O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta segunda-feira (8) a divisão do fundo eleitoral de R$ 2 bilhões. O dinheiro vai abastecer as campanhas de prefeitos e vereadores nas eleições municipais deste ano.

 

Por Edson Rodrigues

 

Maiores bancadas na Câmara, PT, PSL e PSD ficaram com as maiores parcelas – R$ 200 milhões, R$ 193 milhões e R$ 157 milhões respectivamente.

 

O primeiro turno está marcado para o dia 4 de outubro, mas pode ser adiado para mitigar os riscos da pandemia do novo corona vírus. Além do dia de votação em si, o calendário eleitoral prevê convenções partidárias, testes das urnas eletrônicas e a própria campanha – compromissos que podem ser afetados pela Covid-19.

 

CALENDÁRIO MANTIDO

Apesar da divisão do fundo eleitoral e da possibilidade de adiamento das eleições, confira, por tópicos, que o calendário eleitoral continua mantido, ressalvando alterações pontuais, de acordo com o avanço ou não da pandemia.

 

1) Em junho é a data programada para os testes nas urnas eletrônicas, e essa ação não for possível, o que pode acontecer a respeito das eleições 2020?

Em razão da pandemia mundial da Covid-19, o TSE instituiu um Grupo de Trabalho para avaliar se é possível realizar ou não as eleições em outubro de 2020. Esse Grupo de Trabalho GT, faz diversas análises e colhe dados dos Tribunais Regionais Eleitorais do País, bem como emite relatórios periódicos tomando por base a situação verificada a cada momento. Até agora o GT recomenda que todos os prazos sejam foram mantidos, porém, o Min. Barroso não se descarta a possibilidade de adiamento, e segundo suas declarações, esta decisão deverá ser tomada até o mês de junho.

 

2) Já se esgotaram todos os prazos para partidos acertarem documentação e quem pretende ser candidato. O que deve fazer quem se sentir lesado por não conseguir cumprir os prazos, por causa da pandemia?

 

O candidato que se sentir lesado deve procurar a Justiça Eleitoral explicitando as razões. Porém, até o momento o posicionamento é de que os prazos deveriam ter sido todos cumpridos, sem qualquer prorrogação.

3) O que é necessário fazer, legalmente, para o adiamento das eleições e em que situação isso se daria? 

 

Para o adiamento das eleições é necessário a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) uma vez que a data do "dia da eleição" está prevista na Constituição Federal. Importante informar que já existem Propostas protocolizadas no Congresso que que preveem o adiamento das eleições e até mesmo a unificação das eleições municipais com as demais.

 

 

4) O que pode mudar para partidos e candidatos, a possível alteração na data das eleições 2020? 

Estes critérios de distribuição ficam por conta do Diretório Nacional dos Partidos, inclusive sobre abrir ou não "mão do dinheiro". Uma das principais alterações será o início da campanha, que é previsto para o dia 16 de agosto.

 

 5) É possível que mandatos dos atuais prefeitos e vereadores sejam prorrogados? Por quê? Como isso se daria? 

Muito se discute sobre o assunto. Porém, para o TSE haverá apenas a possibilidade do adiamento da data, para que não se afronta a Soberania Popular, ou seja, as pessoas elegeram seus governantes para um mandato de 4 anos. Além do mais para prorrogar mandato, seriam necessárias diversas alterações nas legislações ordinárias e na Constituição Federal.

 

 6) O que acontece com quem não regularizou o título de eleitor até a data limite? 

O candidato tinha até o dia 6 de maio para regularizar o título. Em razão dos cartórios estarem fechados, o serviço foi disponibilizado online, motivo pelo qual, em tese, o eleitor que não regularizou, terá o título cancelado e não poderá votar nas eleições de 2020. Porém, houve várias reclamações de eleitores de que o sistema estava instável, fato que se for comprovado, poderá acarretar na prorrogação destes prazos.

 

Mais cedo, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e Rodrigo Maia (DEM-RJ), (foto) que especialistas recomendaram adiar o pleito por algumas semanas, empurrando a votação entre o fim de novembro e início de dezembro.

