O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) articula a saída de Luciano Bivar (União Brasil) da disputa pelo Palácio do Planalto numa negociação que envolve a disputa à reeleição do deputado em Pernambuco

 

JOSÉ MATHEUS SANTOS, JULIA CHAIB, THAÍSA OLIVEIRA E JOÃO GABRIEL

 

Segundo Bivar relatou a aliados, Lula sinalizou que poderia apoiá-lo na disputa pelo comando da Câmara dos Deputados em 2023, caso vença a eleição, em troca do apoio da União Brasil no primeiro turno.

 

Para Bivar, importa o apoio de Lula não apenas numa eventual busca pela presidência da Câmara no ano que vem, mas também para que ele seja reeleito deputado.

 

Aliados do presidente da União Brasil dizem que sem uma articulação na qual o PT e o PSB construam o apoio de prefeitos do estado a Bivar, seria difícil o parlamentar conquistar nova vaga na Câmara.

 

O parlamentar ficou empolgado com a ideia e conversou com correligionários a respeito. Uma decisão é esperada até sábado (30).

 

A hipótese de a União Brasil apoiar Lula no primeiro turno, porém, é considerada remota por integrantes da cúpula do partido. Isso porque há dirigentes da legenda, como Ronaldo Caiado, pré-candidato à reeleição em Goiás, que seriam prejudicados com o apoio a Lula.

 

Além disso, há ainda nomes como o de Mauro Mendes, pré-candidato ao Governo de Mato Grosso, que já declararam apoio a Jair Bolsonaro (PL).

 

O partido de Bivar detém a maior fatia de fundo eleitoral e o maior tempo de propaganda de rádio e televisão.

 

Para aliados de Lula, conseguir mais espaço na TV traria um impacto importante para a campanha petista e aumentaria as chances de uma definição ainda no primeiro turno.

 

Ainda assim, mesmo que não consiga o apoio formal da União Brasil, a saída de mais um pré-candidato da disputa pelo Planalto e aproximação com o PT teria relevância do ponto de vista da governabilidade de uma eventual gestão Lula.

 

Caso seja eleito, Lula tem como objetivo ter um aliado na presidência da Câmara em 2023. O cargo é determinante na definição de pautas de votação.

 

O atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é aliado de Bolsonaro. Lira exerce forte influência no governo, sobretudo com o controle de parte das emendas de relator, hoje o principal instrumento de negociação entre o Planalto e o Parlamento.

 

O foco de Lula é tentar atrair a União Brasil para a base do governo. Há uma expectativa de dirigentes partidários de que a legenda consiga eleger mais de 50 deputados.

 

Em Pernambuco, a União tem como pré-candidato a governador o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho, filho do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), ex-líder do governo Bolsonaro.

 

O movimento de Bivar pegou de surpresa uma ala da União Brasil em Pernambuco, que já estava com a lista de candidatos a deputado federal e estadual praticamente resolvida. Com a possibilidade de candidatura de Bivar à reeleição, o cenário muda.

 

Aliados de Bivar dizem que ele chegou a tentar articular uma disputa ao Senado com o apoio de Lula, mas a equação seria difícil de ser solucionada. Para se candidatar a senador, Bivar teria de convencer Miguel Coelho a desistir da disputa pelo governo, o que, segundo aliados, está fora de cogitação.

 

Bivar terá uma reunião tida como decisiva nesta sexta-feira (29) no Recife. Deverão participar Miguel Coelho, Fernando Bezerra e outros dirigentes da sigla no estado.

 

Nos bastidores, dirigentes do partido apostam que a sigla conseguirá eleger dois deputados federais em Pernambuco. Os mais cotados são o ex-ministro da Educação Mendonça Filho e o deputado federal Fernando Coelho Filho.

Fernando Bezerra e Jair Bolsonaro

 

Nos bastidores, Bivar tem sinalizado que gostaria que Fernando Filho ou Mendonça desistissem da disputa para facilitar a sua reeleição.

 

A saída proposta por Bivar seria que Mendonça fosse para a disputa ao Senado na chapa de Miguel, mas o ex-ministro não quer apostar na incerteza diante de uma vitória dada como certa para federal.

 

Fernando Filho, por sua vez, não quer abdicar do mandato na Câmara.

