O perfil do eleitor tocantinense passa por mudanças nos últimos anos. Com uma sociedade cada vez mais critica e atualizada dos fatos, se antes o voto poderia ser conquistado apenas por meio de um emprego, cesta básica, ou tratamento médico, atualmente o eleitor cobra mais, ele quer ainda que o candidato apresente suas propostas, busca conhecer a história de cada um, o que ele tem de melhor a oferecer para assim tornar o seu representante.

Por Edson Rodrigues

O perfil do eleitor tocantinense passa por mudanças nos últimos anos. Com uma sociedade cada vez mais critica e atualizada dos fatos, se antes o voto poderia ser conquistado apenas por meio de um emprego, cesta básica, ou tratamento médico, atualmente o eleitor cobra mais, ele quer ainda que o candidato apresente suas propostas, busca conhecer a história de cada um, o que ele tem de melhor a oferecer para assim tornar o seu representante.Este novo perfil do eleitor, que visa um voto com maior qualidade, segundo dados do TRE - Tribunal Regional Eleitoral se deve ao aumento na escolaridade das pessoas. Ainda assim ainda há muito que conquistar, apesar da diminuição no número de analfabetos no Tocantins.
De acordo com dados, cerca de 72 mil eleitores possuem o ensino superior completo. 45 mil estão ingressados na faculdade. Já com ensino médio completo ou cursando, os números chegam a 171.266 mil pessoas, e os analfabetos funcionais, os que apenas lêem e escrevem ultrapassam os 150 mil.
Com uma população de 1.383.453 de habitantes, o Tocantins terá em 2014, mais de 990 mil eleitores aptos a participarem do processo democrático. Nas eleições municipais ocorridas em 2012, compareceram as urnas 842.769 mil eleitores, destes 79.139 dos votos foram válidos.
Já em 2010, nas eleições estaduais apenas 772.644 compareceram com uma abstenção de 17.562 eleitores, que representa 18,49% do eleitorado.
Para o cargo de governador os votos válidos somaram 692.021 que representa 73,01%. Os nulos 66.910 (7,06%) e os brancos 13.713 (1,45%). Para os cargos de deputado federal foram 729.049 de votos válidos. Os nulos 20.709 e os brancos 23.886, sendo que 64. 571 votaram por legenda.
Ainda de acordo com os dados do TRE, para deputado estadual houve 736.306 de votos válidos em 2010. Os nulos somaram 21.476 e os brancos 14.682. Destes 64.960 votaram por legenda. Comparados com o número de eleitores para este ano, houve um aumento de 200 mil novos eleitores, que significa 8% nos últimos quatro anos.
Conforme os dados atualizados, nestas eleições serão 18.797 eleitores com idade de 16 e 17 anos, que votarão pela primeira vez. De 18 a 24, os números chegam a 173.654 mil. Já o maior número de eleitores no Tocantins possui de 25 a 59 anos, eles chegam a 66.0370 pessoas.
Com faixa etária de 60 a 69 são 79.966 e acima de 70 anos são 64.100. De todos estes eleitores, o número de pessoas do sexo masculino é 500.718, o que totaliza 51%. Já as mulheres em quantidade menor somam 496.168 pessoas.

