Há um trabalho de bastidores intenso na cúpula nacional do Republicanos para viabilizar o retorno do governador afastado Wanderlei Barbosa. As conversas em Brasília dão conta de que a engrenagem partidária nacional se move com apoio declarado do presidente da sigla, Marcos Pereira, e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A missão é transformar o que hoje é afastamento em breve capítulo encerrado Por Edson Rodrigues e Edivaldo Rodrigues Do ponto de vista jurídico, uma nova peça foi construída. Advogados de renome nacional se somaram à equipe de defesa que já acompanhava o caso, numa estratégia que visa obter um parecer favorável na Procuradoria e, sobretudo, junto ao relator no STF. O cálculo dos aliados é preciso e em até nove dias, o recurso deve ser analisado, abrindo caminho para que Wanderlei reassuma o cargo e responda às acusações à frente do governo e não à margem do poder. Laurez Moreira o governador interino Enquanto isso, no Palácio Araguaia, o governador interino Laurez Moreira (PSD) age como quem não acredita em retorno. Exonerou secretários, recompôs o alto escalão e tem dado sinais de que seguirá tocando o barco sem olhar para trás. Um interlocutor próximo de Laurez resumiu ao Observatório Político do Paralelo 13: “Essa fala dos aliados do governador afastado é apenas para animar a militância. A decisão foi colegiada, com provas incontestáveis. O governador interino seguirá nomeando seus auxiliares sem nenhuma preocupação com retorno de Wanderlei.” O impasse não é apenas administrativo, mas político. A depender do desfecho, pode redesenhar o tabuleiro de 2026, o retorno de Wanderlei lhe daria fôlego para recompor a base e disputar a narrativa de vítima de perseguição. Já a consolidação de Laurez no cargo abriria espaço para o PSD fincar bandeira, enquanto nomes como o da senadora Dorinha Seabra (União Brasil) observam atentamente os movimentos para ocupar eventual vácuo de poder. Wanderlei Barbosa o governador afastado O fato é que o Tocantins vive dias de incerteza. De um lado, aliados confiam na força da articulação política em Brasília e na agilidade da Justiça para devolver Wanderlei ao comando. De outro, o interino age como titular, movendo peças e fortalecendo laços. Entre recursos, bastidores e expectativas, o futuro do governo estadual permanece nas mãos da Justiça e da política, sempre presente, mesmo quando se esconde atrás de pareceres jurídicos. O Paralelo 13 seguirá acompanhando. A qualquer novidade palpável de Brasília, voltaremos.