 

Questionados, os representantes do Judiciário e do Legislativo vêm afirmando que a intenção é garantir que o resultado final seja divulgado ainda em 2020, para que não seja necessário prorrogar os mandatos atuais de prefeitos e vereadores.

 

DISTRIBUIÇÃO

A lei prevê a seguinte distribuição do fundo:

 

2% distribuídos igualmente entre todas as legendas registradas;

 

35% consideram a votação de cada partido que teve ao menos um deputado eleito na última eleição para a Câmara;

 

48% consideram o número de deputados eleitos por cada partido na última eleição, sem levar em conta mudanças ao longo da legislatura;

 

15% consideram o número de senadores eleitos e os que estavam na metade do mandato no dia da última eleição;

 

Os recursos do Fundo Eleitoral só serão disponibilizados aos partidos depois de a sigla definir critérios para a sua distribuição. Essas instruções têm de ser aprovadas pela maioria absoluta da executiva nacional da sigla e, depois, divulgadas ao público.

 

Entre as novas regras fixadas pelo TSE para o uso do fundo, neste ano, está a proibição para que os partidos políticos repassem esses recursos para candidatos de outras coligações.

 

Outra medida é a de que os gastos com advogados e contadores não poderão mais entrar no limite de gastos com apoiadores previsto em lei.

 

Valor por partido

PT: R$ 200.925.914,05

PSL: R$ 193.680.822,47

PSD: R$ 157.180.452,52

MDB: R$ 154.867.266,21

PP: R$ 140.245.548,54

PSDB: R$ 26.028.246,07

PL: R$ 123.291.771,52

DEM: R$ 114.582.014,53

PSB: R$ 109.473.374,53

Republicanos: R$ 104.420.877,14

PDT: R$ 99.268.623,40

PODE: R$ 88.650.237,68

PROS: R$ 44.662.782,92

Solidariedade: R$ 42.226.143,46

PSOL: R$ 40.671.705,00

Cidadania: R$ 39.432.103,26

Novo: R$ 36.593.934,06

PTB: R$ 35.104.450,75

PSC: R$ 33.174.133,61

PCdoB: R$ 30.975.329,95

Avante: R$ 28.147.299,59

Patriotas: R$ 27.486.008,90

PV: R$ 20.513.797,41

Rede: R$ 20.420.046,72

PMN: R$ 5.872.173,76

PTC: R$ 5.634.758,31

DC: R$ 4.025.171,90

PCB: R$ 1.233.305,95

PCO: R$ 1.233.305,95

PMB: R$ 1.233.305,95

PRTB: R$ 1.233.305,95

PSTU: R$ 1.233.305,95

UP: R$ 1.233.305,95

Total: R$ 2.034.954.823,96

 

Posted On Terça, 09 Junho 2020 14:10 Escrito por O Paralelo 13

Do O Antagonista

 

O Tribunal Penal Internacional deu o primeiro passo para iniciar um processo contra Jair Bolsonaro por crime contra a humanidade. A Corte sediada em Haia, na Holanda, informou que vai analisar representação do PDT que acusa o presidente pela postura no enfrentamento da pandemia de Covid-19.

 

O recebimento da representação ainda não significa que será iniciada uma investigação, apenas que os fatos apresentados pelo PDT serão analisados. Advogado do partido, Walber Agra considera o ato importante, uma vez que o mais comum é que a Procuradoria do TPI rejeite a representação contra presidentes em exercício.

 

De acordo com a denúncia, Bolsonaro tem contrariado recomendações para reduzir a velocidade de contágio. Com isso, contribuiu para o colapso do sistema de saúde e colocou em risco a vida da população, segundo o PDT.

 

A denúncia enumera várias ocasiões em que Bolsonaro ignorou a Organização Mundial da Saúde e próprio Ministério da Saúde. Entre elas, o comparecimento a manifestações populares, incentivando a aglomeração de pessoas; visita a hospitais; discursos contra o isolamento social; e ampliação de serviços essenciais que não podem parar.

 

A denúncia não deixou de fora o pronunciamento oficial em que o presidente chamou a Covid-19 de “gripezinha”.