Radiografia do momento
O que aferiu-se com os dados desta pesquisa realizada pelo Instituto Gauss em todo o Estado, de 31 de agosto a 07 de setembro, é que houve um crescimento na intenção de votos para governador e senador da coligação “A Mudança que a Gente Vê”.
De acordo com o gráfico exposto candidato Sandoval Cardoso (SD) diminuiu consideravelmente a diferença na intenção de votos, com do líder das pesquisas o ex- governador Marcelo Miranda.
Este avanço é resultado de uma série de trabalhos que vem sendo desempenhados no Tocantins, como as obras do programa Pró-Municípios, com o recapeamento asfáltico das ruas e avenidas dos 139 municípios e rodovias estaduais. A recuperação das estradas vicinais, com o PDRIS – Programa de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável.
O aumento de leitos, contratação de profissionais e ampliação do HGP – Hospital Geral de Palmas. A construção dos Hospitais de Araguaína e Gurupi, ampliação e reforma do Hospital Regional de Porto Nacional, e Paraíso do Tocantins. O anúncio da construção do hospital na Região do Bico do Papagaio, que gera satisfação social.
Somando a isso a coligação possui ainda 130 candidatos ao cargo de deputado estadual, 30 candidatos a deputado federal e um candidato ao senado. Sendo que possui o apoio político de 18 deputados na Assembleia Legislativa, 120 prefeitos, mais três mil vereadores, e incontáveis lideranças da base política dos 17 partidos que compõem a coligação.
Com suas caminhadas, reuniões, carreatas, programas de rádio e televisão no horário de propaganda eleitoral, nota-se que este grupo está com as “turbinas em potência máxima.” Somando a isso, o grande número de candidatos possui equipes que trabalham diuturnamente em todos os municípios do Tocantins.
Não podemos negar a força que detêm o ex-governador Marcelo Miranda, que conta com o apoio da atual Senadora e candidata a reeleição que também líder nas pesquisas Kátia Abreu.
Kátia é a atual Presidente da CNA – Conferência Nacional da Agricultura, considerada uma das cem mais importantes lideranças políticas do País.
Marcelo Miranda conta ainda com o apoio de ex-secretários, ex-deputados e ex-prefeitos, além dos deputados Josi Nunes, José Roberto, Amália Santana, e Marcelo Lélis, candidato a vice-governador. Tem ainda apoio de vários prefeitos, e vereadores. Sua base é formada por 11 candidatos a deputado federal e mais 80 candidatos a deputado Estadual.
O PMDB – Partido do Movimento Democrático Brasileiro é um dos mais fortes e tradicionais do Brasil. O sentimento social, que coloca o ex-governador penalizado pelo sistema, o matem líder nas pesquisas.
Miranda responde mais de 20 processos jurídicos, imputados a ele pelo MPE – Ministério Público Estadual, por improbidade administrativa, corrupção e desvio de recursos públicos. O ex-governador encontra-se com todos os seus bens bloqueados pela Justiça, ainda assim, continua como líder nas pesquisas de opinião pública.
Nota-se que esta vantagem nas intenções de votos, diminuiu consideravelmente nas últimas duas semanas, no entanto não podemos afirmar se esse decréscimo continuará ou não até 05 de outubro.
A grande surpresa nesta pesquisa realizada pelo Instituto Gauss, foi o crescimento da candidatura do senador Ataídes Oliveira, que disputa o cargo de governador. Percebe-se que o trabalho que vem sendo realizado pela equipe de Ataídes e o Sargento Aragão, cresceu, ganhou consistência e está em todos os municípios.
O horário gratuito eleitoral, no qual veicula o programa da coligação “Reage Tocantins”, tem sido a peça fundamental neste processo de crescimento. Onde aliado ao atual deputado estadual e candidato ao senado, Sargento Aragão, Oliveira apresenta suas propostas e faz críticas veladas aos desmandos do atual governo, sobre a responsabilidade com a saúde, a segurança pública, e a falta de investimentos. Ele também critica a gestão do ex-governador, e seus atuais aliados.
As suas propostas de governo tem agradado o eleitor dos 15 principais municípios, principalmente da Capital que passaram a ver no candidato do PROS, uma via para governar o Tocantins. Este crescimento está provocando a possibilidade de um segundo turno.
Caso Oliveira continue crescendo será inevitável, a realização deste processo no Tocantins. Ainda de acordo com a pesquisa, há menos de um mês para as eleições, cerca de 19,12% do eleitorado continua indeciso na escolha do seu representante no Palácio Araguaia. Já para o senado, os números são ainda maiores, 23,88% da população não sabe em quem votar.
Esta analise consiste no atual cenário político, no entanto ele pode ser modificado diariamente de acordo com o trabalho realizado pelas coligações de cada candidato.