 

Prefeitos aliados de Luciano Bivar foram avisados por interlocutores nos últimos dias e já estão preparados para um apoio à candidatura dele à reeleição de deputado, caso se concretize a mudança de planos do parlamentar.

 

Bivar também tenta viabilizar o apoio de prefeitos aliados ao PSB, partido que é o principal aliado nacional de Lula, junto a dirigentes do partido no estado. O presidente da União Brasil tem boa relação com o governador Paulo Câmara (PSB) e com o prefeito do Recife, João Campos (PSB).

 

Em Pernambuco, a União Brasil tem três grupos, liderados por Bivar, Miguel Coelho e Mendonça Filho, respectivamente. Desde o fim de semana, a sinalização de uma possível volta de Bivar para ser candidato a federal provocou um rebuliço nas diferentes alas, que passaram a refazer cálculos nas chapas proporcionais.

 

A convenção do partido em Pernambuco será no próximo domingo (31). Mesmo com a possibilidade de desistência, a convenção de Bivar para a disputa presidencial segue marcada para o dia 5.

 

 

Posted On Sexta, 29 Julho 2022 05:04 Escrito por O Paralelo 13

Os recursos do Fundo Partidário são fartos e podem significar a salvação de muitas candidaturas, por outro lado, ele pode, também, ser o motivo de aposentadorias compulsórias e sepultamentos políticos.

 

Por Edson Rodrigues

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 já bateu diversas vezes na tecla de que os candidatos que realmente querem se eleger sem problemas, devem buscar assessorias jurídicas e contábeis profissionais e experientes, para evitar problemas sérios com o Poder Judiciários Eleitoral e o risco de se elegerem e, depois, serem impedidos de tomar posse, mesmo depois de diplomados, pois, se as contas não baterem e forem rejeitadas, todo o trabalho – e os gastos – terão sido jogados por água abaixo.

 

DEVOLUÇÃO DOS VALORES

 

É bom que fique bem claro que o candidato a governador, senador e, principalmente a deputados federal e estadual, que tiverem suas contas rejeitadas, terão, não só a posse impedida, mas que devolver todos os recursos contestados pela Justiça Eleitoral, sejam próprios ou do fundo eleitoral, com bloqueio e arresto de contas bancárias e bens moveis e imóveis.  E isso vale tanto para os candidatos “estrelas” quanto para os “candidatos profissionais”, “laranjas, mexericas e acerolas”, cotistas femininas ou negros.

 

Nosso Observatório Político vem observando e analisando os nomes contidos nas nominatas, e fica cada vez mais claro que há nomes sem nenhuma representatividade política ou condições normais de se eleger.  E são justamente esses candidatos – e a presença deles nas chapas dos partidos – que estão na mira dos nossos respeitados Ministérios Públicos Eleitoral, Federal e Estadual, que observarão com lupa qualquer deslize ou indício de crime eleitoral.  E isso não é uma ameaça, é uma constatação de que, sob ataques, a Justiça Eleitoral irá agir com um rigor jamais visto na história política do País.

 

Por esses e outros motivos, voltamos a alertar que a utilização dos recursos do Fundo Partidário será um dos fatores mais determinantes nestas eleições de outubro próximo, pois o objetivo é tirar de circulação os “candidatos profissionais”, os falsos profetas e os oportunistas que querem fazer das eleições um caminho para o enriquecimento e para os ganhos desenfreados.

 

Afinal, estamos falando de muito dinheiro público sendo empregado para a realização das campanhas eleitorais, em um valor recorde na história das eleições.  Ao mesmo tempo, a Justiça Eleitoral que fazer com que esses valores sejam utilizados para uma depuração política, para uma eleição que seja um marco na assepsia e na retidão, sem lugar para os políticos profissionais e para os falsos profetas.

 

Portanto, senhores candidatos, é hora de colocar as barbas de molho, refazer as contas, contratar uma assessoria contábil e jurídica profissional e experiente, redefina suas pretensões eleitorais e só utilize o recurso necessário no lugar certo.

 

É melhor prevenir, que remediar.

 

Boa sorte a todos!

 

Posted On Quinta, 28 Julho 2022 08:25 Escrito por O Paralelo 13

Ciro, no entanto, manifestou desejo de ir ao segundo turno contra Lula. "Eu gostaria que o Brasil se livrasse do Bolsonaro já no primeiro turno."

