ACM Neto defende saída do União Brasil do governo Lula e candidatura própria em 2026

Posted On Terça, 27 Mai 2025 15:03
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Vice-presidente do partido afirma que manter cargos no governo petista é “incoerente”

 

 

Por Marina Verenicz

 

 

O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, defendeu nesta terça-feira (27) o rompimento do partido com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a entrega dos ministérios ocupados pela legenda.

 

Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-prefeito de Salvador afirmou que a continuidade do apoio institucional ao governo é incompatível com o projeto político que o partido pretende construir para 2026.

 

“Não faz sentido ocupar cargos no governo se o seu projeto político é oposto a esse. Com a aproximação da eleição de 2026, é hora de sair”, disse Neto.

 

Atualmente, o União Brasil comanda dois ministérios: Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho, e Turismo, com Celso Sabino. Também é o partido responsável pela indicação de Waldez Góes (PDT) para a Integração e Desenvolvimento Regional, por meio de articulação direta com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

 

A declaração de ACM Neto ocorre em um momento estratégico, às vésperas da formalização de uma federação partidária entre União Brasil e PP, legenda que comanda o Ministério do Esporte, sob André Fufuca.

 

Para Neto, o fim do apoio ao governo será inevitável após a federação, e ele promete pressionar internamente para que nenhum integrante da aliança ocupe cargos na Esplanada.

 

“Eu sou completamente contrário à neutralidade. É preciso afirmar a postura de oposição ao projeto do PT e o desejo de construir uma candidatura alternativa para 2026”, disse, ao defender que a federação tenha candidato próprio à Presidência da República.

 

Cotado como favorito à disputa pelo governo da Bahia em 2026, Neto quer reposicionar a legenda como alternativa ao petismo, ainda que admita que, em alguns estados, o alinhamento local com o PT possa continuar.

 

“Não creio que seja a expectativa de ninguém obrigar os estados a seguirem necessariamente uma diretriz nacional. Preferencialmente, sim. Obrigatoriamente, não. A depender da equação, é preciso respeitar”, afirmou, ao comentar o possível apoio da federação ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia.

 

 

 

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