Posted On Terça, 09 Setembro 2014 10:21 Escrito por

Paulo Roberto Costa delata senadores, deputados e ao menos um governador Após fazer acordo de delação premiada, o ex-diretor do Petrobras. Paulo Roberto afirmou que 12 senadores, 49 deputados federais e ao menos um governador receberam dinheiro desviado da estatal, segundo a Folha apurou. haveria integrantes de PT. PMDB e PP.

O Homem-bomba da Petrobras, o ex-diretor de abastecimento e refino da estatal Paulo Roberto Costa começou a revelar nomes de supostos envolvidos no mega esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões, segundo a Polícia Federal. Em depoimentos prestados aos procuradores do Ministério Público Federal de Curitiba e a policiais desde 29 de agosto, quando assinou um acordo da delação premiada, Costa citou a participação de pelo menos 61 parlamentares — 49 deputados e 12 senadores —, seis governadores e um ministro que estariam no esquema.

Informações da Polícia Federal revelam que Paulo Roberto começou a apresentar nomes de políticos após prestar depoimentos considerados insatisfatórios pelos investigadores no início desta semana. As citações reveladas pelo delator no interrogatório são gravadas em vídeos que servem de base para a polícia avançar na apuração da Operação Lava-Jato, deflagrada em 17 de março, que prendeu o doleiro Alberto Youssef e outras 13 pessoas. No depoimento, Paulo Roberto contou que políticos receberiam 3% de comissão sobre o valor de cada contrato da Petrobras firmado durante a gestão do ex-diretor à frente da área de abastecimento e refino da estatal.
O número de políticos envolvidos no esquema ainda deve aumentar até o final dos depoimentos do delator. O jornal Estado de S.Paulo revelou ontem que Paulo Roberto Costa mencionou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como um dos beneficiários das propinas. Segundo o jornal, um dos negócios mencionados envolvendo Renan é um acerto com o doleiro para que o Postalis comprasse R$ 50 milhões emitidos da Marsans Viagens e Turismo, que tinha Alberto Youssef como um dos investidores. Renan e Youssef teriam se encontrado em Brasília para acertar a comissão do PMDB no esquema dias antes da operação ser deflagrada.

Além do PMDB, o PT, o PP, o PTB e o PR são mencionados como envolvidos na lavagem de dinheiro. Esta não é a primeira vez que as legendas aparem nas investigações da Polícia Federal. Logo após deflagrada a Lava-Jato, as investigações revelaram o envolvimento dos deputados federais André Vargas (sem partido-PR) , Luiz Argôlo (SDD-BA), Mário Negromonte (PP-BA), Aline Corrêa (PP-SP), Arthur Lira (PP-AL), João Pizzolati (PP-SC) e Nelson Meurer (PP-PR) com o doleiro. O ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE) também já foi citado nas investigações como participante do esquema.

CHEQUES
O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) também chegou a ter o nome mencionado por ter recebido oito cheques do doleiro no valor R$ 50 mil. A existência dos comprovantes bancários fez Collor ser alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal. Até mesmo o tesoureiro do PT, João Vaccari, apareceu na delação. As revelações do ex-diretor dão conta da formação de um cartel para desviar recursos. “Todo dia tinha político batendo na minha porta”, afirmou Costa, segundo consta nos autos. Além dele, o doleiro Alberto Youssef também vivia rodeados de políticos. “Ele é muito bem relacionado e mantinha muitas relações com políticos”, contou uma fonte.

As informações da delação premiada abriram uma crise no Palácio do Planalto. Preocupados com a repercussão das informações no governo e na corrida presidencial, a presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem com ministros. Responsável pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), o ministro Thomas Traumann, teria deixado de viajar para o Rio de Janeiro para monitorar os desdobramentos da situação. O jornal O Globo informou que Dilma também se encontrou com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, no Palácio da Alvorada.

