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MOMENTO POLÍTICO E ECONÔMICO DELICADO: TODO CUIDADO É POUCO. UM SOBREVOO

Posted On Quinta, 16 Outubro 2025 07:42
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Por Edson Rodrigues

 

 

Em um momento delicado em que a política e a economia passam a andar de mãos dadas, uma influenciando a outra, com causas e consequências de amplo impacto entre elas, o Observatório Político de O Paralelo13 realiza um sobrevoo analítico sobre o território tocantinense, com atenção especial à capital, Palmas. O cenário é de sirenes ligadas — um chamado de atenção vindo do governador em exercício, do prefeito da Capital, que deve ser ouvido e seguido pelos gestores dos demais 138 municípios do Estado.

 

CAUTELA E CONTENÇÃO

 

Em conversas reservadas com gestores públicos e empresários, o tom é uníssono: cautela. A recomendação dos especialistas em gestão pública é clara — enxugar a máquina, cortar gastos, evitar riscos. A economia mundial vive uma ressaca inflacionária e de juros elevados, e o Tocantins não está imune.

 

DESAFIOS DO GOVERNO DO ESTADO

 

 

O governador em exercício, Laurez Moreira, enfrenta um desafio político e administrativo de grandes proporções. O Estado acumula dívidas com o plano de saúde dos servidores (Servir), fornecedores e prestadores de serviços. Além disso, há o compromisso de manter a máquina pública funcionando com quatro folhas salariais a serem quitadas até 31 de dezembro de 2025 — sem margem para atrasos.

 

Laurez terá que tomar medidas impopulares: cortar gastos, controlar despesas e manter a governança firme. O desgaste político é inevitável, mas a responsabilidade fiscal exige decisões duras.

 

PALMAS: REFORMA ADMINISTRATIVA E CORTE NA PRÓPRIA CARNE

 

 

Na Capital, o prefeito Eduardo Siqueira Campos adotou uma postura firme diante do arrocho financeiro. Sem ceder ao populismo, promoveu uma ampla reforma administrativa, extinguindo 12 órgãos e fundações da prefeitura. As competências foram redistribuídas entre novas secretarias, com o objetivo de reduzir custos e aumentar a eficiência nas ações da gestão.

 

Entidades e órgãos extintos:

 

*             Fundação Escola de Saúde Pública (FespPalmas)

 

*             Agência de Tecnologia da Informação (Agtec)

 

*             Fundação de Esportes e Lazer (Fundesportes)

 

*             Fundação da Juventude (FJP)

 

*             Agência de Turismo (Agtur)

 

*             Secretarias de Habitação, Região Metropolitana, Administração e Modernização, Planejamento Urbano, Governo, Mobilidade Urbana e da Mulher

 

Novas estruturas e redistribuições:

 

*             Criação da Secretaria Municipal de Turismo, Juventude e Esportes

 

*             Reestruturação da Secretaria Municipal da Fazenda, Infraestrutura e Habitação, Planejamento e Gestão, entre outras

 

*             Exoneração de 17 titulares de pastas e nomeação de novos gestores

 

A medida foi oficializada por Medida Provisória publicada no Diário Oficial de Palmas em 14 de outubro.

 

CLIMA DE INCERTEZA E INVESTIGAÇÕES

 

Para dificultar ainda mais a situação, o clima político no Estado é de apreensão. Investigações da Polícia Federal pairam sobre diversos detentores de mandatos legislativos, sob suspeita de práticas não republicanas. Até o momento, nenhum dos investigados teve acesso aos autos, e a população aguarda com ansiedade a divulgação do andamento dessas investigações e espera celeridade na condução dos processos pelos órgãos federais, para que os justos não paguem pelos que sucumbiram à ganância e sujaram suas carreiras na lama da corrupção, pois na atual situação, ninguém sabe em quem confiar.

 

Mas, é necessário que se faça a divulgação dos fatos de forma correta e imparcial, evitando os vazamentos seletivos e informações incompletas, pois são carreiras políticas e reputações que estão em jogo e, quer queira, quer não, tratam-se de parlamentares eleitos pelo voto, escolhidos pelo povo. Ou seja, no fim das contas é a escolha popular que, a vontade do povo que está sob investigação.  E o povo é soberano e merece respeito.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 adota postura de cautela, lembrando que os atos sob investigação tiveram início ainda na gestão do ex-governador Mauro Carlesse, que não é investigado. O então vice-governador Wanderlei Barbosa, hoje afastado, também não era ordenador de despesas à época e, mesmo assim, os dois foram afetados pela condução da investigação.

 

As operações envolvem quebras de sigilo telefônico e coleta de provas já concluídas pela Polícia Federal. O desfecho pode vir a público nas próximas semanas — ou até nas próximas horas, mas que venha da forma correta.

 

Nosso compromisso é com a verdade, mas, antes der tudo, com o povo tocantinense.

 

Em breve voltaremos com mais fatos do interesse do nosso povo tocantinense.

 

Aguardem!

 

 

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