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Sucessão Estadual 2026: tudo caminha para surpresas e entendimentos

Posted On Segunda, 04 Agosto 2025 05:27
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Por Edson Rodrigues

 

 

Quanto menos se fala e mais se ouve, mais se fortalece a percepção de que os fatos, ainda em gestação, serão os ingredientes principais que irão compor a formatação de um, ou talvez dois, três e até quatro tabuleiros sucessórios para 2026. Após mergulharmos pelos bastidores e entrelinhas das articulações partidárias em diversas tendências, o Observatório Político de O Paralelo13 apresenta a seguir um resumo detalhado do processo sucessório que começa a tomar corpo no Tocantins.

 

As astúcias políticas de Siqueira Campos

 

Faz-se necessário um mergulho nos ensinamentos do saudoso governador Siqueira Campos, estadista que sempre soube fazer do limão uma limonada, do inimaginável uma construção concreta, e do adversário político, um aliado estratégico.

 

Do fel ao mel, Siqueira foi, é, e por muito tempo será lembrado como um líder visionário, um exemplo de político e ser humano desapegado de bens materiais, de riquezas ou vaidades. Seu foco sempre foi o Tocantins.

 

 

João Cruz e Siqueira Campos 

 

Em dois momentos marcantes de sua trajetória, Siqueira, com o apoio do mestre dos mestres, Dr. Brito Miranda, seu homem de confiança, conseguiu trazer para sua base política João Cruz, o “João do Povo”, seu ex-adversário e concorrente ao governo, que se tornaria seu vice-governador em 2002. Mesmo oriundo do MDB, partido de oposição à União do Tocantins, João Cruz uniu forças com Siqueira, consolidando uma das alianças mais improváveis da história política do estado.

 

Mas o grande feito viria com a articulação que levou o então deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Miranda, filho do Dr. Brito, ao comando da chapa da União Tocantinense. Mesmo enfrentando um cenário de pesquisas desfavoráveis e um governo desgastado, o grupo de Siqueira foi audacioso e incrivelmente eficaz e naquele período elegeu dois senadores, 19 deputados estaduais e seis federais.

 

Siqueira Campos, Brito e Miranda

 

A história comprova que com inteligência política, até os ventos contrários podem impulsionar uma travessia vitoriosa.

 

Na época, a união entre Siqueira e João Cruz que refletia na União do Tocantins e MDB, maior partido de oposição, desarmou a todos e saíram vitoriosos nas urnas.

 

Wanderlei Barbosa: presente e futuro

 

 

O Observatório Político de O Paralelo13 enxerga, no momento político vivido pelo Tocantins sob a liderança do governador reeleito Wanderlei Barbosa, uma grande luz que pode sim iluminar os próximos caminhos do estado e da sua classe política. O Tocantins vive um dos seus melhores momentos desde a sua criação. Suas principais lideranças políticas, quase todas no pleno gozo de mandatos legítimos outorgados pelo povo, convivem em harmonia e respeito institucional.

 

Wanderlei Barbosa, com uma das maiores aprovações populares entre os governadores do país, vem conduzindo uma gestão marcada por programas sociais de alcance real e obras estruturantes em andamento, como os hospitais regionais de Araguaína e Gurupi, além de inúmeros investimentos em infraestrutura que devem transformar o estado em um grande canteiro de obras neste segundo semestre.

 

Apesar de não poder disputar novamente o governo estadual, há grande expectativa de que o governador possa ser candidato ao Senado em 2026. Seja qual for o caminho, Wanderlei reúne plenas condições de sentar à mesa e construir uma grande união entre as principais lideranças, mirando um projeto de estado que vá além de 2026. No momento certo, caberá a ele costurar uma frente ampla, em torno de uma chapa majoritária sólida, que projete o Tocantins para o futuro.

 

O desafio é separar estratégia de fofoca

 

Mas nem tudo são flores. A política tocantinense também convive com o submundo das “fofocas”, dos “amigos do poder” e dos “ratos do sistema”, que transitam entre gabinetes e bastidores, prontos para espalhar narrativas quase verossímeis, tão detalhadas que beiram a verdade, mas que têm como único objetivo desestabilizar lideranças e criar ruídos.

 

Esses personagens, frequentemente bem posicionados nos parlamentos, nas prefeituras e até em cargos executivos, alimentam a política da intriga com informações plantadas e supostos “furos” que servem apenas para minar projetos em gestação. O alerta do Observatório Político é claro e direto, uma vez que esperamos “que os fofoqueiros e os ratos do poder não tenham êxito sobre o sonho do Tocantins unido”.

 

O desafio agora é costurar, com sabedoria e ousadia, uma frente política sólida, capaz de apresentar ao Tocantins uma proposta de continuidade com inovação. O Observatório Político de O Paralelo13 continuará atento aos movimentos discretos, às entrelinhas partidárias e às alianças em formação, ciente de que, como na política do mestre Siqueira, os grandes acertos se fazem nos momentos de escuta e silêncio.

 

Que o Tocantins saiba, mais uma vez, fazer da política uma arte de unir e do futuro, um projeto coletivo.

 

Oposição

 

Não poderíamos finalizar esta análise sem fazer um esclarecimento referente à oposição, que ainda não se apresentou, agiu, uniu nem assumiu seu papel de oposição, exatamente por estar em várias frentes tentando se unir. Os que estão andando pelo estado como pré-candidatos têm o sonho de ser candidato ou candidata com apoio político do governador Wanderlei Barbosa.

 

O Observatório Político de O Paralelo13 acredita que, nestes últimos cinco meses de 2025 os pré-candidatos tem como missão discutir os respectivos futuros para avançar na construção de cada plataforma sucessória.

 

 

 

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