 

Posted On Sábado, 06 Setembro 2014 10:07 Escrito por

O candidato ao Senado, deputado estadual Sargento Aragão (PROS), da coligação Reage Tocantins, disse, na noite desta quarta-feira, 3, em Palmas, que a senadora Kátia Abreu (PMDB) não assinou a CPI da Petrobras porque o deputado federal Abreu (PSD) recebeu doação de campanha de empresa ligada ao escândalo da Petrobras e investigada pela operação Lava-Jato, da Polícia Federal. A doação para Irajá foi revelada pela revista Veja, em maio deste ano.

“Muita gente pensou que a senadora votou contra a CPI por ser aliada de Dilma, mas, sabemos ainda que ela tem o rabo preso no escândalo”, declarou o candidato ao senador Sargento Aragão. Ele acrescentou que além da família Abreu, o outro candidato ao Senado, deputado federal Eduardo Gomes também recebeu doação de empresa ligada ao escândalo da Petrobras.

Aragão apontou que são os tocantinenses que vão escolher o senador que querem para representar o Tocantins. Ele relembrou que a senadora Kátia Abreu traiu os tocantinenses para “ser amiguinha do Governo”.

“Kátia Abreu foi ferrenha defensora das CPIs quando era contra o governo Lula. Se diz a mãe da queda da CPMF, mas quando se aliou com Dilma aprovou diversos outros projetos que eram contra os tocantinenses e os brasileiros. Se o Tocantins quer um representante no Senado que fica contra o povo por ser aliado ao Governo Federal pode votar nela. Mas se quiserem um senador que luta pelos interesses do povo, votem no Sargento Aragão”, disse Aragão.

O candidato ao Senado afirmou que vai chegar ao Senado sem ter o rabo preso com as grandes empresas que depois vão cobrar que o parlamentar vote para lhes beneficiar. “Eu vou fazer a minha prestação de contas e vou pegar a prestação de contas de todos os outros candidatos. Aí vamos ver a sujeira que está lá. Empresas ligadas a escândalos e roubalheiras de dinheiro público, de todo tipo de lavagem de dinheiro”, afirmou Aragão.

IGEPREV
Aragão disse ainda que a senadora Kátia Abreu “não tem moral para falar de Igeprev. A consciência dela deveria pesar quando for dormir. A empresa que doou dinheiro para a campanha do deputado federal, filho da senadora Kátia, também está ligada com o doleiro Alberto Youssef, que é o mesmo que tem nomes dos políticos poderosos do Tocantins na caderneta informando quanto pagou pelas falcatruas”.

De acordo com Aragão, a revista Veja, apontou que empresas doadoras de campanha de Abreu e Gomes comprovadamente depositaram recursos na MO Consultoria, empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef, ligado ao escândalo do Igeprev, ou são suspeitas de colaborar para o esquema de coleta de recursos tocado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

ENTENDA
A edição online da revista Veja divulgou em maio deste ano, que os deputados federais do Tocantins, Irajá Abreu, filho de Kátia Abreu, e Eduardo Gomes, receberam dinheiro como doação de campanha de empresas investigadas pela operação Lava-Jato, da Polícia Federal. De acordo com a revista Veja Abreu e Gomes, candidatos nas atuais eleições pelo Tocantins, estão na lista de beneficiados por repasses feitos por fornecedores da Petrobras.

Link matéria da Veja: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/fornecedores-da-petrobras-financiaram-campanha-de-121-parlamentares-em-atividade

Posted On Quinta, 04 Setembro 2014 14:29 Escrito por

Pesquisa Datafolha divulgada há pouco mostra que o índice de rejeição da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) caiu para 32%. Nas pesquisas anteriores, o porcentual havia oscilado de 34% para 35%. A rejeição do candidato Aécio Neves e de 21%

Marina para de crescer e disputa com Dilma se acirra.

