

Posted On Segunda, 19 Junho 2023 05:11 Escrito por

Nos bastidores, parlamentares avaliam que presidente nomeou apenas aliados, deixando de lado 2022

Por: Lis Cappi

 

Com 403 currículos na mesa, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer se aproximar do Congresso e planeja avançar nas indicações do 2º e 3º escalão da Esplanada, além de postos regionais e em secretarias. O pedido foi feito pelo chefe do Executivo aos ministros em reunião na última semana, e coincide com aumento da pressão imposta por deputados para indicações no governo.

 

Na avaliação de parlamentares ao SBT News, o movimento veio com atraso. Deputados consideram que a análise de nomes para os cargos foi seletiva, e afetou apenas partidos do centro. "As nomeações só saem para aliados, mesmo com Lula tendo sido eleito pelo centro democrático", avaliou um vice-líder partidário na Câmara, que lembrou do apoio concedido por outros partidos no período de candidatura de Lula. Há, também, a consideração de que a falta de celeridade no processo prejudicou a construção de uma base de apoio sólida do governo no Congresso.

 

Segundo os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, os nomes que estão na espera devem avançar o mais rápido possível, em uma força-tarefa para nomeações. A decisão antecedeu, em uma semana, o início da discussão da proposta de novas regras fiscais no Senado - prevista para a próxima 3ª feira. O governo também prepara o texto de reforma tributária, e quer a votação na Câmara na 1ª semana de julho.

 

Nomeações a apoiadores

 

Paralelo aos pedidos, apoiadores do governo também aguardam por nomeações. O empresário Inácio Melo, casado com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), é cotado, há meses, para a presidência do Serviço Geológico do Brasil, ligado ao Ministério de Minas e Energia. Mas a indicação ainda não foi oficializada. Eliziane é relatora na Comissão Parlamentar de Inquérito das invasões aos Poderes, a CPMI do 8/1.

 

Ministério do Turismo

 

Na esteira das reivindicações também está o pedido do União Brasil pelo Ministério do Turismo, que colocou a ministra Daniela Carneiro na berlinda. Uma troca de comando é dada como certa e deve se concretizar após viagem de Lula à Europa nesta semana. A aposta do partido para substituí-la é o deputado Celso Sabino (PA), que também ganhou apoio dentro do estado. No sábado (17.jun), o governador Helder Barbalho (MDB) afirmou, publicamente, que o nome seria bem-vindo.

 

"Eu quero dizer, presidente, se o Pará tiver mais um ministro nós não vamos achar ruim, porque fortalece o nosso estado. Caso a sua decisão seja essa, o Celso representará todos nós, junto com o ministro Jader [Filho, das Cidades], para que o Pará possa estar fortalecido na nossa sociedade", declarou. Lula e a comitiva presidencial estavam ao lado do governador, em evento no Pará.

 

O União, que ainda divide apoio ao governo no Congresso, tem três ministérios, e defende a mudança no Turismo desde o pedido de desfiliação de Daniela Carneiro.

 

 

Posted On Segunda, 19 Junho 2023 05:08 Escrito por

Nome da primeira-dama ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter e usuários chegaram a compará-la com a anterior, Michele Bolsonaro

 

Com Agências

 

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, estaria exercendo funções significativas dentro do governo Luiz Inácio Lula da Silva, segundo publicado pelo Estadão neste domingo, 18. A esposa do petista, que frequentemente fala sobre "ressignificar o papel da primeira-dama", participa de reuniões com ministros, interfere nas publicidades do governo e tem até poder de veto.

 

Conforme a publicação, Janja determina mudanças e, se não gostar, a iniciativa não segue adiante. Um exemplo da influência da primeira-dama foi a decisão de não remunerar blogueiros alinhados ao governo, como propôs o PT.

 

Segundo o jornal, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, até pressionou, mas a decisão final foi de Janja, que vetou o pagamento. Ainda conforme o Estadão, a primeira-dama defende que a comunicação seja mais voltada para a televisão aberta.

 

Ao jornal, o governo negou que Janja interfira na comunicação ou na publicidade institucional. No entanto, uma fonte ouvida pelo Estadão teria dito que o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), já alertou Lula sobre a insatisfação dos companheiros. Lula teria respondido que ele não deveria repetir a crítica, caso não quisesse perder a amizade.

 

Uma das reclamações de aliados é de que Lula não tem o horário do almoço disponível para receber políticos, e dedica apenas os finais de semana para estar com sua base. De acordo com publicação de Lauro Jardim, em O Globo, ministros já haviam se queixado de o "horário nobre" da agenda de Lula ser ocupado por Janja.

 

A assessoria de Wagner negou qualquer crítica à primeira-dama. "Não há nenhum fundo de verdade nesse tipo de comentário, nesse tipo de ilação. O senador está absolutamente indignado com isso", disse.

 

Repercussão

Logo após a publicação da matéria do Estadão, o nome de Janja entrou na lista de assuntos mais comentados do Twitter. Usuários da plataforma chegaram a comparar a postura da atual primeira-dama com a anterior, Michele Bolsonaro.

 

 

Posted On Segunda, 19 Junho 2023 05:06 Escrito por

Da Assessoria

 

Palmas recebeu, hoje (16), a caravana do Plano Plurianual (PPA) Participativo do Governo Federal. O encontro no Colégio Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso contou com as presenças dos ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, Márcio Macêdo da Secretaria-Geral da Presidência, da ministra de Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, entre outras autoridades estaduais e municipais e equipes técnicas da União.

