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Proprietário da Camisaria Colombo se apresenta à Polícia em SP

Posted On Sexta, 22 Agosto 2025 05:36
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Paulo Jabour Maluf é apontado como o líder do esquema, que também contou com a participação do irmão Álvaro; três já foram presos no total

 

 

Por Bruno Teixeira e Pedro Osorio

 

 

A Polícia Civil de São Paulo confirmou na tarde desta quinta-feira (21) a prisão de Paulo Jabour Maluf, um dos proprietários da Camisaria Colombo, e irmão de Álvaro Jabour Maluf - também preso na "Operação Fractal".

Segundo a Polícia, Paulo estava à frente das operações: “O Paulo estava à frente e segundo a investigação, o Álvaro também tinha conhecimento e até porque o dispositivo dele também foi utilizado para acessar a conta da BS Capital, que é a empresa investigada”, explicou o delegado Maicon Richard de Moraes, delegado assistente da da divisão de investigações de crimes Ciberneticos.

 

Deste modo, chega a três o número de presos na ação. Bruno Gomes de Souza, dono da empresa financeira BS Capital também foi preso nesta quinta-feira. A polícia ainda procura por Mauricio Miwa, ex-funcionário da camisaria Colombo, que hoje presta serviços aos irmãos, e está viajando ao exterior.

Foram cumpridos ainda 12 mandados de busca e apreensão. Eles são investigados pelos crimes de furto mediante fraude, associação criminosa e fraude contra credores.

A ação deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo, através da Primeira Delegacia da Divisão de Crimes Cibernéticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), foi o ponto alto de uma investigação que teve início em dezembro de 2023. A PagSeguro (empresa associada ao PagBank) foi a instituição cujo sistema foi explorado na fraude.

De acordo com as investigações, os suspeitos exploraram uma fragilidade no sistema da instituição financeira. Eles possuíam 5 milhões de reais em uma conta e, ao realizar transferências para terceiros, o valor original não era debitado na origem. Isso permitiu que o capital fosse "multiplicado".

 

A camisaria Colombo contratou uma empresa terceirizada para gestão de pagamentos. Os proprietários da empresa têxtil utilizavam as credenciais para realizar múltiplas transações em um curto espaço de tempo. O dinheiro chegava ao destino, mas o banco de origem não registrava o débito devido a uma "brecha" ou "lapso no sistema".

 

A fraude ocorreu durante 21 dias, em outubro de 2023. O valor total transferido foi de R$ 26 milhões. Com um capital inicial de R$ 5 milhões, eles conseguiram replicar o valor, gerando um prejuízo de pouco mais de R$ 21 milhões para a Pag Bank. Foram realizadas mais de 2500 transações, segundo os investigadores.

 

A denúncia foi feita pela própria PagBand, em dezembro de 2024.

Além da camisaria Colombo, outras seis empresas de fora da capital paulista são consideradas as principais beneficiárias e foram objeto de mandados de busca e apreensão. Os nomes não foram revelados. A investigação vai apurar se outras empresas foram criadas ou utilizadas no esquema.

 

Nota da defesa da Paulo Maluf

A defesa de Paulo Jabur Maluf NEGA que ele tenha praticado qualquer tipo de fraude e que as operações financeiras contestadas foram devidamente explicadas em seu depoimento. Acresça-se que o desacordo entre as partes ainda pende da devida prestação de contas. E, nosso cliente nunca se recusou a ressarcir eventual prejuízo. Por fim, a defesa espera a restituição da liberdade de Paulo e irá comprovar que, efetivamente, ele jamais agiu de má fé ou de forma criminosa.

 

 

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