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COLUNA FIQUE POR DENTRO

Posted On Segunda, 13 Outubro 2025 14:18
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O PARALELO 13 EM LUTO

 

O Paralelo 13 se despede, com profundo pesar, de um guerreiro histórico do Tocantins: José Carlos Leitão, ex-presidente da Conorte e um dos principais líderes do movimento popular que lutou pela criação do Estado do Tocantins.

 

Figura combativa, idealista e incansável, José Carlos Leitão foi protagonista de uma geração que sonhou e construiu o Tocantins. Sua atuação à frente da Comissão Norte Goiana para a Criação do Novo Estado (Conorte) foi decisiva para mobilizar a população, organizar caravanas, reunir lideranças e fazer ecoar o grito de independência política e administrativa do norte goiano, culminando na criação do Estado em 1988.

 

Mesmo tendo dedicado parte da vida à causa pública e ao fortalecimento do Tocantins, Leitão nunca recebeu o reconhecimento merecido dos governos que passaram pelo Palácio Araguaia. Seu nome, contudo, permanece gravado na história e na memória de todos que conhecem o verdadeiro significado da palavra pioneirismo.

 

José Carlos Leitão nos deixou na tarde deste domingo, partindo para os braços do Pai Celestial. Deixa um legado de coragem, fé e compromisso com o povo tocantinense, e uma saudade imensa entre amigos, familiares e companheiros de luta. Boa estada com Deus, amigo e irmão de jornada. O Tocantins agradece a sua entrega, sua voz e seu exemplo.

 

TRÊS MOSQUETEIROS DO TOCANTINS

O encontro de Laurez Moreira, Amélio Cayres e Eduardo Gomes no Bico do Papagaio foi mais do que um ato institucional, foi um gesto político calculado. Ali estavam, lado a lado, três das maiores lideranças em atuação no Tocantins o governador interino, o presidente da Assembleia Legislativa e o vice-presidente do Senado Federal.

 

Embora pertençam a correntes partidárias distintas, o simbolismo da imagem pública transmitiu a mensagem de que o Tocantins precisa de estabilidade e diálogo acima das disputas eleitorais. A postura madura e conciliadora dos três líderes repercutiu bem entre prefeitos e vereadores da região, que enxergaram no gesto um sinal de convergência de forças em torno do desenvolvimento regional.

 

Eduardo Gomes, experiente articulador político, tem atuado como ponte entre o governo estadual e Brasília, especialmente na liberação de recursos federais e no avanço de obras estruturantes. Amélio Cayres, por sua vez, tem buscado preservar o equilíbrio na Assembleia, garantindo que o Legislativo mantenha harmonia com o Executivo. Já Laurez, ciente da importância de construir maioria, aposta nesse diálogo tripartite para consolidar sua base política.

 

O episódio ficou conhecido, nos bastidores, como o momento dos “Três Mosqueteiros do Tocantins”, e pode ser o embrião de uma nova configuração política rumo a 2026.

 

SEM AMARRAS

 

O governador Laurez Moreira vive o momento mais decisivo de sua trajetória política. Com a recente decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, garantindo-lhe a legitimidade plena no exercício do cargo, Laurez está, finalmente, sem amarras. Livre de questionamentos jurídicos e respaldado por um ambiente institucional mais estável, ele precisa mostrar que é capaz de governar com firmeza, diálogo e resultados concretos.

 

O desafio agora é de reconstruir a confiança do eleitorado tocantinense, ainda dividido pelos efeitos da crise política que afastou Wanderlei Barbosa, e reorganizar a máquina administrativa em tempo recorde. Há cobranças internas para que o governador interino monte uma equipe técnica mais afinada com sua visão de gestão, fortalecendo áreas como saúde, infraestrutura e desenvolvimento econômico.

 

Laurez tem diante de si uma janela curta, para mostrar à sociedade que tem projeto próprio e não é apenas um “governador interino consolidado”. Se comunicar bem, mostrar obra, resultado e coerência, será fundamental. O tempo é seu aliado, mas também pode se tornar seu adversário se não houver entrega rápida.

 

*WANDERLEI BARBOSA *

 

Após duas derrotas seguidas no Supremo Tribunal Federal (STF), o governador afastado Wanderlei Barbosa vive o que aliados descrevem como um processo de desgaste inevitável. O cenário jurídico é adverso e as possibilidades de reversão no STF são cada vez menores. A avaliação de interlocutores é que o afastamento tende a se prolongar e que o retorno ao cargo é altamente improvável.

 

Dentro desse contexto, há quem defenda que Wanderlei precisa “ligar o descongelante”, isto é, retomar o protagonismo político, sair do isolamento e percorrer o Estado em busca de reconexão com sua base. A crise o atingiu em cheio, e os efeitos se refletem no esvaziamento de antigos aliados, que já se movimentam em direção a novos polos de poder.