 

Com Agencias 

 

"Se eu for para o segundo turno com o Bolsonaro, claro que eu quero o apoio do Lula. O contrário (apoiar Lula), não é mais viável. Como eu dizendo que eles são corruptos, incompetentes, vou subir no palanque com eles? Passa a ser cumplicidade. Lula é responsável maior pela tragédia que está acontecendo no País", disse o presidenciável em entrevista ao Central das Eleições, da GloboNews.

 

Ciro, no entanto, manifestou desejo de ir ao segundo turno contra Lula. "Eu gostaria que o Brasil se livrasse do Bolsonaro já no primeiro turno." Em 2018, quando não chegou ao segundo turno, Ciro evitou declarar apoio ao então candidato do PT, Fernando Haddad, que disputou a etapa final da eleição com Jair Bolsonaro.

 

Segundo pesquisa Ipespe divulgada na segunda-feira, Ciro segue em terceiro lugar na disputa, com 9%; Simone Tebet (MDB) tem 4%; André Janones (Avante), 2%; Pablo Marçal (Pros) e Felipe D’Avila (Novo) têm 1% cada. Outros pré-candidatos não pontuaram. À frente estão Lula e Bolsonaro, com 44% das intenções de voto e 35%, respectivamente.

 

PSB

 

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que a aliança com o PT é "indestrutível". Segundo ele, a divergência com os petistas em torno da candidatura do deputado Alessandro Molon (PSB) ao Senado será discutida internamente "na base do diálogo e do convencimento". Com cobranças do PT ao cumprimento do acordo entre os partidos, o pré-candidato ao governo do Estado, deputado Marcelo Freixo, selou a aliança com o ex-prefeito Cesar Maia (PSDB) em reunião em um hotel em São Conrado.

 

Ao lado da deputada Benedita da Silva (PT) e do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (PSDB), Siqueira não confirmou a candidatura de Molon. Disse ainda que a aliança no Rio de Janeiro "não será rachada". "Nossa aliança é indestrutível. Não podemos ter pequenez. Não acredito que essa frente poderá ser rachada. Acreditamos que encontraremos a solução. Estamos tratando a eleição do Rio de Janeiro na base do diálogo internamente", afirmou Siqueira.

 

A participação de Siqueira no lançamento da chapa de Freixo e Maia foi apenas um dos seus compromissos no Rio. O principal objetivo da visita é tentar solucionar a crise entre Molon e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano (PT), pela vaga da chapa ao Senado.

 

Os petistas afirmam que, pelo acordo com o PSB, teriam apoiado Freixo em troca da vaga para tentar o Senado pela coligação. Molon, porém, nega que esse acerto tenha sido feito. Outro complicador é que o deputado pessebista tem bom desempenho nas pesquisas de intenção de voto para senador, com mais de 10% em todas. Isso o fortalece na disputa. Já Ceciliano tem em torno de 4% e fica entre os últimos colocados.

 

Defensores de Molon apontam a proximidade do presidente da Assembleia Legislativa do governador Cláudio Castro (PL), que consideram excessiva, para acusar Ceciliano de apoiar o voto Castro/Lula. Nesse cenário, o petista apoiaria a reeleição do mandatário estadual, que é ligado ao presidente Jair Bolsonaro, e o voto em Luiz Inácio Lula da Silva para presidente.

 

 

Posted On Quinta, 28 Julho 2022 08:22 Escrito por O Paralelo 13

Após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, indeferir pedido do prefeito de Cacimbinhas (AL), Hugo Wanderley, aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), para adiar a convenção do MDB, a senadora Simone Tebet (MS) deve ser homologada com o apoio de ampla maioria do partido como candidata à Presidência da República nesta quarta-feira, 27.

 

Por Pedro Venceslau

 

Segundo integrantes da ala pró-Lula no MDB, o movimento de Renan Calheiros foi um ato isolado e um gesto para “mostrar serviço” ao ex-presidente. Na prática, os diretórios regionais emedebistas estão liberados nos Estados para apoiar quem quiserem.

 

Com apoio do presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), Simone Tebet conseguiu pacificar a legenda institucionalmente e evitar uma disputa fratricida no dia da convenção. “Atuamos para reposicionar o MDB desde 2019. Lutamos por uma Câmara e o Senado independentes, e recusamos qualquer participação no governo. A candidatura da Simone é o resultado de todo esse processo de renovação democrática do MDB. Ela sempre foi emedebista, tem experiência no Executivo e no Legislativo e fez um grande trabalho no Senado”, disse Baleia Rossi ao Estadão.

