Ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e mais 9 são presos pela PF

Posted On Quinta, 13 Novembro 2025 14:31
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Alessandro Stefanutto e o presidente Lula Alessandro Stefanutto e o presidente Lula

PF e CGU realizaram uma operação para localizar e prender 10 suspeitos de envolvimento no esquema

 

 

Por Giovana Cardoso

 

 

A Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) nesta quinta-feira (13), teve como alvos de mandado de prisão o ex-presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) Alessandro Stefanutto e outros nove suspeitos de envolvimento no esquema nacional de cobranças indevidas em aposentadorias e pensões.

 

No total, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares diversas de prisão. Dos estados envolvidos estão o Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.

 

Veja quem foi preso na operação:

 

• Vinícius Ramos da Cruz - presidente do ITT (Instituto Terra e Trabalho)

• Alessandro Antônio Stefanutto - ex-presidente do INSS

 

• Tiago Abraão Ferreira Lopes - presidente da Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil)

 

• Antonio Carlos Camilo - empresário conhecido como “Careca do INSS”

 

• Samuel Chrisostmo do Bonfim Júnior - operador financeiro da Conafer

 

• Cícero Marcelino de Souza Santos - empresário ligado à Conafer

 

• Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho - ex-procurador-geral do INSS

 

• Thaisa Hoffmann Jonasson - esposa de Virgílio

 

• André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);

 

Também há um mandado de prisão aberto contra o presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes, porém ele não foi localizado em sua residência.

 

Alvos de busca e apreensão:

 

• Ex-ministro da Previdência Ahmed Mohamad Oliveira (José Carlos) foi alvo de mandados de busca e apreensão e terá que usar tornozeleira eletrônica.

 

• Deputado federal Euclydes Pettersen (Republicanos-MG)

 

• Deputado estadual do Maranhão Edson Araújo (PSB)

 

• Anderson Pomini, presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS)

 

Na casa do deputado Edson, foi encontrado cédulas de dinheiro, mas o valor ainda não foi divulgado.

 

Indicação de Stefanutto é de "minha inteira responsabilidade", disse Carlos Lupi

 

 

Defesas

 

Por meio de nota, o deputado Euclydes Pettersen se manifestou, afirmando que o parlamentar nunca teve vínculo com o INSS, seus dirigentes ou decisões administrativas, porém “recebe a ação com serenidade e respeito às instituições”.

 

Sobre a CONAFER, o deputado reiterou o que já disse em plenário e negou ter participado da gestão da entidade ou ter qualquer relação ilícita com a empresa.

 

“Defendo investigações rigorosas e confio plenamente na Polícia Federal, no MPF e no STF. ”Estou à disposição para todos os esclarecimentos e certo de que a verdade prevalecerá“, completou Pettersen.

 

Em outra nota, o deputado defendeu que “toda operação representa, para alguns, um fim, e para outros, uma libertação” e que já foi alvo de duas outras investigações. “Em uma delas, fui absolvido, e na outra, o Judiciário sequer recebeu a denúncia, por falta de provas que comprovassem qualquer prática criminosa”, escreveu.

 

“Deixo claro que apoio integralmente o trabalho das autoridades competentes e me coloco à inteira disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários. Acredito na justiça, na verdade e na importância das investigações sérias, conduzidas dentro da legalidade e com total transparência”, finalizou o parlamentar.

 

Stefanutto

Em nota, o ex-presidente do INSS afirmou que não teve acesso ao teor da decisão que decretou a prisão dele e que vai buscar as informações que fundamentaram o decreto para tomar as providências necessárias.

 

Stefanutto disse, ainda, que se trata “de uma prisão completamente ilegal, uma vez que ele não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação”.

 

 

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