 

“Ressoa inconteste que as falas irresponsáveis proferidas pelo Presidente da República, sobre o novo Coronavírus, influenciam o comportamento dos cidadãos para o descumprimento das medidas necessárias ao combate do Covid-19”, diz a representação.

 

O documento apresenta ainda um gráfico relacionando o aumento do número de mortes por Covid com falas de Bolsonaro. Esse seria o indício de que o presidente cometeu crimes contra a humanidade por sua ação direta. Ou seja, agiu para que o contágio e as mortes aumentassem.

 

O PDT também acusa Bolsonaro de crime contra a humanidade por omissão, ao deixar de tomar medidas para enfrentar a pandemia. Citam como exemplo o anúncio do Ministério da Saúde de que o governo não adotaria a política de testes em massa para detectar infectados e nem a substituiria por outra medida, contrariando outra recomendação da OMS.

 

“Como se vê, são diversos e recorrentes os atos criminosos do Presidente da República Federativa do Brasil causaram intencionalmente grande sofrimento e afetam gravemente a saúde e a integridade física da população brasileira”, conclui a denúncia.

 

Posted On Terça, 09 Junho 2020 03:43 Escrito por O Paralelo 13

Roberto Barroso diz que especialistas da saúde apoiam adiamento das eleições

 

Por Congresso Em Foco

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou que há uma concordância entre especialistas na área de saúde quanto ao adiamento do primeiro turno das eleições municipais deste ano para o mês de novembro ou dezembro.

 

Em reunião, nesta segunda-feira (8), com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o vice-presidente do TSE, Edson Fachin, Barroso disse que oito especialistas consultados orientaram para que as eleições sejam realizadas ainda neste ano, mas que o primeiro turno deve ser postergado para uma data entre a segunda quinzena de novembro e o início de dezembro. “Todos os especialistas têm posição de consenso de que vale a pena adiar por algumas semanas, mas não deixar para ano que vem porque não muda muito do ponto de vista sanitário. Eles acham que agosto e setembro, a curva pode ser descendente. Endossaríamos, portanto, a ideia de adiar por algumas semanas”, afirmou o presidente do TSE durante a reunião.

 

Conforme o calendário eleitoral, o primeiro turno deve ocorrer no início de outubro, mas por conta da pandemia de covid-19 é discutido uma alteração.

 

Em entrevista concedida nesta segunda-feira (8) a CNN Brasil, Maia disse que planeja para a semana que vem uma reunião entre os líderes da Câmara e do Senado com a equipe de médicos e especialistas consultada por Barroso, para que o Parlamento possa tomar uma decisão.

 

A expectativa é que essa questão eleitoral seja definida até o final deste mês. "É importante que os líderes ouçam os médicos, os cientistas e depois encaminhem para dentro de suas bancadas, de seus deputados e senadores para que a gente decida até o final de junho e que a partir daí possa aprovar uma emenda constitucional", afirmou o presidente da Câmara.

 

Maia também destacou que a definição deve seguir os parâmetros científicos e a situação da pandemia no Brasil. “É claro que cada um tem uma data, mas o ideal é que seja baseado nas questões da Ciência, do avanço da pandemia, das curvas de crescimento, para que a decisão do Parlamento seja a decisão correta”, concluiu.

 

*Com informações da Agência de Notícias do TSE

 

Posted On Terça, 09 Junho 2020 03:35 Escrito por O Paralelo 13

Por Larissa Calixto

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a falta de transparência do Ministério da Saúde na divulgação dos dados sobre o avanço da covid-19 no país. "Brincar com morte é perverso. Ao alterar os números, o Ministério da Saúde tapa o sol com a peneira", afirmou o presidente da Câmara em postagem no Twitter durante a madrugada (8).

 

Na noite da última sexta-feira (5), a pasta informou que o boletim com a atualização diária dos números de covid-19 no Brasil passarão a ser divulgados às 22 horas. Até então o boletim era divulgado às 19 horas.

 

Além disso, na semana passada Carlos Wizard, que assumiria a Secretaria de de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, afirmou em entrevista que a contagem de casos e de óbitos seria revista. Ele acusou governadores e prefeitos de inflarem números. A declaração foi alvo de fortes críticas. Na noite de domingo (7) Wizard anunciou que não assumirá mais o cargo e pediu desculpas pela declaração.

