A origem do diamante não é uma questão apenas de documentação; ela toca em aspectos legais e de regulamentação internacional
Com O Estado de Minas
O segundo maior diamante em pedra bruta já encontrado no Brasil, de exatamente 646,78 quilates, está envolvido em um intrigante caso de investigação criminal.
A gema, que deveria ser um marco para a mineração brasileira, agora se vê no centro de uma controvérsia envolvendo sua origem e legalidade. Inicialmente registrada sob uma Permissão de Lavra Garimpeira em Coromandel, sua origem está sendo questionada pelas autoridades.
Contrapondo essa versão, a Polícia Federal investiga a possibilidade de que o diamante tenha sido extraído de um garimpo na região do Rio Araguari, levantando suspeitas sobre a documentação usada para legalizar sua extração e venda.
O que está em jogo com a origem do diamante?
A origem do diamante não é uma questão apenas de documentação; ela toca em aspectos legais e de regulamentação internacional.
A pedra estava em processo de certificação segundo o Processo Kimberley, um sistema internacional para evitar a venda de diamantes provenientes de zonas de conflito.
A dúvida sobre sua procedência faz com que o diamante permaneça retido, sem permissão para ser comercializado.
Como o valor discrepante influencia a investigação?
Especulações sobre tentativas de venda da pedra por valores muito abaixo do esperado também intrigam os investigadores.
Enquanto diamantes dessa magnitude poderiam valer até R$ 50 milhões, rumores indicam que o valor de mercado oferecido estaria entre R$ 16 milhões e R$ 18 milhões.
Essa discrepância pode sugerir irregularidades nas negociações ou mesmo tentativas de burlar impostos e regulamentações.