 

Durante a plenária, houve a participação de representantes de movimentos sociais, que defenderam propostas de promoção da cidadania, da igualdade étnico-racial, inclusão feminina no mercado de trabalho, dos povos indígenas, da juventude, habitação, agricultura familiar, entre outros temas.

 

Todas as propostas do Estado para o PPA 2024-2027 foram colhidas nesta que é considerada pelo deputado Eduardo Mantoan (PSDB) uma importante forma de participação social na construção de um país melhor. “Os tocantinenses estão diante de uma grande oportunidade de manifestar o que acreditam ser o caminho certo para o Brasil avançar no que diz respeito às políticas públicas. Convido a todos para que possamos contar com o maior número de participantes para que o planejamento contemple todos os públicos”, ressaltou o parlamentar.

 

A população brasileira tem até o dia 14 de julho para participar do Plano Plurianual através da plataforma: https://brasilparticipativo.presidencia.gov.br/

 

De acordo com o Governo Federal, as propostas e programas mais votados serão analisados nos próximos dois meses e irão constar no Projeto de Lei encaminhado para o Congresso Nacional até 31 de agosto. O PL deverá ser votado ainda este ano para ser colocado em prática a partir de 2024.

 

 

Posted On Sexta, 16 Junho 2023 15:51 Escrito por

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 15, em reunião com ministros que “novas ideias” estão “proibidas” e que o governo terá de cumprir o que prometeu.

 

Por Eduardo Rodrigues, Eduardo Gayer e Bruno Luiz

 

Ao abrir o encontro, o petista pediu que os ministros dissessem o que já foi feito em suas pastas, citassem dificuldades e adiantassem os próximos passos. Segundo Lula, o governo terminou a primeira etapa de reorganização das políticas públicas.

 

“Essa talvez seja a última reunião ordinária que eu faça antes da reunião que faremos no fim do ano. Até agora tratamos da organização dos ministérios, da briga do orçamento, tentando recuperar parte de todas as políticas públicas que tinham sido desmontadas, essa parte já está cumprida. Precisamos fazer o lançamento do Luz para Todos, que ainda vamos anunciar, e do Água para Todos”, afirmou, na abertura da reunião ministerial.

 

Segundo Lula, o governo irá lançar no começo de julho um novo programa de desenvolvimento. “Quando a Miriam (Belchior) falou de PAC 3 eu falei para mudar de nome, mas está difícil achar outro nome, então acho que vai ser PAC3 mesmo. É um nome que já está consolidado com a sociedade. Daqui para frente, a gente vai ser proibido de novas ideias, vamos ter que cumprir o que propusemos”, completou.

 

Todos os ministros foram convidados. A titular do Turismo, Daniela Carneiro, participou do encontro que deve marcar sua despedida do governo. Lula a manteve no cargo, mas aliados do petista já admitem que ela deixará a pasta. O nome do deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) deve ser o substituto, em uma vitória do Centrão para ocupar espaço no governo.

 

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não participou da reunião. Ela foi internada em São Paulo com fortes dores na coluna. De acordo com boletim médico do Incor, Marina deu entrada na segunda-feira, 12. O quadro é estável e há previsão de alta para os próximos dias. Ela foi representada pelo secretário executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

 

Já o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, foi representado na reunião pelo secretário executivo da pasta, Chico Macena. Marinho está em Genebra, na Suíça, para conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

 

‘Divergências políticas’

Mais cedo, em entrevista a um pool de rádio de Goiás, Lula afirmou há pouco ser preciso “repartir a governança do País” após sua eleição por uma frente ampla no ano passado. “A coisa mais normal que existe na política é divergência”, disse.

 

“A gente repartiu a nossa vitória, temos que repartir a governança nesse país”, acrescentou. De acordo com o presidente, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, “trata todo mundo com máximo de respeito e de decência”.

 

O governo, porém, vive sob cerco político e virou refém do presidente da Câmara, Arthur Lira. Como mostrou o Estadão, o deputado diz que age como facilitador, mas pressiona governo por liberação de emendas e cargos. Sem maioria no Congresso e com falhas na articulação política, Lula depende do Centrão para aprovar projetos.

 

Na entrevista, Lula voltou a tentar serenar os ânimos do País polarizado. “Quando eleições acabam, a gente tem que governar”, declarou o presidente. O presidente voltou a atribuir a divergências ideológicas a resistência do agronegócio ao seu governo. “O problema conosco é ideológico. Não é dinheiro ou o Plano Safra”, afirmou.

 

Em uma live na terça-feira, Lula afirmou que “nunca teve problema” com o agronegócio. O problema pode ser ideológico. Se for ideológico, paciência, nós vamos estar em campos ideológicos diferentes”, disse.

 

Na entrevista desta quinta-feira, Lula ainda fez um aceno à ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro Tereza Cristina (PP-GO), eleita com votação expressiva no Estado que o petista visitará amanhã. “Não conheço Tereza Cristina, mas tenho impressão de que ela é muito séria”, acenou Lula.

 

 

Posted On Quinta, 15 Junho 2023 14:18 Escrito por
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