Aécio aparece com 14% na pesquisa Datafolha e com 15% segundo o levantamento do Ibope
Duas pesquisas eleitorais divulgadas ontem apontam cenário de empate técnico na corrida para a eleição presidencial. Pesquisa do Datafolha mostra que as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) seguem empatadas. Se o primeiro turno da eleição fosse hoje, Dilma teria 35% dos votos contra 34% de Marina, o que configura empate técnico. No levantamento anterior (28 e 29 de agosto), elas estavam numericamente empatadas com 34% das intenções de voto.
Já a pesquisa do Ibope mostra a presidente Dilma e a candidata Marina empatadas no limite da margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Dilma subiu três pontos em relação a levantamento da semana passada e agora tem 37% das intenções de voto na simulação do primeiro turno. Marina avançou quatro pontos e está com 33%. Aécio Neves (PSDB) caiu quatro pontos e agora aparece com 15% (veja quadros).
O Datafolha de ontem mostra o senador Aécio Neves (PSDB) com 14%. Pastor Everaldo (PSC), José Maria (PSTU), Eduardo Jorge (PV) e Luciana Genro (PSOL) têm 1% cada, somando 4% no total. Eleitores dispostos a votar nulo ou em branco chegam a 6%. Indecisos, 7%.
Na simulação de segundo turno, segundo o Datafolha, a vantagem de Marina em relação à Dilma agora está em sete pontos (48% a 41%). Na semana passada, a ex-senadora tinha dez pontos de vantagem sobre a petista (50% a 40%). Contra o tucano Aécio Neves, Dilma venceria o segundo turno por 49% a 38%.
O Datafolha testou pela primeira vez uma hipótese de disputa entre Marina e Aécio. A ex-ministra do Meio Ambiente venceria o senador por 56% a 28%.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95% (em 100 levantamentos com a mesma metodologia, os resultados estariam dentro da margem de erro em 95 ocasiões).
O Datafolha ouviu 10.054 eleitores em 361 municípios entre segunda-feira e ontem. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00517/2014.

Com informações da da FOLHA DE SÃO PAULO

Posted On Quinta, 04 Setembro 2014 04:53 Escrito por

Em despacho na noite desta quarta-feira, 3, o relator do Recurso Ordinário (RO 20837) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Henrique Neves, se declarou suspeito para julgar o processo. O recurso decidirá a candidatura de Marcelo Miranda (PMDB) ao governo do Estado.

Em texto sucinto, o ministro revelou sua suspeição ao afirmar que ao consultar o processo verificou que entre outros fatos, se discute a inelegibilidade do candidato com base no julgamento de dois processos (RCED nº 698 e RO nº 602-83), nos quais atuou como advogado o irmão do ministro, Fernando Neves.

"Assim, ainda que não seja caso de impedimento, pois não há patrocínio específico neste feito, afirmo minha suspeição", escreveu o ministro.

Com isso, o processo deverá ser redistribuído para outro relator.

 

Entenda o caso:

O ministro Henrique Neves da Silva seria o juiz no recurso contra o registro de candidatura de Marcelo Miranda (PMDB), pela coligação "A Experiência Faz a Mudança", interposto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela coligação adversária. No  Recurso Ordinário a coligação adversária pede a impugnação do registro de candidatura de Marcelo Miranda, alegando que o candidato encontra-se inelegível devido a rejeição das suas contas públicas quando governador do Estado.

O candidato Marcelo Miranda tem garantida a sua candidatura devido liminar conseguida no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ) que, em decisão monocrática, reconheceu que a Assembleia Legislativa (AL) errou ao votar o Decreto que rejeitou as contas de Miranda referente o ano de 2009. Este processo está em tramitação no TJ.

No Tribunal Regional Eleitoral (TRE-TO) o relator Waldemar Cláudio de Carvalho rejeitou os embargos declaratórios da coligação “A mudança que a gente vê”, dando a Marcelo Miranda o direto de concorrer ao governo do Tocantins.

“O que importa para a análise do caso é a aferição do prazo de encerramento da inelegibilidade. E, nesse ponto, restou claro no acórdão embargado que, independente do motivo, do reconhecimento da inelegibilidade decorrente do julgamento do RCED n° 698, a inelegibilidade do impugnado cessa no dia 1° de outubro de 2014, quando completa 8 (oito) anos” justificou o juiz em seu voto .

