Por Raquel Landim - Colunista do UOL
Bolsonaristas e líderes do centrão fizeram um acordo e querem eleger 44 senadores em 2026. Somando os mandatos de senadores desse grupo que só vencem em 2023, o bloco chegaria a 59 senadores.
Segundo apurou a coluna, o ex-presidente Jair Bolsonaro se comprometeu a apoiar um senador bolsonarista e um aliado moderado em cada um dos Estados.
Um importante líder da oposição calcula que seria possível eleger 40 senadores no Centro-Sul, região onde o bolsonarismo é mais forte, e mais quatro no Nordeste, onde o lulismo prepondera.
Com essa maioria, o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), particularmente do ministro Alexandre de Moraes, pode entrar na pauta a partir de 2027.
Neste domingo (1), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou preocupação com essa articulação da oposição pelo Senado.
"Para o Brasil, tem que pensar onde a gente pode eleger e pegar os melhores quadros e eleger senador, deputado, porque nós precisamos ganhar maioria no Senado. Porque, senão, vão avacalhar a Suprema Corte", disse Lula durante o Congresso do PSB.
ESQUERDA VÊ EXAGERO
Líderes da esquerda veem exagero nas contas da oposição, que hoje tem apenas 25 senadores. Um importante líder do governo reconheceu à coluna, no entanto, que existe a possibilidade de eles conseguirem atingir uma maioria de 41 senadores
"Nossa estratégia hoje é fazer senadores lulistas e não necessariamente apenas aumentar a bancada do PT", afirmou.
Os articuladores do governo estão fazendo um levantamento Estado por Estado e pretendem ter um levantamento dos candidatos mais viáveis para apresentar para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.