 

O presidente da Câmara replicou uma matéria do portal de notícias G1 que fala sobre a divergência nos dados divulgados pelo ministério. Maia defendeu urgência para resgatar a credibilidade do balanço do governo. Segundo ele, essa atitude "cria um mundo paralelo para não enfrentar a realidade dos fatos".

 

Brincar com a morte é perverso. Ao alterar os números, o Ministério da Saúde tapa o sol com a peneira. É urgente resgatar a credibilidade das estatísticas. Um ministério que tortura números cria um mundo paralelo para não enfrentar a realidade dos fatos. https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2020/06/07/ministerio-divulga-dados-divergentes-de-casos-e-de-mortes-sobre-coronavirus.ghtml …

 

Ministério divulga dados divergentes de casos e de mortes sobre coronavírus
O primeiro balanço do ministério apontava para 1.382 novas mortes. O segundo, no entanto, divulgado na página oficial do governo, informava para 525 óbitos.

 

Em outro post Maia informa que a Câmara vai se debruçar sobre as estatísticas. Ele cobrou mais uma vez do Ministério da Saúde que respeite o povo brasileiro, dando transparência aos números da doença.

 

 

 

 

Posted On Segunda, 08 Junho 2020 13:34 Escrito por O Paralelo 13

Com Congresso Em Foco

 

A Câmara tentará votar nesta semana projetos e medidas provisórias remanescentes da semana passada. Os deputados devem analisar a MP 927/2020, que permite atraso no recolhimento de FGTS durante a pandemia. Também consta da pauta a MP 944/2020, que libera crédito para ajudar pequenos empresários no pagamento de funcionários. Outra MP pronta para votação é a 932/2020, que diminui repasses ao sistema S.

 

Há outros itens em pauta, que poderão ter prioridade ou serem preteridos pelos líderes partidários. Entre eles, o Projeto de Lei 675/20, que suspende a inclusão de novos inscritos em cadastros negativos como Serasa e SPC durante a pandemia de covid-19. A proposta foi aprovada pelos deputados no último dia 9 de abril e será novamente analisada porque foram feitas alterações no Senado.

 

As principais informações deste texto foram enviadas antes para os assinantes dos serviços premium do Congresso em Foco. Cadastre-se e faça um test drive.

 

Segundo o texto do Senado, durante o estado de calamidade pública relacionada ao coronavírus (até 31 de dezembro de 2020), a inscrição de registros de informações negativas de consumidores relativas às obrigações de dívidas deverá ser apartada dos cadastros normais. Transcorrido esse período, o cadastro volta à situação normal, exceto se houver pedido de renegociação por parte do devedor.

 

O texto estabelece que, durante o estado de calamidade pública, as inscrições de registros de informações negativas dos consumidores, inclusive aquelas anteriores à pandemia da Covid-19, não poderão ser usadas para restringir o acesso a linhas de crédito ou programas de fomento que visem ao enfrentamento das consequências econômicas da pandemia.

Ficarão suspensas as execuções judiciais cíveis propostas contra consumidores por obrigações vencidas a partir de 1º de janeiro de 2020.

Em caso de descumprimento das regras pelos cadastros de crédito, os valores arrecadados com multas serão destinados ao combate à Covid-19: aquisição de medicamentos, insumos, materiais e equipamentos.

 

O texto dos senadores também obriga os bancos públicos a disponibilizar linhas especiais de crédito de até R$ 10 mil para a renegociação de dívidas dos consumidores inscritos nos cadastros negativos.

Além do PL 675/20, a pauta de terça-feira inclui outros sete projetos de lei e quatro medidas provisórias. Na quarta-feira (10), poderão ser votados, entre outros, o Projeto de Lei 1013/20, que suspende o pagamento de dívidas de clubes de futebol no âmbito do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut); e o Projeto de Lei 3267/19, que reformula o Código de Trânsito Brasileiro.

Com informações da Agência Câmara

 

 

Posted On Segunda, 08 Junho 2020 13:30 Escrito por O Paralelo 13
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