Não satisfeito a coligação adversária recorreu ao TSE que dará a palavra final.

 

 

PROCESSO:                       RO Nº 20837 - Recurso Ordinário UF: TO             

Nº ÚNICO:                         20837.2014.627.0000     

MUNICÍPIO:                     PALMAS - TO     N.° Origem: 20837

PROTOCOLO:                   226332014 - 28/08/2014 14:58   

RECORRENTE:                  MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

RECORRENTE:                  A COLIGAÇÃO A MUDANÇA QUE A GENTE VÊ

ADVOGADO:                    JUVENAL KLAYBER COELHO

ADVOGADO:                    ADRIANO GUINZELLI

ADVOGADA:                    RONÍCIA TEIXEIRA DA SILVA

ADVOGADO:                    MARCELLO BRUNO FARINHA DAS NEVES

ADVOGADO:                    PATRÍCIA GRIMM BANDEIRA

ADVOGADO:                    RAFAEL MOREIRA MOTA

RECORRIDO:                     PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO BRASILEIRO (PMDB) - NACIONAL

ADVOGADO:                    GUSTAVO DO VALE ROCHA

ADVOGADO:                    RENATO OLIVEIRA RAMOS

ADVOGADO:                    MARCELO DE SOUZA DO NASCIMENTO

ADVOGADO:                    FELIPE CASCAES SABINO BRESCIANI

RECORRIDO:                     MARCELO DE CARVALHO MIRANDA

ADVOGADO:                    SOLANO DONATO CARNOT DAMACENA

ADVOGADO:                    VICTOR PEIXOTO DO NASCIMENTO

ADVOGADO:                    HERMÓGENES ALVES LIMA SALES

ADVOGADO:                    SÉRGIO RODRIGO DO VALE

ADVOGADO:                    LEANDRO FINELLI

RELATOR(A):                    MINISTRO HENRIQUE NEVES DA SILVA

ASSUNTO:                         IMPUGNAÇÃO AO REGISTRO DE CANDIDATURA - RRC - CANDIDATO - INELEGIBILIDADE - REJEIÇÃO DE CONTAS PÚBLICAS - CARGO - GOVERNADOR            

LOCALIZAÇÃO:                CPRO-COORDENADORIA DE PROCESSAMENTO              

FASE ATUAL:                    03/09/2014 19:50-Recebimento

 

Distribuição/Redistribuição

Data      Tipo       Relator Justificativa

28/08/2014 às 19:35       Distribuição automática               HENRIQUE NEVES DA SILVA      

Despacho          

Despacho em 03/09/2014 - RO Nº 20837 Ministro HENRIQUE NEVES DA SILVA

RECURSO ORDINÁRIO Nº 208-37.2014.6.27.0000 - CLASSE 37 - PALMAS -TOCANTINS.

 

Relator: Ministro Henrique Neves da Silva.

Recorrente: Ministério Público Eleitoral.

Recorrente: Coligação A Mudança que a Gente vê.

Advogados: Juvenal Klayber Coelho e Outros.

Recorrido: Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) - Nacional.

Advogados:       Gustavo do Vale Rocha e Outros.

Recorrido:          Marcelo de Carvalho Miranda.

Advogados:       Solano Donato Carnot Dacena e Outros.

 

DESPACHO

 

Compulsando os autos, verifico que, entre outros fatos, se discute inelegibilidade que decorreria do julgamento no RCED nº 698 e no RO nº 602-83, nos quais meu irmão atuou como advogado.

 

Assim, ainda que não seja caso de impedimento, pois não há patrocínio específico neste feito, afirmo minha suspeição, na forma do parágrafo único do art. 135 do CPC.

 

Brasília, 3 de setembro de 2014.

 

Ministro Henrique Neves da Silva

 

Relator

Posted On Quinta, 04 Setembro 2014 04:51 Escrito por
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