 

Pela primeira vez na história do partido, uma convenção presidencial do MDB será no formato virtual, o que gerou protestos de integrantes da sigla. Mesmo assim, o voto será secreto e o encontro será transmitido ao vivo pelo Youtube.

 

O PSDB e o Cidadania também realizam suas convenções nesta quarta-feira e vão formalizar o apoio à candidata emedebista, apesar de ainda existirem pendências regionais entre os partidos, em especial no Rio Grande do Sul. A expectativa entre os dirigentes era de que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) fosse anunciado como candidato a vice, mas o tucano desistiu, nesta terça-feira, 26, de concorrer. A preferida para a vaga é a senadora Eliziane Gama (Cidadania -DF).

 

“A Justiça Eleitoral devolveu a tranquilidade ao partido e tirou o clima de disputa. Essa será uma convenção homologatória”, disse o ex-deputado federal Lucio Vieira Lima (MDB-BA), que integra o grupo pró-Lula no partido.

 

A leitura entre caciques do MDB é que o partido deve se manter em rota de aproximação com Lula e apoiar o ex-presidente no 2° turno. Os petistas mantém canais de diálogos abertos até com o ex-presidente Michel Temer, que apoiou o movimento pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

 

Depois da convenção, MDB e PSDB esperam realizar mais dois eventos juntos de lançamento da chapa: um em Três Lagoas (MS), cidade natal de Simone Tebet, e outro em São Paulo. Aliados da candidata esperam que ela conte com R$ 40 milhões dos cerca de R$ 400 milhões do Fundo Eleitoral do MDB, o que seria equivalente a 10% dos 30% reservados à cota de mulheres.

 

 

 

Posted On Quarta, 27 Julho 2022 06:34 Escrito por O Paralelo 13

Federação de partidos quer cobrança de multa de R$ 1,48 milhão. Partido de Bolsonaro desembolsou R$ 742 mil em peças de 15 a 30 segundos no YouTube no fim de semana.

 

Com Agências 

 

O Partido dos Trabalhadores (PT) entrou na segunda-feira, 25, com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o Partido Liberal (PL) por suposto impulsionamento irregular de conteúdo eleitoral nos dois dias que antecederam a convenção que oficializou a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL), à reeleição para o Palácio do Planalto. O Estadão entrou em contato com o PL, mas o partido disse que não irá se pronunciar sobre o caso.

 

Em dois dias, 22 e 23 de julho, o PL gastou R$ 741 mil em 15 anúncios, segundo plataforma de transparência do Google, que apresenta dados sobre mídia paga. Um dos pedidos do PT é a interrupção imediata dos impulsionamentos dos 15 vídeos. Segundo cálculos feitos a partir de dados aproximados fornecidos pela plataforma, os vídeos teriam alcançado, no mínimo, 74,35 milhões de visualizações, podendo chegar a quase 82 milhões. O Partido dos Trabalhadores calculou 81 milhões de visualizações.

 

Além disso, o PT demanda o pagamento de multa equivalente ao dobro do valor gasto para impulsionar os vídeos, o que totalizaria mais de R$ 1,4 milhão. O último pedido é que haja investigação sobre a origem dos recursos aplicados para averiguar um possível uso irregular de recursos do Fundo Partidário no impulsionamento dos vídeos.

 

Segundo os advogados do Partido dos Trabalhadores, os vídeos configuram violação às regras de propaganda no período de pré-campanha, "dada a inobservância do dever de moderação de gastos com impulsionamento previsto na legislação eleitoral".

 

No vídeo em questão, apresentado como anúncio online no Youtube, o Partido Liberal se refere a Bolsonaro como "capitão do povo", afirmando que ele seria a "salvação" do Brasil. Já a representação feita pelo PT se refere a trechos do jingle para a pré-campanha de Jair Bolsonaro, lançado pela dupla sertaneja Mateus e Cristiano, cujo trecho diz que o atual presidente "vai vencer de novo".

 

Bolsonaro já havia divulgado o jingle no Facebook em maio deste ano, durante live com a participação da dupla sertaneja, além da presença do pré-candidato a vice, general Braga Netto, e o empresário Luciano Hang.

 

 

 

Posted On Terça, 26 Julho 2022 15:04 Escrito por O Paralelo 13
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