 

Com investigações ainda em curso, a recomendação de alguns aliados próximos é que ele pense estrategicamente em 2026, considerando até mesmo uma renúncia negociada e uma eventual candidatura a deputado federal ou senador. O raciocínio é simples, buscar um mandato no Congresso garantiria foro privilegiado e permitiria a ele preservar parte do capital político acumulado.

 

Por ora, Wanderlei assiste à reconstrução do governo que já foi seu, e precisa decidir se quer ser protagonista da própria narrativa ou apenas espectador do seu ocaso político.

 

PAULO MOURÃO NAS REDES SOCIAIS

 

O ex-deputado Paulo Mourão tem se mostrado cada vez mais ativo nas redes sociais, onde defende com convicção o legado do governo do presidente Lula e os avanços obtidos em áreas estratégicas como inclusão social, economia e infraestrutura. Com passagens marcantes pela Prefeitura de Porto Nacional, pela Assembleia Legislativa e pela Câmara dos Deputados, Mourão é reconhecido como um dos quadros mais preparados do Partido dos Trabalhadores no Tocantins, com sólida atuação política e administrativa.

 

Defensor das pautas que fortalecem o desenvolvimento regional e a presença do Estado nos 139 municípios tocantinenses, Paulo Mourão mantém um discurso coerente e alinhado aos princípios históricos do PT. No entanto, há quem avalie que o partido, agora sob novo comando no Estado, precisa valorizar mais lideranças experientes e representativas como Mourão, cuja trajetória combina fidelidade política, conhecimento técnico e compromisso com o povo tocantinense.

 

RETA FINAL

 

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro já admite, nos bastidores, que o início do cumprimento da pena é uma questão de tempo e curto. O cenário que se desenha aponta para o começo de novembro, com regime fechado já definido pelas instâncias judiciais, restando apenas a definição do local de custódia.

 

Depois de sucessivas derrotas em recursos, inclusive no Supremo Tribunal Federal, advogados próximos ao caso reconhecem que não há mais margem jurídica para protelar a execução da sentença. O caso, que envolve acusações de tentativa de golpe de Estado e ataque às instituições democráticas, chega ao seu desfecho num momento em que o país já discute os efeitos políticos da prisão de um ex-presidente eleito pelo voto direto.

 

Nos bastidores, a expectativa é de que o episódio tenha reflexos nas eleições municipais de 2026, dividindo a base conservadora entre os que ainda defendem Bolsonaro e os que buscam renovar o discurso da direita. O tom, até agora, é de resignação silenciosa entre aliados, e de prudência estratégica entre os que ainda orbitam o seu grupo político.

 

* JUSTIÇA*

 

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, manifestou-se na quinta-feira (10) defendendo que somente a Procuradoria-Geral da República (PGR) tem competência legal para propor pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

A posição de Gonet foi encaminhada em parecer ao Supremo e busca reforçar o entendimento de que cabe exclusivamente ao Ministério Público Federal atuar nos processos que envolvem denúncias ou ações de responsabilidade contra membros da Corte. Segundo ele, qualquer tentativa de terceiros ou de parlamentares de protocolar pedidos desse tipo viola a separação dos Poderes e o devido processo legal.

 

A manifestação surge em meio a discussões políticas que têm colocado o STF sob críticas e tentativas de interferência de setores mais radicalizados. Gonet ressaltou que o modelo constitucional brasileiro garante a independência do Judiciário, e que o controle das ações dos ministros deve seguir os trâmites institucionais previstos na Constituição.

 

A defesa do PGR reforça a importância de preservar o equilíbrio entre os Poderes e de evitar o uso político de instrumentos jurídicos como forma de pressão sobre o Supremo.

 

PL DÁ CARTA BRANCA A BOLSONARO PARA DEFINIR CHAPA DE 2026

O Partido Liberal (PL), sob o comando de Valdemar Costa Neto, decidiu reforçar o peso político do ex-presidente Jair Bolsonaro na definição da chapa presidencial de 2026. Mesmo inelegível e com a possibilidade de cumprir pena em regime fechado a partir de novembro, Bolsonaro terá liberdade total para escolher tanto o candidato à Presidência quanto o vice, segundo reportagem da Veja. A decisão contraria setores do Centrão, mas é vista dentro do PL como um gesto de lealdade e reconhecimento à liderança do ex-presidente, que transformou a legenda em uma das mais fortes do país.

 

Já o Centrão prefere que a escolha do vice seja negociada entre partidos, de olho em tempo de TV e recursos do fundo eleitoral. Nomes como Ciro Nogueira, Tereza Cristina, Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior aparecem entre os cotados. Mesmo afastado da cena pública, Bolsonaro segue sendo o principal fiador da direita e deverá influenciar diretamente nas decisões estratégicas da campanha de 2026.

 

 

 

 

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